Em homenagem aos negros que lutaram contra o regime militar



Quando se pensa na imagem dos indivíduos que resistiam a ditadura militar no Brasil, logo vem a mente a figura de estudantes universitários em sua maioria brancos oriundos de famílias de classe média, que apesar das condições sociais, um pouco favoráveis preferiam, se envergar por uma caminho radical, fazendo das faculdades, universidades, centros de luta contra o autoritarismo militar. Todos esses jovens politizados pela realidade da época eram ávidos em participar de uma luta histórica , contra a opressão militar, exploração capitalista e a dominação imperialista. Não apenas no Brasil, mais assim como em todas as partes do mundo, a juventude da década de 1960, era combativa, ousada é sonhadora. Porém não e correto e justo apenas apregoar aos universitários como os únicos responsáveis por estruturar a resistência contra a ditadura militar brasileira. A oposição ao gerenciamento militar-civil foi compostas por diversas forças, que empregaram, diferentes métodos de combate ao regime. O que e pouco divulgado, e a presença de negros militantes, no processo de luta pela destruição do governo militar.



Mais esta realidade esta a mudar por iniciativa do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da pessoa humana) de São Paulo esta sendo feito um trabalho para resgatar os nomes dos militantes negros que sucumbiram diante a repressão. Este reconhecimento e mais do que merecido, a todos esses homens e mulheres que sacrificaram a vida, em defesa da liberdade. Alguns nomes desses heróis :



Carlos Marighella : Baiano nascido em 5 de dezembro de 1911 em salvador, filho de uma negra, descendentes de Haussas com um imigrante italiano com pensamentos anarquistas. Mariguella iniciou sua trajetória política em 1932 ingressando no Partido Comunista Brasileiro. Com sua capacidade, em pouco tempo de torna, um dos mais destacados lideres do partido. Preso pela polícia política do Estado Novo, foi barbaramente torturado. E depois foi condenado, e passou 6 anos na prisão. Com o fim da ditadura getulista em 1945, e anistiado, em seguida e eleito como deputado constituinte, pelo Estado da Bahia sendo marcado por uma das mais radicais vozes em defesa dos interesses populares. Mais em 1947 o PCB e colocado na ilegalidade e Carlos Marighella, e obrigado a viver na clandestinidade, para fugir dos golpes da repressão.



(Carlos Marighella)


Com o advento do golpe militar em 1964, rompe com a direção do Partido Comunista, por discordar da estratégia reformista de combate a ditadura. E junto com outros dissidentes funda a ALN (Ação Libertadora Nacional ) em seguida se lança na luta armada. Com eximia coragem, lidera seus companheiros, em ações de expropriação. Seu nome passou a figurar entre os principais inimigos do regime militar, que logo providenciou uma feroz caçada, contra sua organização. Na data de 4 de novembro de 1969 Carlos Marighella e surpreendido por uma emboscada realizada por agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Sua morte teve um grande impacto na resistência armada a ditadura militar, em decorrência que, Marighella possuía uma enorme habilidade em comandar.

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Luiz José da Cunha : Conhecido também pela alcunha de Comandante Criolo. Nasceu em Recife, em 2 de setembro de 1943, filho de José Juviniano da Cunha e Maria Madalena da Cunha. Cedo ainda, secundarista do Colégio Estadual Beberibe, em Recife, começou sua militância no Partido Comunista Brasileiro. Por sua dedicação, seriedade e inteligência, consegui até ir a Moscou fazer um curso de preparação política. Gostava de ler e estudar adquirindo assim uma ampla cultura geral sobre história e geografia dos povos. Após o inicio do regime militar Foi um dos primeiros a aderir à proposta de Carlos Marighella para organizar a ALN e fez treinamento militar em Cuba. Desempenhou importante papel na formação de vários jovens, pois além das suas qualificações como militante experimentado, era ponderado, sabia ouvir e entender as pessoas, contribuindo muito para suportar as durezas da clandestinidade e da guerrilha.

Da mesma forma que era amável, era firme e decidido em suas ações, levando até as últimas conseqüências a luta por seus ideais. Dentro da ALN, mesmo nos momentos mais difíceis quando companheiros foram mortos e se fechava o cerco da repressão, Crioulo nunca se desesperou. Até o último momento tentou fortalecer os laços com outras organizações guerrilheiras, certo de que a tarefa era grandiosa e exigia unidade dos que tinham os mesmos ideais. A iminência da morte não lhe atemorizava nem lhe fazia recuar.

Foi preso numa emboscada armada pela equipe do Grupo Especial do DOI-CODI de São Paulo, chefiada pelo agente conhecido como "Capitão Nei" e tenente da PM "Lott", na Av. Santo Amaro, nas imediações do n°. 2000. O seu laudo necroscópico foi assinado pelos médicos legistas Harry Shibata e Orlando Brandão. As fotos de seu corpo, inclusive de sua cabeça e do seu rosto, evidenciam as torturas sofridas que o levaram à morte. Na certidão de óbito, sua cor foi alterada: colocou-se branca, mais uma vez impedindo que fosse feita sua identificação. Foi enterrado como indigente, apenas em 1991 sua ossada foi exumada e após um exame de DNA, foi comprovada sua real identidade.

