Conflitos religiosos aumentam na África!


O ato de perseguir um determinado grupo em função de alguma característica seja étnica, religiosa, cultural corresponde brutalidade homocida. Perseguições são terríveis em qualquer circunstância! Legitimizar a perseguição sobre uma base aparentemente legal é sem dúvida  a ante-sala para prática  de genocídios.  A história tem demonstrado nitidamente essa relação.

O cristianismo não pode ser considerado um monobloco! Não se pode homogeneizar a todos mesmo que a base de seu credo seja firmada na existência de Yeshua. Simplificar essa questão e um mérito de desinformados ou pessoas nitidamente desonesta. O cristianismo não se limita as ramificações ocidentais seja Apostólica Católica ou Protestante existe uma variedade muito grande de forma de cultos disseminados pelo planeta.

Nos países africanos que foram colonizados pelas potências européias a cristianização da população nativa foi parte do processo  para exercício de dominação.  Houve uma perda da identidade pela adoção de princípios, moral é valores da classe colonizadora. Isso provocou uma crise muito grave, cujos reflexos são sentidos até os dias atuais.

O Islã também se inseriu no continente africano, através do contato com a civilização árabe, que ocorreu em função seja da conquista militar dirigida pelos árabes na parte norte da  África é  também pelo estabelecimento de relação comerciais, os  árabe também utilizaram-se da escravização africana, sendo dessa forma os africanos foram se convertendo a religião maometana. Alguns dos mais poderosos impérios africanos como Califado de Sokoto também conhecido como império Fulani, representam esse poder que tiveram os africanos islâmicos.

Atualmente mantém uma crescente onda de hostilização religiosa combinada a interesses econômicos e políticos vêm preparando abrindo espaço para violentas perseguições. O genocídio ocorrido em Darfur representa perfeitamente essa era de ódio que ameaça a já parca estabilidade no continente.  Países como Costa do Marfim, Nigéria, Quênia, os enfrentamentos populacionais estão em ascensão. Ressaltando que são perseguições mútuas a onde ambos os lados, estão se utilizando de violência.

Esse vídeo feito na Costa do Marfim demonstra essa violência religiosa é perigosamente letal. (Atenção são cenas reais sde conteúsdo forte). 




Kassan 24/12/2012 



Renascimento Africano 


Levanta-te é brilhe África 

A terra orgulhosa de nossos antepassados. 
Viva a bela terra da África 
Com seus muitos recursos é infinita beleza

Levanta-te é brilhe África 
O lar de nossos ancestrais 
A onde o sol brilha mais forte
Solo que carrega o sangue vertido pela liberdade

Levanta-te é brilhe África 
Terra Mãe de ventre fértil
Os ventos da paz toquem os rostos de teus filhos
África grandiosa seu destino a ser o fulgor da nova humanidade. 



Monumento ao Renascimento Africano, localizado em Dakar, Senegal) 






Kassan 17/12/2012  






Por que não a super-heróis negros nos cinemas? 



Ultimamente Hollywood tem investido grande nas adaptações cinematográficas de personagens de HQ da Marvel, super-heróis como Homem Aranha, X-Men, Homem de Ferro, Capitão America, Thor, O Quarteto Fantástico, Vingadores já foram levados para os cinemas, atraindo milhões de pessoas é rendendo bilhões de dólares em bilheterias. Uma questão fica em aberto... Por que os super-heróis negros da Marvel não ganham filmes próprios?


O rol da Marvel possui super-heróis como  Black Panther (Pantera Negra), Falcon, Luke Cage todos eles tem em comum com os heróis brancos possuem super-poderes, desempenham a mesma função de “salvarem” o mundo da destruição, combatem vilões maus enfim tudo no mesmo script de um super-herói de quadrinhos faz, porém mesmo assim parece que eles não reúnem apelo comercial suficiente para serem lançados nas telonas, será porque o maior parte do público consumidor é constituída de pessoas brancas?!


