Orlando Silva, cai!

A oposição democrata-tucana esta em queda livre completa em direção ao chão. Por sua composição de classe não conseguem se ramificar entre os mais pobres pois a ojeriza e identificação de democratas e tucanos como elitistas e algo que não se pode alterar. Sem projeto ou perspectiva de ''virar o jogo'' a única possibilidade dessa oposição conversadora oxigenar sua existência política e pela exploração de eventuais casos de corrupção no governo petista.

Desde que foram feitas as denúncias de corrupção envolvendo o (ex) ministro sua defesa baseou-se apenas em repelir o autor das denúncias do policial militar João Dias Ferreira. A publicação pelo qual o policial lançou suas revelações e isentada! Por que seria isso? Por completa covardia. Entrar em pugna com a Veja serviria para municiar ainda mais a ladainha que essa reacionária publicação adora ventilar sobre o fato do governo petista tenta coibir o livre exercício de imprensa. Os editores da revista Veja devem esta em estado de orgasmo em seus escritórios assistindo há mais um episódio de corrosão do governo Dilma.

Não convém ao caso conceder uma ''racialização'' dessa questão como muitos assim desejam. Orlando Silva e negro mais foi ferozmente atacado em circunstância das intrigas e interesses da conjuntura política. Como abutres famintos ávidos para devorar um pedaço de carniça os demo-tucanos não perdem a oportunidade para saírem para o ataque. Orlando Silva foi um alvo excelente para esses carniceiros, devido a pasta que comandava possuir uma posição estratégica para a organização da Copa do Mundo. O corpo político de Orlando já esta em estado de decomposição é sua permanência poderia infeccionar ainda mais o cancro governo. Sendo mas um caso de desgaste para o governo Dilma a única saída e sua retirada algo que já foi realizado.



Kassan 26/10/2011



Criminalização segue sendo política do Estado!

A tentativa de criminalizar a luta popular é uma das mais perigosas práticas fascistas do Estado reacionário. Atualmente o governo de Dilma Rousseff como uma continuação gerencial da administração Lula tem levando a cabo essa intensa campanha pelo ''desarmamento'' civil isso em nome de uma suposta busca pela ''paz''.

A todo o momento vemos o povo pobre da cidade e do campo ser acusado de serem atrelados a atividades criminosas sobre os ângulos de código penal, de serem os promotores de instabilidade social.

Programas ‘‘policialescos’’ que ganham a cada dia mais espaço na TV apresentam rotineiramente reportagens sensacionalistas cujo objetivo e desenvolver uma técnica de instrumentalização do medo sobre toda população, isso particularmente nas camadas médias, lançando a idéia de justificativa na necessidade em promover o fortalecimento do aparato policial, aumentando seus recursos, armas e capacidade de repressão para ''estabelecimento da ordem'' na sociedade. Mas a plena verdade e pelo fato que o aparato repressivo policial em uma sociedade capitalista visa primeiramente a defesa da integridade da propriedade privada dos meios de produção, de posse de uma minoria abastarda.

A história Brasileira constata isso de forma direta. A brutalidade desta sociedade está é nas mãos das classes reacionárias, que seja na cidade ou no campo tentam rechaçar que o povo de alcance a conquista de seus legítimos direitos.

Hoje no Brasil basta ser pobre e especialmente negro para ser considerado criminoso. Tudo o que o pobre faz é proibido. Não pode luta pela distribuição da terra, não pode lutar pela garantia a uma moradia digna, não pode realizar greve que a justiça em seguida taxa o movimento como ilegal, não pode abrir nem sequer uma banquinha para vender produtos na rua porque em seguida e dito que esta a praticar contrabando e sonegação fiscal, não pode fazer ao mesmo fazer uma marcha ou passeata porque está atrapalhando o direito de ir vir...

Kassan 25/10/2011



Sobre Martin Luther King

M.L.K. organizou os seus pensamentos praticamente do mesmo modo que organizaste os teus. Se conhecesses e compreendesses realmente o seu programa nunca terias expressado o que afirmaste na tua última carta. Creio que estás familiarizado com o facto dele ser contra a violência e a guerra; de facto era um pacifista devoto. É muito invulgar, mesmo inacreditável, que numa era tão violenta e tumultuosa como esta ainda consiga produzir tais homens. Ele estava deslocado, fora do seu tempo, era demasiado ingénuo, demasiado inocente, demasiado cortês e demasiado civil para os tempos em que vivemos. É por essa razão que o seu fim foi tão previsível.

Opunha-se à violência em todas as suas formas, o que não significava que fosse passivo. Sabia que a natureza não permitia que atitudes desse género durassem muito tempo. Teve consciência suficiente para verificar que os homens de cor se encontravam em marcha por todo o mundo e que o seu exemplo iria influenciar rapidamente aqueles existentes nos EUA a também pararem de tremer e a ganhar coragem para se erguerem. Portanto tentou dirigir as emoções e o movimento em geral de acordo com os parâmetros que julgou mais correctos para lidar com a nossa situação: desobediência civil pacífica, de natureza política e económica. Comecei a interessar-me por ele devido às suas ideias recentes acerca das guerras dos EUA no estrangeiro contra pessoas de cor. Estou certo de que era sincero quando afirmava que o seu propósito era “alimentar os famintos, vestir os nus, confortar os presos e tentar amar alguém”. Verdade seja dita que nunca desgostei dele como homem. Como homem dedico-lhe o respeito que ele sinceramente merece.

É como líder do pensamento negro que discordo dele. O conceito do pacifismo é um ideal falso. Pressupõe a existência da compaixão e um sentido de justiça por parte dos nossos adversários. Quando este adversário tem tudo a perder e nada a ganhar se exercer essa justiça e essa compaixão, a sua reacção será sempre negativa.

O símbolo masculino na América do Norte sempre foi a arma de fogo, a faca e o bastão. A violência é exaltada em todas as instâncias: na televisão, nos cinemas, nos livros mais vendidos. Os jornais que mais vendem são os que publicam os cabeçalhos mais ousados e sangrentos e a maior parte dos desportos. Morrer pelo rei e pela pátria é morrer como um herói.

Os King, Wilkinsons e Young exortam-nos com as palavras de King a “colocar de lado as facas, afastar-nos das armas e munirmo-nos com o peito cheio de rectidão” e “dar a outra face para provar a nossa capacidade de tolerar, de amar”. Pois, isso talvez sirva para eles, mas eu preciso dos dois lados da minha cabeça.”