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Dinalva Conceição Oliveira Teixeira ou ''Dina'' (Castro Alves, 16 de maio de 1945 - Araguaia, ? de julho de 1974) foi uma guerrilheira brasileira, integrante da Guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro criado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante a ditadura militar brasileira.

Formada em Geologia pela Universidade Federal da Bahia em 1968, ''Dina'' foi a mais famosa e temida de todas as guerrilheiras do Araguaia. Militante do movimento estudantil baiano em 1967 e 1968, tendo sido presa, casou com seu colega de turma Antônio Carlos Monteiro Teixeira - que na guerrilha teria o codinome ''Antônio da Dina'' - e mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde trabalharam no Ministério das Minas e Energia,e como militantes comunistas faziam trabalho social nas favelas cariocas.

Dina e Antônio chegaram ao Araguaia em maio de 1970, como integrantes do grupo montado pelo PCdoB para criar uma guerrilha de caráter revolucionário na região e iniciar a luta armada rural contra o governo militar. Como professora e parteira, Dina ganhou fama e admiração entre os humildes habitantes da região, nos anos de preparação da guerrilha, entre 1970 e 1972. Mas sua fama maior veio da sua capacidade militar. Exímia atiradora, com grande preparo físico, espírito de liderança e personalidade decidida, foi a única mulher a ser vice-comandante de um destacamento da guerrilha. Seu nome era temido entre os recrutas convocados pelo exército para participar das operações de combate no Araguaia. Enfrentou tropas militares por várias vezes, ferindo soldados e oficiais, sempre conseguindo escapar dos cercos do inimigo. Participou também da execução de um companheiro, 'Mundico', acusado de trair os ideais revolucionários e de adultério durante a guerrilha.

Sobrevivente do ataque à comissão militar da guerrilha no dia de Natal de 1973, que matou cinco guerrilheiros incluindo o comandante geral Maurício Grabois, Dina embrenhou-se na selva com outros companheiros e desapareceu até junho de 1974, quando foi presa, fraca, doente e desnutrida, sem comer açúcar ou sal há meses, vagando na mata perto da localidade de ''Pau Preto'', com a companheira de guerrilha 'Tuca', a enfermeira parasitóloga paulista Luiza Augusta Garlippe.

Levada à base em Xambioá, permaneceu presa e foi torturada por duas semanas, sem prestar qualquer informação aos militares do serviço de inteligência do exército, que sempre quiseram pegá-la viva. Foi levada então de helicóptero para uma mata próxima e executada a tiros, a seu pedido de frente, por agentes do exército, em julho de 1974. Dada como desaparecida política, seu corpo nunca foi encontrado.




(Dina)

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Osvaldo da Costa (Osvaldão) : Negro, forte, com quase dois metros de altura, era uma figura inconfundível. No entanto, seu físico contrastava com sua meiguice e afetividade. Membro do Partido Comunista, foi obrigado a viver na clandestinidade desde o golpe de 1964. Antes porém, fora estudante da Escola Técnica Nacional do Rio de Janeiro; campeão carioca de box pelo Botafogo, oficial da reserva do CPOR e cursou até o 3º ano de Engenharia de Minas, em Praga, na Checoslováquia, onde viveu alguns anos. Era natural de Minas Gerais.

(Osvaldão)


Foi dos primeiros a chegar à região do Araguaia-Tocantins, por volta de 1966/67. Entrou na mata como garimpeiro e mariscador. Era o maior conhecedor de toda a área, tanto da guerrilha como das áreas circunvizinhas. No ano de 1969, fixou sua residência às margens do rio Gameleira, onde mais tarde se juntaram outros companheiros. Era muito querido e respeitado tanto pela população como pelos companheiros.Conta-se a seu respeito inúmeras histórias como a de que, estando de passagem em casa de uma família camponesa, encontrou a mulher desesperada por que não tinha dinheiro para comprar comida para os filhos. Era uma casa pobre. Não tinham nada. Osvaldo perguntou-lhe se queria vender-lhe o cachorro. A mulher, sem outra alternativa, disse que sim. Tanto ela como Osvaldo sabiam o que significava a perda do cão: mais fome, pois na região, sem cachorro e arma é difícil conseguir caça. Osvaldão pagou-lhe o preço do cão e, a seguir, disse-lhe: guarde-o para mim que eu não poderei levá-lo agora para casa. Sobre Osvaldão surgiram inúmeras lendas: sobre sua bondade, sua força, sua coragem e também sobre sua pontaria. Foi Comandante do Destacamento B, onde participou exitosamente de vários combates.

Foi, ao lado de Dina, o mais conhecido combatente entre a população do Araguaia. Estava entre os combatentes que foram atacados por grande contingente das Forças Armadas em 25/12/73. Está desaparecido desde meados de 1974."Citado em várias reportangens como comandante do Destacamento do Gameleira. "Um grileiro foi ameaçar tirar a terra de Osvaldão e acordou, na sua casa, com o cano de um 38 cutucando seu rosto e a ordem, dada por "um negrão de quase dois metros de altura e com dois braços que pareciam duas pernas", segundo descrição dos que o conheceram: em vez de você ficar com minha terra, você dá a sua a uma família muito necessitada. A família já está aí, esperando. Vou lhe levar até a rodoviária e você não aparece mais aqui, senão morre. E se achar ruim morre agora que fica mais fácil ... O grileiro saiu com a surpresa de encontrar os novos proprietários e mais de 30 pessoas das redondezas que aplaudiam a atitude de seu Osvaldão, homem justo."