Em festinhas infantis os temas usados para meninos são super-heróis caucasianos principalmente Batman, Super-homem é Homem Aranha é para as meninas se escolhem as princesas da Disney como Branca de Neve, Cinderela a Disney até lançou um filme com uma protagonista negra “A princesa e o sapo” mais não chega a ter a mesma popularidade que as tradicionais princesas de fenótipo caucasóide.  


Isso e uma questão a ser analisada, devido ao fato que as crianças estão em período da construção sua subjetividade os personagens de desenhos fazem parte do universo infantil e exercem influência sobre a cabeça dos pequenos. As crianças vão crescendo em meio a isso se acostumando a verem apenas brancos em posição de heróis, isso não e algo bom.  Sem jamais propor ódio a nenhum outro grupo étnico-racial, no entanto se faz preciso haver que exista uma referência étnica positiva para as crianças pretas! E necessário uma fonte que forneça auto-estima, dignidade é orgulho para crescerem com a mente sã compreendendo é dignificando a história de seus antepassados.


Seja o quest da Marvel, ou seja, de sua rival DC Comics, perceba-se que todos os super-heróis refletem uma intrínseca norte-americanidade (enjoativa) vide o Capitão América que vai para Europa lutar contra os nazistas enquanto os racistas dentro dos Estados Unidos linchavam negros e penduravam seus corpos nas arvores, ou seja, para esses super-heróis o significado de salvar os EUA significa salvar o mundo.








Kassan 15/12/2012







Yasuke o verdadeiro ''Afro-Samurai''.

Não há registros que aponte corretamente seu local de nascimento, o certo que se sabe e que chegou ao Japão em 1581 como escravo de um jesuíta italiano de nome Alessandro Valignano, religioso responsável por inspecionar missões da Companhia de Jesus na Índia é extremo oriente asiático.

Estando no Japão sua presença causou na população nativa um misto de sensações de dúvida é atração que nunca havia visto um home com suas características. Ele recebe um nome em idioma local Yasuke. Logo a notícia de sua existência chega até o senhor feudal Oda Nobunaga¹ que manifesta desejo de vê-lo pessoalmente para constatar a existência de um homem que tinha a pele totalmente negra.

Em contato com Yasuke, Oda Nobunaga ficou interessado pela força física do africano, solicitando que Valignano o liberasse para servi-lo como homem de armas o religioso aceita o pedido, então o chamado Yasuke passa a ser um vassalo de Oda Nobunaga.


Em 1582  na batalha de Honno-ji Oda Nobunaga foi morto pelas tropas comandadas por Akechi Mitsuhide que era seu general. Yasuke estava presente na batalha mais consegue escapar permanecendo vivo ficando sobre a tutela de Oda Nobutada² filho herdeiro de Oda Nobunaga. Mas Oda Nobutada também morre. 

Sem ter mais a nenhum Daimiô³ a servir Yasuke se dirige a Índia a onde volta a viver com os Jesuítas. Após isso não se verifica mais registros sobre sua vida. Durante a fase em que esteve no Japão não há indícios que tenha tido algum tipo de relacionamento resultando em filhos.



( Obs: Não se trata de Yasuke, no entanto essa foto de origem incerta comprova a existência de pessoas de descendência negra a viverem no Japão. )



Nota:


1 Oda  Nobunaga foi responsável por implementar uma série de inovações militares no Japão. Sendo um dos primeiros comandantes militares a fazer uso de armas de fogo, também foi um excelente estrategista algo que o permitiu se tornar uns dos mais poderosos Daimiô do período Sengoku. É possível ler uma rápida passagem de seu encontro com Yasuke em uma compilação de registros chamada ''Crônicas de Oda Nobunaga'' escrita por antigo subordinado.

2 Oda Nobutada filho mais velho de Nobunaga responsável pela vitória contra o Clã  Takeda. Após Akechi Mitsuhide trair é matar seu pai, Oda Nobutada é cercado no Castelo de Nijo a onde acaba cometendo suicídio.