“A paciência tem o seu limite. Levada demasiado longe, passa a covardia.”

- George Jackson


Pan-africano Kassan 22/10/2011


A Luta Armada Começou em Manica e Sofala

Samora Machel

Agosto de 1972

Camaradas,

Vimos anunciar-vos um acontecimento de extrema importância no processo de desenvolvimento do nosso combate. A nossa luta armada de libertação nacional acaba de estender-se para mais uma Província.

Cumprindo a palavra de ordem da mensagem de 25 de Setembro do ano passado, as Forças Populares de Libertação de Moçambique iniciaram operações militares na Província de Manica e Sofala. A luta prossegue de acordo com o plano traçado: no dia 25 de Julho atacamos diversos objectivos estratégicos nesta província.

A luta armada acaba pois de se instalar em mais uma frente, uma nova Província começa a libertar-se da opressão colonial. Pouco a pouco vão nascendo os frutos do esforço gigantesco e unido de todo o Povo moçambicano, do Rovuma ao Maputo. Os sacrifícios, as marchas, as vidas oferecidas generosamente, começam a transformar-se em liberdade para novas gentes.

O desencadeamento da luta em Manica e Sofala certamente que resulta da determinação, da coragem, do patriotismo e da consciência da população, dos combatentes, dos quadros e responsáveis da Província. Mas o desencadeamento da luta também resulta do esforço, do combate de todos os Moçambicanos, em particular nas províncias já em luta armada. Quanto mais fogueiras existem na floresta, menos possibilidades têm o inimigo de apagar os novos fogos que nascem.

Neste contexto, devemos saudar a consciência exemplar dos nossos camaradas na Província de Tete, que souberam assumir a nossa linha e assim transformaram-se em base de apoio para a expansão da luta para novas zonas. Fazendo-o, também consolidaram a situação em Tete.

Mais feridas sangram no corpo da fera colonialista, mais débil se torna a sua força real, ainda que maior seja o seu rancor e raiva de desespero. A população de Manica e Sofala soube assumir a nossa disciplina, os nossos princípios estratégicos e tácticos. Ainda que submetida ao trabalho forçado, à palmatória, ao imposto, embora levada para os campos da morte das companhias de açúcar, mesmo sofrendo a asfixia da poeira nas fábricas de cimento, apesar do chicote na construção das estradas, a população de Manica e Sofala com paciência esperou a palavra de ordem do partido, com disciplina aguardou que o esforço comum criasse as condições propícias ao desencadeamento da luta. Ao agir assim, a população de Manica e Sofala mostrou que soube transformar os seus sofrimentos em determinação revolucionária, demonstrou que possui a maturidade política necessária para levar à vitória a nossa guerra de libertação.

A abertura da nova frente é uma grande derrota para o colonialismo português e o imperialismo. Manica e Sofala é um centro estratégico de desdobramento das tropas colonialistas; a recente transferência da sede do Alto Comando Militar inimigo de Nampula para a Beira, demonstra bem a importância militar da Província. Pelas riquezas agrícolas, minerais, pela sua actividade industrial, pela importância da sua rede de comunicações, Manica e Sofala goza dum lugar preponderante no dispositivo de exploração económica colonial e imperialista do nosso país. Dezenas de companhias americanas, inglesas, francesas, alemãs, japonesas e portuguesas, auferem lucros fabulosos, explorando as riquezas e os trabalhadores nesta Província.

É evidente, assim, que a abertura da luta em Manica e Sofala afecta profundamente a estrutura da exploração colonialista e imperialista. Os sonhos e promessas rápidas de vitória que tradicionalmente o Alto Comando colonialista vem prometendo às suas tropas desmoralizadas sofreu um golpe fatal. Novas mentiras terão que ser inventadas por Kaúlza, para esconderem em vão a derrota final cada vez mais iminente.

É certo também que o inimigo, ferido num dos seus pontos mais sensíveis e dolorosos, vai reagir mais brutalmente, mais ferozmente, mais criminosamente. Devemos estar conscientes de que as vagas de prisões e torturas, bombardeamentos e massacres, serão mais numerosos, mais intensos, mais sistemáticos.

O que mais é, devido à situação estratégica da Província em relação ao resto da África Austral, devemos saber que em Manica e Sofala o imperialismo, os racistas sul-africanos,e rodesianos, farão tudo para esmagar a nossa luta.

Fracassarão. Os crimes que cometem, a agressão contra o nosso Povo, é gasolina lançada na fogueira da guerra popular. Estamos seguros também que ao esforço da aliança imperialista e racista corresponderá um desenvolvimento consequente da solidariedade internacional, do campo das forças progressistas que nos apóiam.

A nossa vitória de hoje é também de todos os povos, dos que combatem ao nosso lado, especialmente, em Angola e na Guiné-Bissau, dos que nos apóiam firmemente na África e no mundo, é uma vitória do campo socialista nosso aliado, é uma vitória ainda do próprio povo português em luta contra o fascismo e a guerra colonial.

Ao desencadearmos a luta em Manica e Sofala, onde se encontra implantada uma fracção importante da comunidade portuguesa do nosso país, queremos reafirmar que a nossa luta não é contra ela, que a nossa vitória só pode beneficiar os que vivem do trabalho honesto, os que sofrem da exploração colonial e fascista. O Povo moçambicano, fraternalmente, convida os soldados portugueses, a população portuguesa, a unirem-se ao esforço comum de libertação.

Neste décimo ano da FRELIMO, no momento em que, terminadas as celebrações do 25 de Junho, nos preparávamos para celebrar o 25 de Setembro, a acção unida do Povo e dos combatentes da FRELIMO abriu uma nova frente.

É um momento de grande alegria e orgulho para todo o Povo Moçambicano. Mas é também um momento em que comovidamente evocamos a memória dos camaradas que no campo de batalha, na acção clandestina, nas prisões colonialistas heroicamente se sacrificaram pela libertação da nossa terra e do nosso Povo, e tornaram possível, pelo seu sangue e sacrifício, mais esta grande vitória.

Saibamos ser dignos desse sangue puro e generoso, intensifiquemos o combate, consolidemos a luta em Manica e Sofala e nas outras Províncias, estendamos a luta para novas frentes.

A LUTA CONTINUA! INDEPENDÊNCIA OU MORTE,VENCEREMOS!

Pan-africano Kassan 15/10/11



Igualdade racial na pena capital?

O reacionário Estado norte-americano volta e meia tem que ''abater'' um racista branco para passar a imagem de que esta ao lado das minorias. Isso para se fazer crer que a lei existente e aplicável para todos sobre todas as formas sem distinção de cor e etnia. Macabra lógica de uma ''Igualdade racial na pena capital''.