Helenira Resende de Souza Nazareth : Foi uma militante do Partido Comunista do Brasil(PC do B). Nasceu em Cerqueira Cesar, SP, no dia 19 de janeiro de 1944, filha de Adalberto de Assis Nazareth e Euthália Resende de Souza Nazareth. Desaparecida, desde 1972, na Guerrilha do Araguaia, quando contava 28 anos. Integrante do Destacamento A das Forças Guerrilheiras. Este Destacamento passou a chamar-se Helenira Resende após sua morte.Depoimento de Helenalda Rezende, sua irmã:“Em que leito de rio correrá seu sangue?Lenira , para uns ... Preta para os colegas da USP ... Nira entre os familiares, Fátima para os companheiros do Araguaia... Helenira foi, acima de tudo, uma cidadã brasileira consciente de seus atos, que empunhou a bandeira da justiça e da liberdade, lutando obstinadamente até a morte.

Era uma estudante nota cem! (depoimento de uma professora), ingressou na Faculdade de Filosofia da rua Maria Antônia, no Curso de Letras onde, através dos movimentos estudantis, passou a viver intensamente a vida política do país. Com seus alunos de Português de duas escolas estaduais, uma no Jardim Japão e outra em Guarulhos, preparava peças de teatro consideradas subversivas na época.Helenira foi presa a primeira vez quando conclamava os colegas a participarem de uma passeata em maio de 1968, em São Paulo. E, no mesmo ano, mais uma vez foi presa, no 30° Congresso da UNE, em lbiúna com outros 800 estudantes.

Nesta ocasião, quando o ônibus que os transportava passava pela Avenida Tiradentes, conseguiu entregar a um transeunte um bilhete que foi levado à sua residência à Rua Robertson, no Cambuci, avisando à familia de sua prisão.




(Helenira Resende)

Procurada pelos policiais como Nazareth e apontada como sendo uma das líderes do movimento, foi transferida do Presídio Tiradentes para o DOPS onde caiu nas garras do famigerado Fleury, que a jurou de morte. Uma outra mensagem foi entregue então, à sua familia avisando sua localização e a dos companheiros José Dirceu, Antônio Ribas, Luís Travassos e Vladimir Palmeira. A polícia continuava negando sua prisão, enquanto um policial não identificado atuava como mensageiro entre o DOPS e o Cambuci. Após alguns dias de ‘vai e vem’ ao DOPS, o contato direto com Helenira foi conseguido por intermédio da advogada Maria Aparecida Pacheco. Alguns dias depois a "estudante", como era chamada pelo carcereiro, foi transferida para o Presídio de Mulheres do Carandiru, onde ficou detida por dois meses. Seu Habeas Corpus foi conseguido um dia antes da edição do AI-5. A partir de então passou a viver na clandestinidade, tendo residido em vários pontos da cidade e do país, antes de se dirigir ao Araguaia.”

Morta a golpes de baioneta, em 29 de setembro de 1972, depois de metralhada nas pernas e torturada. Enterrada na localidade de Oito Barracas. No Relatório do Ministério da Marinha encontra-se a cínica “informação”de que se encontra foragida. No arquivo do DOPS/PR, o nome de Helenira consta em uma gaveta com a identificação: “falecidos”. Declarações da ex-presa política Elza de Lima Monnerat, em Auditoria Militar, à época, afirmou que : “Helenira, ao ser atacada por dois soldados, matou um deles e feriu outro. Metralharam-na nas pernas e torturaram-na barbaramente até a morte...” De 1969 a 1972 (mesmo após sua morte na Guerrilha do Araguaia) sua família foi chamada a prestar declarações ao DOPS/SP e ao II Exército. Em 06 de junho de 1979, um jornal publicou sobre Helenira que: “O lugar onde estava virou uma poça de sangue, conforme falaram soldados do PIC (Pelotão de Investigações Criminais)... e confirmaram que a coragem da moça irritou a tropa. Helenira foi morta a baionetadas!” No jornal “A Voz da Terra”, de 08 de fevereiro de 1979, há uma extensa matéria que, sob o título “A Comovente História de Helenira”, conta a história dessa combatente pela liberdade no Brasil. Até hoje, sua família, oficialmente, de nada foi informada.




















Por Ben Okri

"África, com seu formato de coração, é o centro dos sentimentos do mundo. Continentes são metáforas, tanto quanto são locais. E os povos são estados espirituais de humanidade tão distinguíveis no que representam quanto os lírios, as rosas e os narcisos.


Será que esquecemos o que é a África? A África é a nossa terra dos sonhos, nossa terra natal espiritual.

Há um reino em cada ser humano que é a África. Todos temos a África dentro de nós. E assim, quando a África exterior está doente e com problemas, a África dentro de nós adoece de neurose. A quantidade total de neurose, de anorexia, de doenças psíquicas inexplicáveis no mundo possivelmente está ligada de forma indireta às doenças e problemas da África. Temos de curar a África em nós se quisermos ser completos novamente.