3 Daimiô é o termo usado para se referir aos senhores feudais que formavam a classe dominante no Japão entre século X a meados do século XIX. Os guerreiros samurais mantinham um pacto de lealdade incondicional com o Daimiô.




Kassan 13/12/2012 




Viva Consciência Negra!

Hoje celebramos a data de morte carnal de nosso grande líder Zumbi, comandante de Palmares! Até chegarmos a esse nível de consciência devemos lembrar de um homem que viabilizou essa condição presente, Oliveira Silveira.  Se estamos nesse período crescente de conscientização de nossa luta, não podemos esquecer aqueles que permitiram a construção dessa realidade. Enquanto dizemos a plenos ares de nossos pulmões SOMOS ZUMBI! Nossos inimigos rangem os dentes de ódio é tentam por todas as formas nos tirar essa valiosa consciência que nós mantemos.


Oliveira Silveira foi um dos homens mais importantes da história recente de nosso povo, nascido na cidade de Rosário do Sul, RS em 1941. Historiador, escritor, poeta em 1971 junto a outros companheiros de luta funda o lendário Grupo Palmares na capital gaúcha. Em conjunto com integrantes do MNU ( Movimento Negro Unificado) foi um dos responsáveis pelo trabalho de elevar o 20 de Novembro como data marco da celebração da consciência negra, até então naquela época prevalecia comemorações ao 13 maio. Graça a sua persistência a memória história de Zumbi prevaleceu.


A partir da formação do Grupo Palmares é lançado a Revista ''TIÇÃO''  publicada em dois  números de 1978 á 1979 que se configura em um ressurgimento da imprensa negra. Uma publicação de vanguarda com uma abordagem revolucionária sobre a questão racial/racismo.


Honremos esse ilustre homem que em vida nós mostrou o caminho para nossa conscientização como fator fundamental de nossa libertação. Toda sua obra militante é um espólio a qual todos somos herdeiros. Oliveira Silveira faleceu em 2009 mantendo a alta a flâmula do espírito Palmarino.  Sobre a reminiscência eterna do Grande Zumbi erguemos a bandeira do glorioso Palmares em viste!






Vamos pra Palmares

Vamos pra Palmares
Depois que a noite cair e a treva dominar
O cagueta dormir e o sentinela passar
Eu vou de novo fingir quando silencio reinar
Aí vou sorrir quando o candeeiro apagar

Trincar por cima do pano para a corrente quebrar
Desmuquifar o aço faca de cortar jugular
Arrebentar os grilhão pro meu sangue circular
Chamar os nego irmão forte pra capoeirar

Vamo rezar um duá depois do salatul ichá
Guardar palavra de Alalh amarrar no patuá
Uma estrela e o crescente para nos guiar
Vamos sentido oriente que eu conheço um lugar

Aonde não tem sinhô aonde não tem sinhá
E o nego pode comê o que o nego plantar
Onde morrer é melhor viver pra paz é lutar
'Conteça o que acontecer nóiz tamo indo pa lá

Mesmo que eu tenha que cruzar terras e mares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Mesmo que no caminho me sangrem os calcanhares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares

Mesmo que os inimigos contra nós sejam milhares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Enfrento os Borba Gato e os Raposo Tavares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares

Vamos render o capitão quebrar a louça do barão
Sacudir o casarão despojar os dobrão
Levar as filhas do sinhô que vai morrer do coração
Tocar fogo na capela e no barracão

Vamos de a pé embrenhar no meio da escuridão
E quando mata adentrar onde num entra alazão
Cor do nego vai camuflar e Allah vai dar proteção
Mãe natureza ajudará abrindo ventre e coração

Subir que nem Sucupira e confundir direção
Sem rastro os astros testemunharão
Mal da mata vai assolar e causar desolação
Inimigos no caminho todos sucumbirão

Vamos cantar uma canção hino de libertação
Antiga cantiga mandinga mantida recordação
A fé tá no tessubá promessa tá no Alcorão
Faz parte da nossa crença lutar contra a escravidão