Considerações

Passado o período das lutas do movimento por direitos civis ocorreu um crescimento da consciência política da comunidade negra algo inegável. Então dessa forma ações violentas protagonizadas por grupos de ódio são rejeitadas, por uma questão de avaliação de resultados. Infligir com agressões apenas contribuiria para estimular a potencialidade de resistência do Povo Negro, que se desprenderia de sua posição subalterna partindo para um contra-ataque como última instância para garantir sua sobrevivência. Sendo assim o Estado norte-americano teria que arcar com uma indigesta consequência provocada pela violência dos supremacistas brancos, que seria de enfrentar uma comunidade racial radicalizada lutando de todas as formas possíveis para criar alcançar sua libertação. Isso seria guerra civil. Um processo cujo desenvolvimento dialético geraria uma revolução armada contra o racismo é seu sustentador a exploração engendrada pelo capitalismo. Usar a abusar de meios repressivos como forma de bloquear uma insurgência negra generalizada, não seria uma opção sempre viável, dessa forma alguns dirigentes do Estado estadunidense formularam uma estratégia que se se baseou na criação de políticas assistencialistas compensatórias que receberam o nome de ''ações afirmativas''. Migalhas distribuídas a uma parcela minoritária dentro da minoria para servir como uma maquiagem para esconder os mecanismos de funcionamentos do sistema. Conseguindo cooptar lideranças dentro da própria comunidade negra as ''ações afirmativas'' foram "vendidas" como estabilizadoras e garantidoras da criação de uma sociedade étnico-plural com respeito as diversidades. Patranha pura! A burguesia branca continuou a gozar de seus privilégios mesmo se prestando a fazer essas concessões. Isso no melhor estilo: ceder os anéis para não perder os dedos. Isso ao mesmo tempo em que ''semi-criminalizaram'' as organizações dedicadas abertamente a defesa pela supremacia branca e o racismo.


Para mantiver a população negra imersa a essa ilusão democrática de acesso e integração dentro da sociedade era preciso coibir a ocorrência de atos de violência praticados pelos supremacistas brancos em geral. Dessa forma movimentos como a Ku Klux Klan são desacreditados e em partes seus membros reprimidos. Porém afirmando que isso não significa que o Estado usou da mesma força para travar os movimentos racistas brancos daquela desprendida para neutralizar as organizações militantes do nacionalismo negro. Ocorreu um tratamento diferenciado conforme a matriz ideológica, e decorrentemente da periculosidade que a organização e seu quadro representavam efetivamente.

Atualmente há inúmeras milícias de extremistas brancos no território norte-americano. São monitoradas em determinado grau pelo FBI, porém não são desarticuladas. Esses grupos armados servem como uma espécime de reserva de ''freelancers'' que podem ser utilizadas em ''trabalhos sujos'' a onde seria ''constrangedor'' se houvesse a constatação da impressão digital do Estado em eventos que poderiam jogar ao chão a sua faceta pseudo-democrática. Atentado ocorrido em Oklahoma City em 1995 no Edifício Federal Alfred P. Murrah descreve bem esse uso de mão de obra ''freelancer'' empregada. Sobre as organizações negras foi feito uma operação de estrangulamento sumário. Primeiro e feito a identificação dessas organizações como sendo subversivas. Próximo passo a eliminação seletiva de alvos. Militantes mais destacados são presos sobre acusações forjadas ou mortos em operações das forças repressão. Mumia Abu Jamal a mais de 30 anos no corredor da morte, e o extermínio de Fred Hampton em 1969 são páginas que exemplificam o empenho na destruição do movimento de libertação negra pelo poder estatal reacionário estadunidense.


Corte ideológico

O supremacismo branco e essencialmente reacionário, pois nega e rechaçar a igualdade entre os seres humanos, e luta pelo estabelecimento de uma sociedade hierarquizada sobre conceito de classificação de inferioridade racial. Diferente do nacionalismo negro que surge em um contexto da necessidade de organizar todo um segmento populacional secularmente oprimido pelo sujeições culturais, econômicas e políticas de uma classe dominante. A concepção do supremacismo branco estava incluso no planejamento da arquitetura dos Estados Unidos desde seu primeiro momento de conquista de independência. O pensamento originário do nacionalismo negro exige como forma prioritária a capitalização do fator de identidade racial, para um conjunto de ações de solidariedade e apoio mútuo com o objetivo possibilitar a luta pela transformação da realidade.


Caso um

Recentemente o Texas aplicou mais uma sentença de morte para um prisioneiro. Algo habitual naquele estado rancho da família Bush. O executado foi um homem de 44 anos de nome Lawrence Brewer. Em 1998 Lawrence Brewer em companhia de outros dois amigos foram presos pelo assassinato de um homem chamado James Byrd na cidade de Jasper. A natureza motivacional desse crime foi revelada em seguida. Lawrence Brewer e seus dois amigos Shawn Berry e John King Byrd eram integrantes de uma franquia local da Ku Klux Klan.

Em 07 de junho de 1998 Lawrence Brewer estava ao lado de seus companheiros estavam dentro de uma pick-up quando se depararam com James Byrd um homem negro que solicitou uma carona, sem saber os homens eram supremacistas brancos. Os homens permitiram que James Byrd adentra-se no veiculo e prosseguiram o trajeto. De repente o veículo e parado, e os três homens exigem que James Byrd sai do carro, em seguida o que se comete e um ato de selvageria brutal. O trio de Klansmens dominam fisicamente James Byrd e o amarram pelos tornozelos a traseira da pick-up e iniciaram uma corrida arrastando James Byrd por um percurso de mais de uma milha. James Byrd foi tendo seu corpo dilacerado pelo asfalto, ocasionando uma morte sangrenta. Os assassinos em seguida deixaram o corpo de Byrd em frente a um cemitério da comunidade negra. O que se seguiu após o transcorrer do homicídio foi uma revolta dentro da comunidade negra da cidade de Jasper que contou com o apoio de inúmeras organizações de direitos civis e humanos de todas as partes dos Estados Unidos. Pressionados as autoridades policiais rapidamente capturam o trio de assassinos. Antes da ocorrência desse homicídio, já havia sido iniciado a defesa pela promulgação de uma lei de ''Prevenção de Crimes de Ódio'' na época o governador do Texas era George W. Bush que tão pouco se esforçou em aprovar essa lei. Bush pressionado pela opinião pública após o episódio do assassinato de James Byrd modificou sua postura agilizando a aprovação dessa lei. Os três assassinos foram direcionados a um tribunal e receberam as respectivas sentenças. Lawrence Brewer e John King Byrd foram condenados a morte e Shawn Berry foi sentenciado a prisão até o ano de 2038. No mês de setembro Lawrence Brewer recebeu sua injeção letal. John King Byrd esta no corredor da morte esperando a aplicação de sua injeção letal.