Temos de curar a África fora de nós se é para que a raça humana fique em paz de novo e de forma dinâmica. Há uma relação entre os problemas de um povo e os problemas no mundo e na atmosfera. Os problemas na África contribuem imensamente para o peso e o tamanho totais dos sofrimentos no mundo. E esse mundo em sofrimento envolve todos no planeta: afeta as crianças e sua saúde, afeta nosso sono, nossa ansiedade, nosso sofrimento desconhecido... Por isso, é possível sofrer sem saber.

Então, temos de curar a África em nós. Temos de redescobrir a verdadeira África, a África do riso, da alegria, da originalidade, do improviso; a África das lendas, das histórias, das brincadeiras; a África das cores brilhantes, da generosidade, da hospitalidade e da gentileza aos forasteiros; a África da imensa benevolência; a África da sabedoria, dos provérbios, da adivinhação, do paradoxo; a África da ingenuidade e da surpresa; a África da postura em quatro dimensões em relação à época; a África da magia, da fé, da paciência, da resistência, de um profundo conhecimento dos caminhos da natureza e dos ciclos secretos do destino (África criadora da civilização)


Temos de redescobrir a África. A primeira descoberta da África pelos europeus foi errada. Não foi uma descoberta. Foi um ato sem discernimento. Eles viram e transmitiram às futuras gerações uma África baseada no que achavam ser importante. Eles não viram a África. E essa não-visão da África é parte dos problemas de hoje. A África foi considerada do ponto de vista da ganância, do que poderia ser tirado dela. E o que você vê é o que você faz. O que você vê num povo é o que eventualmente você cria neles. É chegado o momento de uma nova visão. É tempo de limpar as trevas dos olhos do mundo ( branco ) ocidental."




Ben Okri (15 março 1959) Poeta e Romancista Nigeriano. Um dos mais importantes escritores africanos contemporâneo. Sua obra e descrita como sendo possuidora de, características bastante particulares. Seus poetas expressam uma perspectiva metafísica de mundo e ao mesmo tempo realista. Em seus romances, e possível identificar, a profundidade dos personagens, com suas idéias, dilemas e questões. Muito a inspiração de Bem Okri, provém de suas próprias experiências pessoais, vividas em seu país natal. Apesar de ser um escritor de incrível talento seus livros, não são tem a merecida divulgação no Brasil. Por este motivo e importante salientar a obra desse africano talentoso.
A patranha do Negro "Nazista"


Reportagem exibida pela Rede Bandeirantes em 1989 em ocasião ao centenário de nascimento de Adolf Hitler. Longe de ser uma matéria com analises sérias, a reportagem em questão se mostra, como uma verdadeira farsa. O idealizador da reportagem deveria ter pelo menos, escolhido, uma pessoa com curso de dramaturgia para fazer essa encenação grotesca de negro ''Nazista'' representado por um tal de Heleno.

Outra questão que chama atenção no vídeo e a postura, do repórter e do Judeu em todo tempo não param de ridicularizar, o Heleno o negro ''Nazista''. A mensagem que a reportagem passou foi bem clara: Desmoralizar a capacidade de conhecimento e inteligência dos negros, através desse Heleno. E como se o negro não tivessem a miníma percepção de realidade política. Heleno seria, o negro "idiota" sem noção que apoia o Nazismo, sem saber do que se trata.

E quando o Senhor Aron conclama a todos se unirem contra o Nazismo, obviamente os negros em nada ganham apoiando os Nazistas, porém os negros também nada ganham estender a mão aos Sionistas!


E sobre Armando Zanine Jr, líder do fantasioso Partido Nacional-Socialista Brasileiro, que só existiu em papel. Alguém já viu um militante desse partido Nazista Brasileiro, alguém também já viu um evento público feito por este partido?


Hoje em dia a Bandeirantes não mais faz este tipo de matéria sensacionalista. Mais exibe em sua grade de programação, coisas bem piores como o jornal policialesco de Luiz Datena o sagaz Porta-voz da repressão, contra a população pobre. Não se pode esperar nada de bom de uma emissora que mantém o nome de Bandeirantes, oras lembremos de Domingos Jorge Velhos.







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Negros ingressados na Repressão Policial e tese de livro.





Primeiro estudo no estado focando o policial afro descendente na corporação, o livro " O negro na Polícia Militar: crime, cor e carreira no Rio de Janeiro", do jornalista e professor da PUC - Rio, Carlos Nobre, foi lançado, no último dia 12 de maio, na Câmara de Vereadores, pela Editora Multifoco, da Lapa.