Mesmo que eu tenha que cruzar terras e mares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Mesmo que no caminho me sangrem os calcanhares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares

Mesmo que os inimigos contra nós sejam milhares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Enfrento os Borba Gato e os Raposo Tavares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares

Mesmo que eu tenha que cruzar terras e mares
Mesmo que eu tenha que cortar serras e ares
E que meu sangue regue o chão solo de nossos lares
Pois todos quilombolas são nossos familiares

Índios e foras da lei renegados e populares
Mal quistos e mal vistos vindos de vários lugares
Você não tá sozinho por que nós somos seus pares
No levante contra bandeirantes militares

E se lealdade ao justo Rei jurares
E com as próprias mãos paliçadas cavares
Se por amor a justiça a causa amares

E por causa da justiça ao amor armares
Quando rufares tambor quando tambor rufares
Que me sangrem os calcanhares contra nós sejam milhares
É tempo de defender nossas raízes milenares

Se esperamos vacilamos vamos todos pra Palmares
Mesmo que eu tenha que cruzar terras e mares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Mesmo que no caminho me sangrem os calcanhares

Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Mesmo que os inimigos contra nós sejam milhares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares
Enfrento os Borba Gato e os Raposo Tavares
Eu vou pra Palmares eu vou pra Palmares. 






Palmares 1999

A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que Zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não.















Kassan 20/11/2012 




República da Branquitude!


A proclamação da república seguiu a esteira da abolição do escravagismo como resultado pela busca de projeto de modernização nacional, para que o Brasil pudesse se igualar as nações européias. Esse projeto, no entanto foi efetuado sobre condução conservadora, dominado por uma elite oligárquica de latifundiários que usufruíram do trabalho escravo em suas propriedades. Nessa procura pela substituição da mão de obra negra se desenvolveu incentivos a imigração européia massiva, os ideológicos que prediziam sobre o futuro brasileiro consideravam a necessidade de promover o  embranquecimento populacional como uma das alavancas para se alcançar a condição de país pleno. Portanto a república nasce preservando a supremacia branca não alterando em nada a estrutura social a qual os negros e mestiços foram mantidos submetidos a exploração é desprovidos de diretos elementares.


A república foi instaurada sem nenhuma motivação a realizar medidas de reparação dos danos causados aos escravizados e seus descendentes. Diante do descaso do nascente poder republicano diante a condição das massas negras, alguns negros optaram por se reivindicarem monarquistas, por considerar dentro de uma lógica que o regime monárquico foi um benfeitor por ter extinguido a escravidão do território nacional.


André Rebouças que se destacou no período imperial por sua colaboração como desenvolvedor de armas na guerra do Paraguai é como engenheiro por ter sido responsável por desenvolver um projeto que trouxe solução para a necessidade de água na então capital Rio de Janeiro, André Rebouças era contra a república é assumidamente a favor da manutenção da monarquia. Posteriormente já  nas primeiras décadas do século XX outra voz negra também se levantou contra a república, Arlindo Veiga dos Santos intelectual com amplo conhecimento em diversas áreas desde de lingüística, história, filosofia, sociologia. Seguindo sua convicção monarquista Arlindo Veiga dos Santos funda e lidera a organização Ação Imperial Patrianovista Brasileira, baseada na idéia de restaurar a monarquia em território nacional. 

Posteriormente Veiga dos Santos assumiria o comando da Frente Negra Brasileira (FNB)  misturando um programa de luta contra discriminação racial com o conservadorismo da doutrina social católica, isso o fez aproximar do movimento integralista liderado por Plínio Salgado, no entanto ele nunca se uniu a esse movimento. 


Apesar de não ter instituído leis oficiais de segregação racial a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos o Estado republicano usou de mecanismo de controle sobre a população negra, criminalizando as expressões culturais de tradição africanas, por exemplo capoeira até 1937 era considerada uma prática ilícita prevista no Código Penal.  A dita revolução de 1930 não modificou o cenário para a população sendo que o poder se manteve nas mãos das oligarquias brancas.