Caso dois

O negro Troy Davis foi executado no Estado da Geórgia. O homem em questão Troy Davis ficou preso durante mais de 20 anos, acusado e condenado à morte, num processo judicial completamente questionável devido a acusação de assassinato de um policial chamado Mark MacPhail. A principal prova do crime pelo qual Troy Davis foi acusado, a arma que matou o policial branco, jamais foi localizada e não há existência de qualquer outro registro que comprove sequer a presença Davis no local do crime. Desde a data em que foi sentenciado, em 1991 sete das nove testemunhas de acusação se retrataram em juízo afirmando que receberam investidas intimidatórias por parte da polícia algo que os induziram a fazerem depoimentos para incriminar Troy Davis. Entre as duas testemunhas que não mudaram de opinião, está a do homem Sylvester Coles, justamente a pessoa que denunciou Troy à polícia no dia do assassinato e que foi apontado por algumas testemunhas como o sendo o real autor dos disparos que mataram Mark MacPhail. O caso acabou por gerar repercussões, levantando uma campanha de solidariedade internacional. A Suprema Corte negou a suspender a sentença, sobre a alegação que isso era um caso de jurisprudência da justiça estadual. Por intermédio de declaração do porta-voz da Casa Branca Jay Carney justificou a recusa de Barack Obama de intervir no caso afirmando que não seria policialmente apropriado um presidente se envolver em um caso judicial de nível não federal. Mentira excedente, lembrando que Bill Clinton intercedeu concedendo perdão presidencial a seu irmão Roger Clinton preso por porte de cocaína. Porém o primeiro ''afro-americano'' a assumir a cadeira na Casa Branca preferiu se omitir em relação a um caso envolvendo a vida de outro ''afro-americano''. Por uma ''ironia do destino'' sua execução ocorreu na mesma data do racista Lawrence Brewer em 21 de setembro.

Seria isso uma dádiva da democracia norte-americana esse igualitarismo racial no corredor da morte. Brancos, latinos e negros sendo executados em condição semelhantes. Se alguns ingênuos acreditam que sim isso não importa. Mas a verdade elevasse por si só nessa questão. Não deixando pairar dúvidas sobre a genocida natureza que formou os Estados Unidos.






Kassan 15/10/11



EUA maior exportador da morte.

Os Estados Unidos consolidou sua dominação no mercado de encomendas de armas em 2010, assinando 21,3 bilhões dólares em novas encomendas de armas com países estrangeiros, de acordo com a última edição de um relatório anual sobre transferências de armas convencionais feito pelo Serviço de Pesquisa Congressional órgão ligado ao Congresso Norte-americano.

Houve um ligeiro declínio nas encomendas a partir de 2009. Mas, porque total de vendas globais de armas no ano passado caiu drasticamente, quase 40% de seu nível de 2009 de US $ 65 bilhões, a quota de mercado nos EUA subiu acentuadamente, de 35% em 2009 para quase 53% em 2010.

Os EUA também ficaram em primeiro lugar no valor das entregas reais de armas em 2010, fornecendo para clientes estrangeiros com cerca de 12 bilhões de dólares em armas, ou mais de um terço dos US $ 35 bilhões em entregas globais de armas no ano passado, de acordo com o relatório. Foi o oitavo ano consecutivo em que Washington foi o maior fornecedor de entregas globais de armas.

Como em anos anteriores, os países em desenvolvimento foram os maiores compradores no mercado internacional de armas em 2010, respondendo por 76% de todos os novos acordos de armas e quase 63% das entregas reais, de acordo com o relatório de 75 páginas, "Transferências de Armas Convencionais ao desenvolvimento nações, 2003-2010 ".

Entre os países em desenvolvimento, a Índia liderou a lista de compradores, concluindo quase US $ 6 bilhões em novos negócios. Foi seguido por Taiwan (US $ 2,7 bilhões) e Arábia Saudita (US $ 2,2 bilhões).

A Índia também no topo da lista como o destinatário principal de entrega reais de armas, tendo obtido 3,6 bilhões dólares no valor de sistemas de armas. Foi seguido por Arábia Saudita e Paquistão, que ambos receberam 2,2 bilhões dólares no valor de carregamentos de armas, de acordo com o relatório.

Para o período 2003-2010 inteiro, no entanto, o relatório descobriu que a Arábia Saudita foi destinatário maior de encomendas de carregamentos de armas de longe, tendo recebido alguns valor de US $ 29 bilhões em armas, seguido pela Índia, em quase US $ 17 bilhões; China (13,2 bilhões dólares ); Egito ($ 12,1 bilhões) e Israel (US $ 10,3 bilhões).

Como nos relatórios anteriores, a última edição distingue entre os acordos de armas que foram assinados durante o ano anterior e entregas reais de armas. Entregas reais muitas vezes ficam aquém do que acordos podem originalmente ter ocorrido.

O último relatório vem como orçamentos de defesa nos países mais desenvolvidos, especialmente na Europa, estão a sofrer cortes substanciais em reação à crise financeira. Mesmo o Pentágono, cujo orçamento quase dobrou na última década, enfrenta a perspectiva de pouco ou nenhum crescimento em termos reais ao longo dos próximos 10 anos.

Como resultado, grandes empreiteiros da defesa dos EUA e europeus estão olhando para aumentar as vendas em mercados estrangeiros, particularmente nos mercados ricos produtores de petróleo do Próximo Oriente, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, Índia, Coréia do Sul e Sudeste Asiático.

Além disso, por causa da persistente alta taxa de desemprego nas grandes exportadores ocidentais, incluindo os EUA, a principal motivação para a venda de armas para clientes estrangeiros "pode ​​ser baseada tanto, se não mais, em considerações econômicas como as da política de segurança estrangeiras ou nacionais, " de acordo com avaliações de analistas do mercado de armas.

O valor de todos os acordos de armas com países em desenvolvimento chegou a US $ 30,7 bilhões em 2010, a maior queda desde os quase US $ 50 bilhões em acordos assinados em 2009 e o total mais baixo desde 2003. O valor de quase US $ 22 mil milhões de armas efetivamente entregue aos países em desenvolvimento no ano passado, por outro lado, foi o maior desde 2006.