O autor ficou dois anos estudando policiais negros em cinco unidades da corporação: Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur), Grupamento de Apoio em Áreas Especiais (Gpae Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), 12º. BPM(Niterói), 19º. BPM (Copacabana) e Quartel-General(Centro).Uma das constatações mais significativas do estudo ( foram ouvidos 49 praças e oficiais negros através de entrevistas com duração de duas horas) é que a PM é a instituição estatal no Rio que quem mais emprega negros. Pelo menos, 60% da tropa (oficias e praças) são afro descendentes, segundo Nobre. Se levados em conta somente os praças, o percentual de afro descendentes sobe para 66%.Os negros na PM, segundo o estudo, realizado entre 2000-2001, chegam a 42% dos oficiais da corporação, um proporção quase que igualitária entre brancos e negros na instituição que controla a ordem pública. Segundo Nobre, os negros descobriram uma porta de ascensão na PM fluminense e se tornaram grandes nomes da instituiçãoO livro apresenta ainda algumas constatações tais como: cerca de75 % dos entrevistados acreditam que na Polícia Militar não existe racismo, mas sim uma espécie de "racismo velado". Neste tipo de racismo, não se discrimina claramente o outro.No entanto, os policiais negros, em sua grande maioria, acham que lá fora, na sociedade, o racismo é maior e mais persistente. Como policiais, acreditam, já foram discriminados por negros e estarem atuando numa profissão que controla o cidadão nas ruas.Os policiais negros confessam ao pesquisador que, nas ruas, o negro é mais discriminado pelos próprios policiais ( sejam brancos ou negros) , isto é, eles, os negros são os mais suspeitos de cometerem crimes. Segundo os ouvidos, este estereótipo criminoso vem dos tempos da escravidão e infelizmente é seguido até hoje como padrão por muitas organizações policiais.Em relação à segurança pública, os oficiais negros em sua maioria não têm dúvidas em apontar o coronel negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira como o policial que revolucionou a PM, pois, introduziu muitas novidades (policiamento comunitário, policiamento turístico, estudos de criminalidade etc) na corporação. O reconhecimento da importância de Nazareth Cerqueira não foi feita apenas pelos policiais negros, mas também por brancos, como ex-comandante da PM, Sérgio da Cruz, ex-aluno de Cerqueira, que via nele, um policial sofisticado e de idéias transformadoras, que acabaram mudando a forma da corporação atuar pós ditadura militar.Os oficiais negros, em termos ideológicos, seguem três correntes, ou seja, são a linha repressiva (ataques diretos ao narcotráfico uso da força etc) ou da linha prevencionistas, que respeitam os direitos humanos, vêm a criminalidade como foco social e acham que a repressão não resolve sozinha a questão da criminalidade, ou mimetistas, uma espécie de fusão entre as duas primeiras.

Fonte Aldeia Griot


Nota:

Para os mais ingênuos dados como esses representam uma vitória sobre o racismo. O aumento da importância dos negros(a) na corporação policial, confere status e prestigio como se ocorre-se a conquista de um espaço democrático, afirmam os negros integracionistas. Porém não devemos nos deixar contagiar por esta situação. Não e possível deixarmos de reconhecer o caráter fundamental da instituição policial. E de precisa necessidade, compreendermos que em uma sociedade hierarquizada por classes sociais distintas o aparato do Estado se encontra, a serviço dos interesses econômicos e políticos das classes dominantes. O Estado de dominação de classes é, antes de tudo, protetor da propriedade privada dos meios de produção, detendo o monopólio da violência armada, é o guardião de toda ordem de exploração estabelecida. Dessa forma a Policia age como a força repressiva a serviço desse mesmo Estado opressor. Diversas ocasiões são nos demonstrado a junção reacionária que a Policia detém, como por exemplo em uma truculenta ação de reintegração de posse de propriedades invadidas a onde famílias são brutalmente deslocadas sem ao mesmo dar-lhe garantia de moradia, também e possível identificar a violência policial na repressão aos movimentos camponeses que lutam pela redistribuição das terras. A figura do negro(a) na Polícia esta longe de significar uma mudança de postura. Acima da imagem de cor, prevalece a ideologia fascista/racista os violentos procedimentos estabelecidos de repressão, a formação de grupos de extermínio entre outras violações consideradas aceitáveis no combate a criminalidade.







Outros fatos comprovam que cor não modifica as funcionalidades da Polícia, o Ex-comandante Geral da PMRJ Ubiratan Ângelo foi um negro que conseguiu ascender até a hierarquia máxima da instituição, mais isso não alterou o Modus operandi da Polícia Carioca, mais pelo contrário intensificou-se a política de criminalização da pobreza, as favelas se tornaram alvos de invasões sistemáticas que provocaram, medo e morte, entre a população local. O fortalecimento do BOPE como um grupo de aniquilação de elite, treinado em técnicas de massacre importadas de Israel foi realizado na gestão do Coronel Ubiratan.







No Estado de São Paulo, existe uma realidade perversa contra os negros vitimas das ações de policiais. Uma prova recente da crueldade impostas por policiais a jovens negros, foi comprovada pelo assassinato do motoboy Alexandre Menezes dos Santos de 25 anos, morto em decorrência de traumatismo craniano e hemorragia interna devido a uma sessão de espancamento. O motivo para tanta violência foi que Alexandre, furou uma blitz pois sua moto, ainda não tinha placa. Para comprovar o sadismo cruel e repugnante, os policiais espancaram o jovem até a morte em frente a sua casa diante dos olhos de sua própria mãe, que viu o filho ser morto sem direito a defesa. Alexandre Menezes, nunca tinha cometido um delito em sua vida, e agora deixa uma filha pequena e uma mulher. E como e de práxis de policiais envolvidos em crimes contra inocentes os policiais no caso tentaram criar provas sem fundamentos, para justificar o assassinato, forjando um falso álibi que o rapaz estava armado.