Como forma de buscar melhoria das condições de vida é pelo reconhecimento a terem direitos a comunidade negra vai formatando sua percepção organizacional como medida de obter resultado concreto em seus anseios é necessidades em 16 de setembro de 1931 é fundada a Frente Negra Brasileira FNB que cria seu próprio jornal  “A Voz da Raça” a qual vincula suas reivindicações. A FNB passa a crescer  com desenvoltura alcançando uma condição estável, passando a ser a maior organização cívica negra da história do Brasil, essa condição possibilitou a idealização de transformá-la  um partido político registrado.



Em 1932 explode o conflito que seria conhecido como Revolução Constitucionalista. O movimento constitucionalista contou com a participação de soldados negros lutando ao lado das forças paulistas, sendo que os combatentes negros foram reconhecida por um artigo publicado no jornal A Gazeta cujo titulo: "Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil" expressa:


"Os patriotas pretos estão se arregimentando - Já seguiram vários batalhões - O entusiasmo na Chácara Carvalho - Exercícios dia e noite - As mulheres de cor dedicam-se à grande causa. Também os negros de todos os Estados, que vivem em São Paulo, quando o clarim vibrou chamando para a defesa da causa sagrada os brasileiros dignos, formaram logo na linha de frente das tropas constitucionalistas."


O movimento constitucionalista é derrotado permanecendo Getulio Vargas a frente do poder. Em 1937 com o golpe Vargas inaugura o Estado Novo, promove o fechamento de todos partidos e movimentos políticos a  Frente Negra Brasileira também é proibida, cancelando dessa forma as pretensões em tornar-se um partido.  Após o período de redemocratização republicana em 1945 Abdias do Nascimento antigo integrante da FNB, cria o TEN- Teatro Experimental do Negro. Mas consolidar uma nova organização de peso como a Frente Negra Brasileira não foi possível de se realizar.


Adentrando a década de 1964 a agitação popular em torno das reformas de base vai estremecendo interesses antagônicos dos grupos dominantes da república, o governo de João Goulart vai recebendo pressão cada vez maiores,  temendo o avanço do comunismo a cúpula militar realiza o golpe em 1964, ocorre o recrudescimento, eliminando as já parcas liberdades políticas algo que afeta ainda mais a representatividade da população negra no ambiente político. Como forma harmonizar forçadamente a sociedade o regime militar reforça a idéia de democracia racial na tentativa de eliminar possíveis focos de contestação diante a inexpressividade negra no círculo de poder.


Em 1978 ocorre um marco histórico um grupo de ativistas negros promove um ato público nas escadarias do Teatro Municipal, consolidando a confirmação da criação do Movimento Negro Unificado com objetivo de centralizar os debates, discussões é ações de combate a discriminação racial.  O renascido Movimento Negro acompanha a crescente reivindicação pela finalização do regime cívico-militar é pela restauração da democracia republicana. Formam-se diversos grupos de culturais-artísticos, de estudos levantando a necessidade urgente da luta contra o racismo.  


Em 1988 opera-se a transição conservadora de poder com a aprovação de uma nova constituição se reconhece a perniciosidade do racismo, classificando-o como crime inafiançável, no entanto essa penalização do racismo não inibiu que a população negra seja exposta ao cotidiano de discriminação racial, sendo inexistente a aplicação da lei em situação comprovadas de crime, a lei tem sua validade anulada por manobras jurídicas que garantem impunidade aos responsáveis por cometerem esses delitos.  


As pautas que norteiam o Movimento Negro estão cerradas dentro de uma plataforma programática que inclui: valorização da história africana, respeito às práticas de exercício de culto das religiões de matriz africana, mobilização contra o extermínio da juventude promovido por agentes da repressão do Estado (polícia) é pelo fim da luta fratricida causada pelo trafico varejista de drogas, luta pelo reconhecimento total de posse de terras das comunidades quilombolas, pela acessibilidade as instituições de ensino superior.