Os EUA respondiam por 49 % de todos os novos pedidos de armas de países em desenvolvimento no ano passado, um grande aumento da sua quota de 31% em 2009. Foi seguido pela Rússia, que manteve a sua quota de 25% do mercado de países em desenvolvimento em 2010, e pelos grandes fabricantes de armas da Europa Ocidental, liderado pela Itália, França e Grã-Bretanha, que realizou uma participação de 13% no ano passado, abaixo dos 24% em 2009.

Em entregas reais de armas para países em desenvolvimento, no entanto, Washington dominou os últimos oito anos, com cerca de $ 60 bilhões em transferências, comparado com US $ 38.000 milhões da Rússia. Grã-Bretanha (US $ 19 bilhões), França (US $ 12,3 bilhões), China (US $ 11,6 bilhões), Alemanha (US $ 6,2 bilhões) e Israel (US $ 3,5 bilhões) foram os outros grandes fornecedores.

Durante o período de oito anos mesmo, a Arábia Saudita foi o principal comprador, assinando 44,3 bilhões dólares em novos negócios de armas, seguido pela Índia (38,1 bilhões dólar), os Emirados Árabes Unidos ($ 18,7 bilhões), Egito (US $ 14,4 bilhões), Paquistão (US $ 13 bilhões), Venezuela ($ 12,7 bilhões), Coréia do Sul (US $ 10 bilhões) e Brasil (US $ 9,8 bilhões). Arábia Saudita no ano passado concordou em princípio em comprar cerca de US $ 60 bilhões em aeronaves fabricadas nos EUA nos próximos anos.



Nota de Opinião.

Todo o material bélico exportados pelos EUA tem endereço certo. Essas armas fabricadas são enviadas para fortalecer a defesa de inescrupulosos regimes reacionários títeres espalhados ao redor do mundo, seja na Ásia, África, America Latina, ou em regiões como o Oriente Médio. Isso faz lembrar a afirmação proferida pelo Pantera Negra Huey Newton: ''Neste momento não há no mundo um único governo fascista ou reacionário que se possa manter sem a ajuda do imperialismo dos Estados Unidos.''. O destino da encomendas e entregas de armas não deixa pairar dúvidas a respeito da natureza desse comércio da morte.

Arábia Saudita: Governada pela família real Al Saud a Arábia Saudita e um aliado importantíssimo para os planos geopolíticos de Washington no Oriente Médio. Os lucros ocasionados pela extração de petróleo permitem aos monarquistas sauditas fazerem voluminosas encomendadas de armas para os fabricantes ianques. Essas armas logo serem para incrementar o aparato de repressão militar que sustenta a monarquia obscurantista que reina a mais de 88 anos. Utilizando o território saudita, os norte-americanos instalaram bases militares para possibilitar eventuais investidas contra regimes que possuem fricções com seus interesses como Irã e Síria. As armas compradas pela Arábia Saudita acabam por ajudar na manutenção de regime outros regimes títeres como o governo do Bahrein.

Índia: Forças revolucionárias compostas por camponeses e povos tribais conhecido por Adivasis têm desenvolvido uma Guerra Popular de Libertação. Essas forças revolucionárias comunistas conhecida pelo termo Naxalitas estão promovendo ataques contra o velho Estado indiano e exigindo a reformulação do espaço agrário com a ampla distribuição de terras. Ao mesmo tempo em que as forças revolucionárias indianas abrem um frente de luta contra a ocupação do solo e exploração das riquezas minerais por empresas transnacionais. Essas mesmas transnacionais com o apoio do velho Estado indiano têm forçado o deslocamento de milhares de pessoas de suas terras. Em retaliação a essa movimentação revolucionária o Estado indiano criou uma campanha terrorista que recebeu o nome de “Operação Caçada Verde”. Contando com aproximadamente com 6 batalhões do exército indiano e mais 60 mil agentes de forças paramilitares atuando nas regiões dos estados de Chhattisgarh, Orissa, Jharkhand e Bengala Ocidental, Andhra Pradesh e Maharashtra. Já se relatam centenas de mortos e outras centenas de militantes revolucionários presos e torturados em decorrência dessa operação de terrorismo estatal.

Paquistão: Principal aliado na “Guerra ao Terror” o Paquistão tem de notabilizado por sua flexível subserviência aos Estados Unidos. As recentes fricções ocorridas entre EUA e Paquistão após a suposta morte de Osama Bin Laden, abriram questionamentos sobre a continuação da aliança existente entre os dois países. Enganaram-se aqueles que acreditaram que isso significaria uma ruptura da subordinação do governo lacaio paquistanês aos ditames ianques. O governo Paquistanês mantém a mesma política entreguista dos tempos do general Pervéz Mussarraf. Permitido o livre transito das forças militares norte-americanas por seu território e a realização de operações contra alvos insurgentes do taliban. Essa relação de colaboracionismo chegou a um limite tão constrangedor que o governo paquistanês teve que solicitar que os Estados Unidos alivia-se um pouco a pressão para que a aparência de completa falta de soberania não transparece-se de forma acintosa. As armas encomendadas e entregas no Paquistão servem para saciar ânsia do corrupto alto comando de suas forças armadas e permitindo ao mesmo tempo o prolongamento da ingerências norte-americanas e o repressão desenfreada sobre população.

Perceba-se que o imperialismo ianque jamais forneceu ou fornecerá armas para um legitimo movimento de libertação nacional. Nunca auxiliaram materialmente uma força popular revolucionária sobre circunstâncias algumas. O contrário se faz no investimento na agressão contra os povos e suas lutas por liberdade. O atual apoio dado aos “rebeldes” na Líbia exemplifica isso. Esses “rebeldes” postiços do CNT que nada são do que mercenários recebem armas e equipamentos dos quais empreenderam a derrubada no regime nacionalista de Muammar al-Khadafi com o objetivo de tornar o território Líbio um campo aberto para a completa espoliação das multinacionais petrolíferas. A indústria bélica e um dos pilares da economia norte-americana, e seu lobby dentro do congresso e fortíssimo. Tão poucos reveremos um retrocedimento das movimentações bilionárias desse mercado causador de milhares de mortes. Então deste imediato cabe a cada povo oprimido forjar suas armas para o enfrentamento do imperialismo ianques e seus lacaios.



Kassan 14/10/11


Huey Newton o homem que carregou a flama revolucionária.