E preciso erradicar a teoria das “Maças Podres” sempre usada, para evitar que a natureza corrupta e violenta da instituição Policial seja contestada. Coloca-se a culpa de desvios cometidos sobre responsabilidade dos indivíduos fardados, esquecendo-se que quem os alistou, treinou e os armou foi o próprio Estado, portanto o mesmo Estado e responsável pela tragédias que golpearam diversas famílias negras.. Nos tempos escravagistas alguns negros cumpriam a tarefa de capitães do mato, capturando negros fugidos, e auxiliando a continuidade da opressão. Resistir e preciso e necessário. Nos Estados Unidos, o Partido Pantera Negra foi uma definição bem feita da iniciativa de negros que se reuniram para dar um basta a violência policial em suas comunidades. Preconizando a auto-defesa os Panteras Negras, formaram grupos armados, para coibir os abusos feitos em nome da lei.

Policiais negros não significam suavidade em matéria de repressão. Seguindo a regra da instrução militarista, os soldados são escolados em uma mentalidade adestrada voltada apenas, para o cumprimento de ordens. Fraternidade racial e colocada de lado. No Brasil repressão policial vem diversas cores.



Texto de Autoria de Kassan*







Racistas Otários







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Feliz Aniversário Malcolm X




19 de maio data de nascimento de um dos homens negros mais importantes do hemisfério ocidental. Em decorrência de sua grandeza imprescindível seu nome jaz em um manto de glória colossal nunca esquecida por seus admiradores. Sua postura de determinação transmitiu e ainda transpassa a capacidade de superação do homem negro diante a opressão racista. Em tempos de farsantes do calibre de Barack Obama se faz necessário, mais do que nunca, homenagear aquele que foi o maior líder revolucionário negro da historia contemporânea dos Estados Unidos, um homem que atrelou, sua existência em defesa da liberdade de nosso povo. Uma vida marcada pela intensa luta pela libertação. Malcolm X aquele que desenvolveu uma liderança abnegada e ao mesmo ousada, assumindo o compromisso de combater a estrutura racista intransigente, que colocava seus irmãos(a) em uma condição de sub-humanidade. Consciente e de espírito de solidário se tornou um exemplo para toda a diáspora africana.







Partidário do Nacionalismo negro preconizou : “Na verdade eu sou um nacionalista negro um lutador da liberdade. O Islã é a minha religião, mas acredito que minha religião é o meu negócio pessoal.... A filosofia econômica do nacionalismo negro significa que devemos possuir e operar e controlar a economia da nossa comunidade.”



Foi um porta-voz da fraternidade Pan-africana afirmou de forma categórica : “Fisicamente os afro-descendentes podem permanecer no Ocidente, lutando por seus direitos constitucionais, mas filosófica e culturalmente precisam desesperadamente votar para África e desenvolver uma unidade ativa na estrutura do pan-africanismo”

Como um ideólogo da Afrocentricidade defendeu a necessidade do auto-conhecimento : “Meus irmãos e irmãs negros, ninguém jamais saberá quem nós somos...até nós sabermos quem somos! Nunca seremos capazes de ir a qualquer lugar, se não soubermos onde estamos.”

Consciente da luta dos outros povos oprimidos pelo racismo condenou o Sionismo responsável, pelo massacre dos Palestino : “O argumento sionista para justificar a ocupação atual de Israel da Palestina árabe não tem qualquer base legal ou inteligente da história.”

Com uma inteligência excepcional contra-atacou seus inimigos e detratores que desejam lançar seu nome em, uma teia de calúnias e mentiras sem fundamento: “Eu não sou racista. Sou contra qualquer forma de racismo e segregação, toda forma de discriminação. Eu acredito em seres humanos, e que todos os seres humanos devem ser respeitados como tal, independentemente da sua cor”.

Através de argumentos lógicos demonstrou, a origem de seus pensamentos : “Eu não acredito em qualquer forma de extremismo injustificado, mas eu acredito que quando um homem é levado a assumir posições extremas, quando um ser humano se torna extremista em defesa da liberdade dos demais seres humanos, não há problema ou mal algum nisto.Por outro lado, quando alguém se diz moderado nas busca pela justiça, aí sim eu diria que esta pessoa está cometendo um pecado.(...) Eu, sem dúvida alguma, me aliarei a todo e qualquer um (independente da cor dessa pessoa) contanto que ela deseje mudar as miseráveis condições que existem hoje sobre a face da terra.”

Se distinguindo das outras lideranças negras de sua época, Malcolm X, se postou como artífice da doutrina de auto-defesa : “Isso não significa que defendo a violência, mas ao mesmo tempo, eu não sou contra o uso da violência em defesa própria. Eu não chamo de violência quando é auto-defesa, eu chamo de inteligência.”