Dentro desse período de 123 anos de república a população negra pode celebrar  conquistas de alguns direitos básicos, mais não dar por encerrada a luta antiracista, havendo ainda um largo caminho a ser traçado para se conseguir a plenitude de igualdade étnica. As instituições republicanas do Estado se mantêm reacionárias não representando de forma democrática a composição étnica da sociedade.





Kassan 15/11/2012



Thomas Sankara Presente!



Em 15 de outubro de 1987 era assassinado a mando do imperialismo é neocolonialismo Thomas Sankara.





Durante um curto período de 1983 a 1987, Thomas Sankara liderou um dos governos mais revolucionários da África. Militar de carreira, Thomas Sankara chegou ao poder após uma insurreição em 1983. A partir dessa etapa o país até então batizado pelos colonialistas franceses de Alto Volta, efervesceu em uma fase revolucionária popular.


Thomas Sankara foi empossado como Primeiro-Ministro, formando o Conselho Nacional para a Revolução, tendo ele mesmo como líder maior. Para consolidar o processo revolucionário em curso foram estabelecidos, os chamados Comitês de Defesa da Revolução, para mantiverem as massas mobilizadas em torno do programa de mudança social.
Em 1984 como forma de se livrar do estigma da opressão colonial, Thomas Sankara decide alterar o nome do país para Burkina Faso, que literalmente significa “Terras dos Homens Íntegros’’. Para demarcar que seu governo não seria servil a nenhuma forma de dominação estrangeira, manifesta abertamente o conteúdo do processo político de  Burkina Faso:


“Nossa revolução em Burkina Faso baseia-se na totalidade das experiências do homem desde o primeiro sopro de humanidade. Queremos ser os herdeiros de todas as revoluções do mundo, de todas as lutas de libertação dos povos do Terceiro Mundo. Tiramos as lições da revolução americana . A revolução francesa nos ensinou os direitos do homem. A grande Revolução de Outubro trouxe a vitória para o proletariado é tornou possível a realização da Comuna de Paris os sonhos de justiça.”



Surge um governo revolucionário!

De início seu governo foi caracterizado pela adoção de medidas progressistas em defesa das mulheres, tradicionalmente a opressão ao sexo feminino prevalecia como elemento cultural enraizado nas comunidades tribais. Como forma de dar fim a essa situação a prática de circuncisão feminina foi considerada ilegal, sendo abolida, os relacionamentos poligâmicos é casamento forçados também foram proibidos, houve a criação de uma educação de instrução no uso de métodos anti-contraceptivos, seu governo teve o mérito de ser o primeiro a reconhecendo a necessidade de prevenção do contagio da AIDS/SIDA, foi lançado campanha educativa.


Thomas Sankara justificou essa política revolucionária:

“A revolução e a  libertação das mulheres andam juntas. Nós não falamos de emancipação das mulheres como um ato de caridade ou por causa de uma onda de compaixão humana. É uma necessidade básica para o triunfo da revolução. As mulheres ocupam a outra metade do céu. Nós não podemos transformar a sociedade, mantendo a dominação e à discriminação contra as mulheres, que constituem mais da metade da população.”


Uma nova sociedade se formava, destruindo os pesos que a atrelavam a um passado ruim. Uma cultura ricamente humanitária  que colocava o bem-estar do coletivo emergia, demolindo a cultura de medo, morte colocada pelos grilhões dos franco-colonialistas.

As massas populares foram convocadas a serem protagonistas da luta nacional pela conquista da soberania é autodeterminação. Centralizando seu governo em uma plataforma socialista, Thomas Sankara iniciou a nacionalização de empresas estrangeiras, de setores estratégicos, problemas antes ignorados foram colocados como prioridade de política de Estado. O governo revolucionário para combater a taxa de analfabetismo, lançou um enorme programa de alfabetização massiva que obteve elevados resultados em pouco tempo. Na questão fundiária foi desenvolvida uma reforma agrária para extinguir o latifúndio, ocorreu à distribuição de terras aos camponeses que se organizaram em propriedades coletivas, a extensa reforma agrária foi concebida com objetivo de permitir a conquista da auto-suficiência alimentícia, reduzindo os índices de fome é subnutrição.   