Huey Percy Newton foi um dos fundadores do Partido dos Panteras Negras em Oakland em 1966. Foi lhe conferido a pasta do Ministério da Defesa, a partir disso Huey Newton foi responsável por lançar a estratégia que moldaria as atividades do partido e que o transformaria a mais esplêndida e pulsante organização revolucionária do povo negro na America do Norte. A defesa pela autodefesa que o mesmo tão brilhantemente realizou e esquematizou em pensamentos coerentes foi sua contribuição para o movimento de libertação da comunidade negra. O Partido dos Panteras Negras reuniu uma excelente safra de militantes, muitos caíram diante a repressão como combatentes em martírio sendo presos ou assassinados, alguns outros capitularam por cômoda covardia e outros Panteras se inveteram ao caminho da traição e se entregaram as mãos do inimigo opressor colaborando-o com os mesmos para evitar o avanço da luta revolucionária.

A luta revolucionária possui suas contradições. E Huey Newton por ser um revolucionário também foi pego nessas oscilações de contradições impostas pelo processo da luta revolucionária. Pode-se definir a trajetória da vida de Huey Newton sobre períodos. Da defesa incontestável dos conceitos revolucionários como autodefesa e auto-suficiência para o rebaixamento para posições reformistas a adesão ao revisionismo chegando a entrega física a dependência química. Os erros pesaram enormemente para Huey Newton. Porém seus acertos e apontamentos são demonstrações de vigor de uma pessoa que se abnegou a pugna pela libertação da comunidade negra e da classe trabalhadora. Huey Newton não foi apenas um lutador da comunidade negra nos Estados Unidos, foi um revolucionário internacional!

Impressiono-me com Huey Newton assim como todo o Partido dos Panteras Negras pela espetacular aula de luta. Toda a crença na capacidade do próprio povo em remover os obstáculos, limites e conseguir desenvolver uma organização social que possibilite a conquista do bem-estar, liberdade e paz são um sofro de inspiração que atravessam o tempo. E isso que esta a faltar ao movimento negro! A confiança na potencialidade do povo em se levantar contra os opressores. Da certeza na possibilidade da luta direta, ao invés da busca por pequenos arranjos e ajustes dentro da estrutura do capitalismo para torná-lo mais “inclusivo”. Não! E preciso ter uma visão que supere as expectativas da normalidade do regime do capital. Avançar para além dos marcos meramente institucionais de atuação e definir a conclusão de objetivos por todos os meios necessários.

Huey Newton defini alguns avaliações a respeito do Partido dos Panteras Negras. Observem a coerência e os propósitos que motivaram o partido a seguir nas próprias palavras de Huey Newton.

Visão

A visão original do Partido dos Panteras Negras era servir as necessidades do povo negro oprimido nas comunidades e defendê-lo contra seus opressores. Quando o Partido foi iniciado nós sabíamos que essa era uma das metas de se elevar a consciência das pessoas e motivá-las a se mover mais firmemente pela sua libertação total. Também reconhecemos que vivemos em um país que se tornou um dos governos mais repressivos do mundo, repressivo nas comunidades de todo o mundo. Nós não esperávamos que um governo tão repressivo iria ficar de braços cruzados enquanto o Partido dos Panteras Negras prossegui-se á frente como o objetivo de servir ao povo. Esperávamos repressão.

A VANGUARDA

Sabíamos, como uma vanguarda revolucionária, que a repressão seria a reação dos nossos opressores, mas nós reconhecemos que a tarefa do revolucionário é difícil e sua vida é curta. Estávamos preparados, então, como estamos agora, a dar tudo no interesse do povo oprimido. Nós esperávamos que a repressão viria de forças externas que têm prendido por muito tempo nossas comunidades em sujeição. No entanto, a ideologia do materialismo dialético nos ajudará a entender que as contradições em torno do Partido criaram uma força que nos move em direção a nossos objetivos. Também esperávamos as contradições no seio do Partido, pois os opressores utilizariam infiltrados e provocadores para ajudá-los a alcançar seus fins malignos. Mesmo quando as contradições vêm de ex-membros leais do partido, vemo-los como parte do processo de desenvolvimento e não como mídia de forma negativa os opressores usá-los para interpretá-los. Acima de tudo, sabíamos que por tudo isso o Partido iria sobreviver.

APOIO DO POVO

O Partido iria sobreviver porque tinha o amor e o apoio das pessoas que viram os seus verdadeiros interesses expressos nas ações do partido. O Partido também irá sobreviver porque seria um veículo político que continuou a exprimir os interesses do povo e servir-lo como seus defensores. A importância de um veículo político estruturado tem sido sempre claro para nós. Quando fomos para Sacramento¹, fomos para o propósito de educar as pessoas na construção de uma política permanente de um veículo para servir os seus verdadeiros interesses. Em nossa comunicação com o governos Sul-vietnamita Revolucionário, apontou que eles compreenderam o que estávamos fazendo e viu-a como uma estratégia correta.

ORGANIZAÇÃO ESTRUTURADA

Eles disseram que uma "organização estruturada está relacionada com a política como uma sombra a um homem." Reconhecemos que a máquina política na América tem constantemente exigido que o povo negro a apoiá-la através de pagamento de impostos e lutando em guerras, mas que de forma consistente essa mesma máquina recusa-se a servir os interesses da comunidade negra. Um dos problemas é que a comunidade não tem uma organização estruturada ou veículo que serve as suas necessidades e representa o interesse das pessoas. Você não pode mais ter política eficaz, sem uma organização estruturada do que você pode ter um homem sem a sua sombra. Oprimido povo negro - o lumpemproletariado - não têm uma organização estruturada para representar seus interesses verdadeiros até que o Partido dos Panteras Negras surgiu de dentro da comunidade, motivada pelas necessidades e condições do povo.

O VERDADEIRO INTERESSE

Em todo o país houve coalizões de pessoas negras para formação de cáucuses negra, mas estes não têm servido o povo como veículos políticos. Eles serviram apenas como estruturas burguesas para obter candidatos negros para cargos políticos. Uma vez eleito, o maquinário utilizado para lançar essas pessoas no escritório, simplesmente deixou de existir ou se tornaram ineficazes na medida em de servirem os verdadeiros interesses do povo negro oprimido. Um veículo verdadeiramente revolucionário que irá sobreviver à repressão que encontra diária é composta de uma série de características. Primeiro de tudo, há um grupo pequeno, mas dedicado de trabalhadores que estão dispostos há dedicar seu tempo integral para os objetivos da organização. Em segundo lugar, há uma estrutura organizada distintas através das quais o quadro pode funcionar.