Identificado com os esforços revolucionários dos povos colonizados declarou : “Eu acho que uma análise objetiva dos eventos que estão ocorrendo na Terra hoje, mostram algum tipo de confronto final. Você pode chamá-lo de confronto político, ou mesmo um confronto entre os sistemas econômicos que existem sobre esta terra. Eu acredito que haverá um confronto entre o Oriente e o Ocidente. Creio que há acabará por ser um confronto entre os oprimidos e aqueles que o oprimem. Acredito que haverá um confronto entre aqueles que querem a liberdade, justiça e igualdade para todos e aqueles que querem os sistemas de exploração”.


Liberto da mentalidade machista, propagou o principio de união entre o homem e a mulher negra: “"Linda mulher negra! O homem negro sai por aí dizendo que quer respeito. Pois bem: o homem negro jamais conseguirá respeito de ninguém antes de aprender primeiro a respeitar suas próprias mulheres! O homem negro precisa hoje se levantar e se livrar das fraquezas que lhe foram impostas pelo senhor de escravo branco! O homem negro precisa hoje começar a defender, proteger e respeitar as suas!”

Priorizou a importância dos próprios negros em conduzirem o processo de emancipação: “Como membros de organizações negras geralmente a própria presença dos brancos sutilmente torna as organizações negras automaticamente menos eficazes. Mesmos a presença dos "melhores" homens brancos dificulta a descoberta pelos negros do que precisam e particularmente do que podem fazer... por si mesmos, trabalhando em sua própria espécie, em suas próprias comunidades.”

Refletiu sobre o funcionamento do Establishment Norte-americano em prover o povo negro em liberdade : “A eleição é como uma bala. Você não joga suas cédulas até ver um alvo, e se esse alvo não está no alcance, mantenha seu voto em seu bolso.

Para luta contra o racismo, adotou uma resolução radicalmente contraria ao sistema de exploração do homem pelo homem : “Por que somos nós que devemos fazer os trabalhos mais sujos e ganhar os piores salários? Por que somos nós que devemos fazer os trabalhos mais pesados em troca dos piores salários? Eu lhes digo: nós fazemos isso porque nós temos um sistema podre.Um sistema de capitalista de exploração; um sistema de exploração econômica e política; de humilhação ilimitada, de degradação e discriminação. Eu posso apontar aqui que o colonialismo ou o imperialismo, é o sistema escravista do Ocidente, não é algo que se limita a Inglaterra ou a França ou aos Estados Unidos. O interesse desses países estão em conluio. É um enorme complexo que se combina, e cria o que não é conhecido como apenas como a estrutura de poder americano ou a estrutura do poder francês, mas uma estrutura de poder internacional. Essa estrutura de poder internacional é utilizado para suprimir as massas de pele escura pessoas em todo o mundo e explorá-los de seus recursos naturais


Foi solidário, mais criticou a conduta de Martin Luther King : “Ele ganhou o prêmio Nobel da paz, temos um problema .... Se eu estou seguindo um modo geral, e ele está me levando a uma batalha, o inimigo tende a dar-lhe recompensas ou prêmios, fico desconfiado dele. Especialmente se ele recebe um prêmio de paz antes que a guerra acabasse”.

Não se iludiu com as falsas promessas de justiça oferecidas pelos exploradores e opressores : “Uma xícara de café integrada não é suficiente para pagar quatro séculos de trabalho escravo.”

Não se intimidou com a possibilidade da morte : “Liberdade se você não está pronto para morrer por ela, pode tira-la de seu vocabulário.O preço da liberdade é a morte”.


Para finalizar, não e possível deixar de fora sua principal, frase que norteou sua trajetória : “Nós declaramos nosso direito nesta terra ... para ser um ser humano, para ser respeitado como ser humano, para ser dado o direito de um ser humano nesta sociedade, nesta terra, neste dia, o que pretendemos trazer à existência por todos os meios necessários”.





Malcolm X Eternamente!



Nascimento de uma Nova África

Exatamente nossos irmãos africanos estão elevando sempre mais a consciência de seu poder. Já não se trata da vinda de homens brancos, truculentos, portadores de estranhos engenhos que expeliam fogo e matavam, que raptavam homens, mulheres e crianças negras que nunca mais seriam vistas. Depois, roubavam também tudo o que podiam levar. E os africanos, impotentes, a tudo se submetiam! Longo foi o tempo que se passou assim.

A África começou a ser colonizada pelos europeus a partir do séc. XV e, durante séculos, os países colonizadores disputavam-na desordenadamente, guerreando entre si. Até que em 1884/5 foi organizada a Conferência de Berlim, na qual participaram 14 nações colonialistas européias que, desavergonhada e cinicamente, falando em nome de Deus e do progresso, aprimoraram a partilha do continente Africano por mais de um século, sustentando as terríveis genocídios e formulando doutrinas pseudocientíficas de superioridade racial, cuja aplicação prática é resultante daquela conferência.


Não houvesse a opressão constante e as desenfreadas pilhagens da África, seriam as crianças européias tão gordinhas e coradas como costumam ser, entre uma e outra guerra mundial? Sem a existência de uma África submetida à sanha das grandes corporações, cujas sedes se concentram nos países colonialistas, haveria crianças africanas salvas, invariavelmente, por um soldado branco — ao menos na versão sustentada, e multiplicada pelos diferentes meios de comunicação, grupos monopolistas da imprensa mundial -, tão esqueléticas e famintas? De que forma seria possível, também ainda hoje, sustentar a inferioridade racial do africano, sendo a África o berço da civilização.

