Comissão de Reconciliação e Verdade e lançado na Costa do Marfim
Alassane Ouattara, presidente da Costa do Marfim, decidiu pela criação uma comissão de reconciliação para abrir fluir o diálogo entre as forças políticas no país. Foram selecionados 11 membros para integram a Comissão Diálogo, Verdade e Reconciliação um dos escolhidos para a comissão foi o jogador Didier Drogba.
A Costa do Marfim sofreu uma abrupta crise após a eleição presidencial no início de 2011, algo que desencadeou manifestações violentas que causaram pelo menos a morte de 3.000 mortos.
Para solucionar esse impasse Alassane Ouattara optou pela instalação dessa Comissão Diálogo, Verdade e Reconciliação (CDVR) que será presidida pelo ex-primeiro-ministro Charles Konan Banny. Essa comissão por sua vez e inspirada na que foi estabelecida na África do Sul no fim do apartheid.
Nota de Opinião!
A ascensão de Alassane Ouattara foi possível mediante intervenção da "ex-metrópole'' a França. E uma mais expressiva demonstração da atividade do neocolonialismo no continente africano. A derrubada de Laurent Gbagbo presidente anterior que resistiu em reconhecer a derrota nas urnas, faz parte do processo substituição de títeres desgastados praticada pelo imperialismo francês. De tempos em tempos e preciso fazer a remoção de velhos aliados, para colocação de novos aliados. Militares franceses e o contingente das ditas forças de manutenção da paz da ONU prontificarem em realizar o trabalho sujo e logo despacharam Gbagbo e seus aliados, abrindo caminho para posse do fantoche Alassane Ouattara que antes mesmo de ser eleito já se prontificava em manter a relação de subordinação ao imperialismo francês, fazendo assim a satisfação de Nicolas Sarkozy.
Se essa comissão da verdade que esta a ser instalada pelo governo fantoche de Ouattara possui como molde a mesma implementada na Africa do Sul pós-apartheid então não se pode animar a menor expectativa no trabalho dessa comissão. A comissão de verdade feita na Africa do Sul longe de ter sido um instrumento para apurações profundas dos crimes cometidos pelo regime segregacionista serviu como uma tribuna para absolvição de policiais, políticos responsáveis pela repressão a população negra. Tudo isso feito em defesa de uma "reconciliação" nacional. Algo caracterizou o governo de traição de Nelson Mandela. Aqui no Brasil recentemente a presidente de turno encaminhou a criação de uma Comissão de Reconciliação a Verdade, para apurar fatos ocorridos no período da ditadura militar. Enfim não e necessário se dizer que isso em nada se dará.
Militante Pan-africano Kassan 01/10/2011
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