CONCEITOS REVOLUCIONÁRIOS

É esta combinação de estrutura e quadro dedicado que pode manter o maquinário para atender às necessidades do povo. Desta forma, uma prensa de impressão pode ser mantida para rever os acontecimentos do dia e interpretá-los de uma forma que serve o povo. Informações podem ser circuladas sobre os fenômenos diários para informar o povo de seu verdadeiro significado. Programas de serviço podem ser realizados para entregar ao povo as necessidades básicas que não são atendidas em outros lugares porque o lumpemproletariado são vítimas de opressão e exploração. Um quadro e uma estrutura, no entanto, não são o que tornam o veículo uma política revolucionária. São os conceitos revolucionários que definem a interpretar os fenômenos, e estabelecer as metas para que aja vontade no veículo na política de trabalho. Um veículo revolucionário é de fato um conceito revolucionário posto em movimento por um grupo dedicado através de uma estrutura especial organizada.

AMOR & DEDICAÇÃO

Tal veículo pode sobreviver à repressão, porque ela pode se mover da maneira necessária no momento apropriado. Ele pode ir de metro, se as condições exigirem, e pode subir novamente. Mas vai ser sempre motivado pelo amor e dedicação aos interesses das comunidades oprimidas. Por isso o povo vai garantir sua sobrevivência, pois só em que a sobrevivência é as suas necessidades atendidas. O veículo estruturado e organizado vai garantir o intemperismo do teste de contradições internas e externas. A responsabilidade de tal veículo política é clara. É para funcionar como uma máquina que serve os verdadeiros interesses do povo oprimido.

PROGRAMAS

Isso significa que ele deve estar sempre ciente das necessidades das comunidades dos oprimidos e desenvolver e executar os programas necessários para satisfazer essas necessidades. O Partido dos Panteras Negras tem feito isso através do seu básicos programa de dez pontos

UM PROCESSO

No entanto, reconhecemos que a revolução é um processo e não podemos oferecer as conclusões que as pessoas devem estar prontos para responder de forma criativa às novas condições e novos entendimentos. Por isso, temos desenvolvido nosso Programa de acesso ao café da manhã, as nossas clínicas gratuitas de saúde, o nosso vestuário e programas sapatos, e nosso ônibus para programa nas prisões, bem como os outros, respondendo às necessidades óbvias do povo negro. A resposta esmagadoramente favorável a esses programas em cada.comunidade é evidência de que eles estão servindo os verdadeiros interesses do povo.

A RESPOSTA

Servindo o verdadeiro interesse do povo também significa que o veículo político deve estar entre o povo e as forças opressivas que rapina sobre eles de tal forma que os administradores terão que dar a resposta adequada.

JUSTIFICADO

Tal articulação exige que tenhamos um órgão político que expressa os interesses do povo e a interpretar fenômenos por eles. Mais uma vez, a existência de tal veículo político só se justifica desde que ele serve os verdadeiros interesses do povo. Servir os verdadeiros interesses do povo, no entanto, não significa que o veículo é simplesmente um refletor da opinião pública, pelas opiniões das pessoas têm sido muitas vezes moldada e dirigida contra os seus verdadeiros interesses por políticos lisos e educadores de exploração.

DEMOCRACIA

Suas táticas de desvio muitas vezes levam as pessoas para becos sem saída ou em tangentes que levá-los longe de seus verdadeiros objetivos. Podemos facilmente ver isso quando nós aplicamos o conceito de democracia norte-americana para a comunidade negra.

Democracia na América (democracia burguesa) não significa nada mais do que a dominação da maioria sobre a minoria. É por isso que as pessoas negras podem votar durante todo o ano, mas se a maioria é contra nós, nós sofremos. Em seguida, os políticos e educadores tentam enganar a comunidade com afirmações como "É regra da maioria, mas os direitos da minoria são protegidos." Se de fato, participar no processo democrático na América eram do interesse da comunidade negra não haveria necessidade de um Programa de pequeno-almoço grátis, não haveria necessidade de Clínicas de Saúde Livre ou qualquer um dos outros programas que temos desenvolvido para atender às necessidades do povo. Os direitos da minoria são "protegidos" pelos padrões de um governo burguês, e qualquer coisa que não é do seu interesse não é permitido. Isto pode ser democrático para a maioria, mas para a minoria isso tem o mesmo efeito de fascismo. Quando a maioria decretou que devemos ser escravos, que eram escravos, onde foi à democracia na escravidão para nós? Quando a maioria decretou que devemos pagar impostos, lutar e morrer em guerras, e ser dada a educação inferior e racista contra os nossos interesses, nós tenho todas essas coisas. Onde está a democracia para nós em nada disso?

O MESMO PARA EUA?

Nossas crianças ainda morrem nossos jovens ainda sofrem de desnutrição, a nossa meia-idade as pessoas ainda sofrem de anemia falciforme, e os nossos idosos continuam a enfrentar a pobreza e o sofrimento insuportável porque alcançam o período de crepúsculo de suas vidas, sem nada para sustentá-los através destes tempos difíceis. Onde está a democracia de qualquer um desses para os negros? Democracia significa apenas que a maioria vai usar-nos quando eles precisam de nós e lançar-nos de lado quando eles não precisam de nós. A verdadeira compreensão do funcionamento e efeito da democracia americana para as pessoas negras irá revelar mais claramente que é exatamente o mesmo que o fascismo para nós.

PRINCÍPIOS

Nosso verdadeiro interesse e necessidades não estão sendo servidos. O veículo político do povo deve ser guiado por uma ideologia consistente, que representa nada mais do que um conjunto sistemático e organizado de princípios para analisar e interpretar fenômenos objetivos. Uma ideologia só pode ser aceita como válida, se ele oferece uma verdadeira compreensão dos fenômenos que afetam a vida das pessoas. O desenvolvimento de uma ampla variedade de verdades sobre a comunidade, seu desenvolvimento interno e das forças externas que a rodeiam levará então a uma filosofia que vai ajudar a orientar-nos em direção às metas que estão nos verdadeiros interesses do povo.