A invasão de estrangeiros portando armamentos e técnicas de guerra superiores aos dos nativos, teve como única razão a necessidade de aprofundar as relações de produção de sua época — e só trouxe aos colonizados a aculturação nas formas de exploração intensa do ser humano, na contaminação orgânica e ideológica de modos de produção falidos, conduzindo-os à ausência completa dos meios mais elementares de sobrevivência humana e, finalmente, à depopulação.


As guerras de libertação

Depois da Segunda Guerra Mundial, em conseqüência da luta de independência nacional manifestada pelas colônias e semicolônias — nos moldes da luta antiimperialista e de emancipação das classes —, a África colonizada e provedora de quase todas as necessidades européias a um preço vil, empreendeu guerras de libertação nacionais, orientadas por uma perspectiva Pan-africanista de integração e união. Em curto espaço de tempo, a África se converte em um imenso centro da luta mundial de libertação contra a cadeia de dominação do imperialismo.


Os antigos colonialistas retornaram com armas mais devastadoras, instituindo uma nova forma de exploração. Não mais precisam utilizar abertamente os exércitos dos estados imperialistas em solo africano, porque sucessivos golpes consumiram a maioria dos quadros revolucionários das jovens nações libertadas. Aos poucos, o imperialismo recolocou no poder às antigas classes dominantes da África, estimularam a instabilidade política e a desordem econômica.

Os organismos mundiais a serviço do capital financeiro, FMI, Banco Mundial, se esmeram em manter os africanos, sobre o julgo de medida, de extremo controle. Empréstimos que geram dívidas externas extorsivas. Financiamento a governos corruptos e colaboracionistas completam, o pacote da ação do poder imperialista no continente africano.

A África não se encontra debilitada apenas pela divisão e pelos conflitos internos oriundos do seu passado colonial e do lastimável continuísmo. Cinco séculos de intervenção, de opressão, pirataria, genocídio, e tráfico de seres humanos não foram suficientes para interromper a inquietação e o martírio de seus povos. De 1976 a 1986, metade da população do continente foi destruída.A guerra de extermínio na África está caracterizada por:

Campanhas de contaminação entre a população, particularmente a AIDS, o Ebola e outras doenças mortais.


Destruição da estrutura de propriedade agrária coletiva e criação de formação de vastos territórios produtivos nas mãos de poucos donos.

Isolamento das aldeias, realizado por colocação de minas explosivas, impedindo o acesso dos nativos às áreas agricultáveis e aos locais de água potável.

Instigação, de praticas de ódio inter-tribal, que decorrem em encarniçadas, confrontos com resultados de milhares de mortes.

Utilização das riquezas, para financiar formação de milícias que disseminam o terror entre a população civil.

Penetração de forças mercenárias, a mando de corporações estrangeiras.



Já constatado: 29 milhões de aidéticos morrerão nos próximos anos. Na África do Sul, 20% dos adultos estão infectados pelo HIV, sendo que, em Botswana, a proporção é ainda maior, com a expectativa de vida baixando para menos de 40 anos. O HIV colocou em perigo a capacidade de sobrevivência da população africana, Segundo declaração da ONU (organização, que por sua vez, presta apenas uma simbólica, aos fragelados de guerras e perseguições) Afirma-se : Que 25 milhões de vítimas da AIDS, mais 25 milhões de vítimas da malária, outras 25 milhões de tuberculose e outras enfermidades contagiosas endêmicas, mais 25 milhões de vítimas das inundações e outros cataclismos, como a fome e a seca, sem considerar as vítimas das guerras preventivas contra o terrorismo e as vítimas das represálias aos ataques terroristas, não acabaremos com a pobreza, mas com os pobres." Países como Burundi, Chade, República Democrática do Congo (ex-Zaire), Sudão, Ruanda, Somália, Serra Leoa, Costa do Marfim, Quênia, Nigéria, Uganda, estão envolvidos em cruentas guerras civis e em todas elas estão presentes os interesses imperialistas.

Ainda assim, os africanos exigem a repatriação de todas as riquezas que lhe foram roubadas, transferidas para os países colonialistas europeus e americanos e exigindo reparações pelos danos passados e presentes causados à África. O holocausto africano, ainda continua presente neste mundo, como uma cicatriz não sarada. Aos poucos vem crescendo uma vanguarda Pan-africanista revolucionária que luta para erguer uma comunidade de países independentes e livres. O sentimento alienável a auto-determinação e o motor de uma nova revolução africana de libertação.
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Wu Tang Clan: The Heart Gently Weeps. Simplesmente um dos melhores Raps com ritmo líricos que eu já ouvi. Wu Tang Clan demonstra um diferencial em relação a outro grupos de Rap dos USA, o fator composição de integrantes, faz o Wu, ser o que é. Vários Caras com diversas ideias, personalidades, unidos pelo propósito de fazer Rap. Eles conseguem ir do som mais sinistro como Liquid Swords, até para baladas tranquilas como The Heart Gently Weeps.