Em 25 de maio de 1963 lideranças políticas de 32 nações africanas que já haviam alcançado a independência se reuniram na capital da Etiópia, Addis Ababa, fundaram a Organização da Unidade Africana (OUA). Como organismo multinacional a OUA foi criada sobre inspiração de ideias preconizadas pelo movimento pan-africanista. A Constituição da OUA já estabelecia que seus principais objetivos eram:


Promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos. 

Coordenar e intensificar a cooperação entre os estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os povos de África.

Defender a soberania, integridade territorial e independência dos estados africanos.
Erradicar todas as formas de colonialismo da África.

Promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Coordenar e harmonizar as políticas dos estados membros nas esferas política, diplomática, econômica, educacional, cultural, da saúde, bem estar, ciência, técnica e de defesa.

25 de maio tornou-se referência para se celebrar como sendo o Dia da Libertação Africana. Na medida que mais nações conquistavam independência se tornavam integrantes da organização. Devido a instabilidade causa por disputas políticas pós-independência, fragilidade econômica, interferência estrangeira para continuidade da exploração colonialista presente em vários países-membros o trabalho da OUA enfrentou problemas sérios, não tendo conseguido alcançar todos os objetivos pela qual a mesma foi criada. Sucessivas guerras civis, golpes de estado, governos excessivamente autoritários, crises humanitárias tornaram a  OUA impotente até ser dissolvida em 16 de julho de 2002 dando lugar a União Africana (UA). A União Africana apesar de ser sucessora, não prossegue fidedigna ao objetivo essencialmente pan-africanista da OUA, e busca a seu modelo assemelhar-se ao da União Europeia.   


Kassan 25/05/2015