O PARTIDO DOS PANTERAS NEGRAS

O Partido dos Panteras Negras nasceu em um período de estresse, quando os negros foram se afastando da filosofia e estratégia de ação não-violenta para ações severas. Ousamos acreditar que poderíamos oferecer à comunidade um veículo político permanente que serviria os seus necessidades e defender os seus interesses. Conhecemos muitos inimigos, vimos muitos inimigos. Temos sido caluniados, seqüestrados, amordaçados, presos e assassinados. Sabemos agora, mais do que nunca, que a vontade do povo é maior do que a tecnologia e repressão daqueles que são contra os interesses do povo. Portanto, sabemos que podemos e iremos continuar a servir e educar o povo.



Nota

¹ Episódio de sacramento se refere quando Panteras Negras armados adentraram o assembléia estadual da Califórnia e expuseram sua plataforma. Isso expôs o Partido a nível nacional e internacional colocando-los sobre severa supervisão por parte dos órgãos repressivos do Estado. Na época o governador da Califórnia era Ronald Reagan.

Leiam também:

Huey Newton – Suicídio Revolucionário.

Huey Newton Pantera Negra.

Kassan 11/10/2011




Nacionalismo Negro, conforme palavras do Mestre Malcolm X.











10/10/2011








10/10/2011


O poder das palavras na tradição Africana.

A secular tradição africana mantém-se através do uso da palavra. As palavras ensinam. As palavras ditas que desenvolvem valores para aplicação na vida cotidiana. As palavras na tradição africana são possuidoras de uma vasta riqueza. Se perpetuam na boca dos velhos contadores das histórias, que recriam o mundo à forma de uma criativa imaginação e arte. As palavras são herança viva dos laços com a ancestralidade. Quem detém o conhecimento de usar a palavra possui uma notoriedade importantíssima.

Através das histórias das palavras se perpetua toda a sabedoria e conhecimento criado pelas gerações passadas. A narração oral conhecida por Griot possui um aspecto em sua essência para conversação das tradições dos mitos e lendas dos povos nativos. Os contadores de história estabelecem um profundo vínculo com a comunidade, são agentes portadores dos ensinamentos e tem como missão conduzi-los para as gerações futuras. Isso faz prevalecer o conteúdo de identidade cultura, étnica e religiosa.

Há muito tempo na África, todas as comunidades tribais mantinham seus respectivos contadores de histórias. O ponto fundamental para um contador de história era possuir amplo conhecimento sobre a existência de sua comunidade isso incluía ter entendimento do legado dos ancestrais do significado da mitologia da cosmologia. O contador de história deveria ser capaz de transmitir através de suas palavras toda profundidade de sua cultura, sendo assim necessário ter o dom da oratória. Essa oralidade deveria ser convincente, límpida e aceita por toda da comunidade dos mais jovens até os mais velhos. Isso simplesmente não implicava somente no ato de lançar palavra e sim na forma de fazê-la.

Os contadores de história são peça fundamental preservação da característica cultural elementar africana.

Pan-africano Kassan 09/10/11



Propaganda


Estamos vivendo em uma civilização que é altamente desenvolvida. Vivemos em um mundo que é cientificamente organizado em que tudo é feito pelos controladores, é feito através de sistemas de são devidamente limpos, devidamente organizados, e alguns desses métodos organizacionais utilizados para controlar o mundo é conhecido e chamado de "Propaganda".


Publicidade tem feito mais contra as boas intenções de raças e nações que até mesmo uma guerra. Propaganda. É um método ou meio utilizado por pessoas organizadas para converter os outros contra sua vontade. Nós da raça negra sofremos mais do todas as raças no mundo da propaganda, propaganda para destruir nossas esperanças, nossas ambições e nossa confiança em nós mesmos.


(Marcus Mosiah Garvey)



Pan-africano Kassan




Negros que escravizam

e vendem negros na África

não são meus irmãos

Negros senhores na América

a serviço do capital

não são meus irmãos

Negros opressores

em qualquer parte do mundo

não são meus irmãos

Só os negros oprimidos

escravizados

em luta por liberdade

são meus irmãos

Para estes tenho um poema

grande como o Nilo.

(Solano Trindade)



Pan-africano Kassan






Pan-africano Kassan



Comissão de Reconciliação e Verdade e lançado na Costa do Marfim

Alassane Ouattara, presidente da Costa do Marfim, decidiu pela criação uma comissão de reconciliação para abrir fluir o diálogo entre as forças políticas no país. Foram selecionados 11 membros para integram a Comissão Diálogo, Verdade e Reconciliação um dos escolhidos para a comissão foi o jogador Didier Drogba.

A Costa do Marfim sofreu uma abrupta crise após a eleição presidencial no início de 2011, algo que desencadeou manifestações violentas que causaram pelo menos a morte de 3.000 mortos.

Para solucionar esse impasse Alassane Ouattara optou pela instalação dessa Comissão Diálogo, Verdade e Reconciliação (CDVR) que será presidida pelo ex-primeiro-ministro Charles Konan Banny. Essa comissão por sua vez e inspirada na que foi estabelecida na África do Sul no fim do apartheid.


Nota de Opinião!

A ascensão de Alassane Ouattara foi possível mediante intervenção da "ex-metrópole'' a França. E uma mais expressiva demonstração da atividade do neocolonialismo no continente africano. A derrubada de Laurent Gbagbo presidente anterior que resistiu em reconhecer a derrota nas urnas, faz parte do processo substituição de títeres desgastados praticada pelo imperialismo francês. De tempos em tempos e preciso fazer a remoção de velhos aliados, para colocação de novos aliados. Militares franceses e o contingente das ditas forças de manutenção da paz da ONU prontificarem em realizar o trabalho sujo e logo despacharam Gbagbo e seus aliados, abrindo caminho para posse do fantoche Alassane Ouattara que antes mesmo de ser eleito já se prontificava em manter a relação de subordinação ao imperialismo francês, fazendo assim a satisfação de Nicolas Sarkozy.

Se essa comissão da verdade que esta a ser instalada pelo governo fantoche de Ouattara possui como molde a mesma implementada na Africa do Sul pós-apartheid então não se pode animar a menor expectativa no trabalho dessa comissão. A comissão de verdade feita na Africa do Sul longe de ter sido um instrumento para apurações profundas dos crimes cometidos pelo regime segregacionista serviu como uma tribuna para absolvição de policiais, políticos responsáveis pela repressão a população negra. Tudo isso feito em defesa de uma "reconciliação" nacional. Algo caracterizou o governo de traição de Nelson Mandela. Aqui no Brasil recentemente a presidente de turno encaminhou a criação de uma Comissão de Reconciliação a Verdade, para apurar fatos ocorridos no período da ditadura militar. Enfim não e necessário se dizer que isso em nada se dará.




Militante Pan-africano Kassan 01/10/2011