Como forma de eliminação da corrupção, Sankara lançou medidas de austeridade a serem seguidas por funcionários públicos é todos envolvidos na administração estatal, cortou uma série de benefícios é regalias. Fez de sua conduta um espelho, reduziu seu próprio salário.  A ampliação da infra-estrutura do país também foi posta em trabalho, modernizar o sistema de transporte é comunicações para interligar a nação. A melhoria das Forças Armadas seria feita para manter o país bem protegido as ameaças externas, um aparato militar que estivesse em compatibilidade com os sentimentos populares é que não fosse uma casta de verdugos fardados, repressores da classe trabalhadora em suas lutas reivindicativas. 


Como líder destacado denunciou de forma veemente, a usura contida nas relações que as nações européias mantinham com os países africanos, mesmo após a independência das colônias. Em contestação aberta questionou a necessidade do pagamento dos abusivos valores da dívida externa por parte da África a suas antigas metrópoles, apresentando que os africanos não deveriam fornecer suas riquezas para as burguesias européias parasitárias é sim utilizar sua seus recursos como instrumento de crescimento econômico em combinação com justiça social. Devido a esse caráter e similaridade ideológica socialista  é anti-imperialista logo recebeu a alcunha de “Che Guevara” da África. Sendo um admirador confesso da experiência revolucionária Cubana, estreitaram os laços com Cuba, ambos os países passaram a cooperação mútua.  


Amplamente solidário a luta de todos os povos contra o imperialismo, considerava a África o elo fraco do imperialismo é identificava nos povos africanos toda a potencialidade necessária para que os mesmos se integrassem com força fundamental as fileiras da revolução mundial socialista que destruiria a estrutura de poder capitalista.  Exemplo reconhece os esforços do povo Saharaui pela conquista da independência em relação ao Marrocos.




Considerava o Pan-africanismo o movimento que promoveria a simultânea unidade é libertação da África. Fez brilhantes intervenções Sua percepção internacionalista foi constata em 04 de outubro de 1984 na ocasião a reunião da Assembléia Geral da ONU, Sankara discursou mencionando que:

"Nossa revolução em Burkina Faso é aberta ao sofrimento de todos os povos. Ela também tira a sua inspiração a partir das experiências dos povos desde os primórdios da humanidade''.



Um revolucionário no caminho do imperialismo!

Os êxitos de seu governo de Thomas Sankara serviram para apontar um caminho viável a África que passaria longe da subordinação ao neocolonialismo. Povos sendo capazes de erguerem sua autodeterminação, conquistando pela suas próprias forças todo o desenvolvimento próspero. Tamanho ápice revolucionário entrou em choque aberto é direto com o imperialismo, especialmente o Francês.



Logo se articularam forças oposicionistas ao regime popular burkinense, líderes tribais que tiveram seu prestígio arruinado, oficiais militares de alta patente é integrantes de seu próprio gabinete tramaram a derrubada de Thomas Sankara. Com apoio iniciaram-se as sabotagens é ações desestabilizadoras. As pressões contra Thomas Sankara foram sendo alimentada, a insubordinação nos quartéis se intensificava, mantendo o governo pressionado.  


Após o detalhamento de um plano, os golpistas agem sobre o comando de Blaise Compaoré, que era membro do governo desde o início. Esse ato de traição foi consumado tendo recebido todo o suporte por parte da França. Thomas Sankara é um grupo de seguidores tentaram resistir à investida contra-revolucionária, mas sem força organizada necessária o golpe reacionário prevalece. Como forma de destruir os alicerces do regime revolucionário popular, Thomas Sankara tem sua morte decretada, sendo executado é seu corpo foi desmembrado. 


Em sequências de tempo, Blaise Compaoré desfaz as medidas introduzidas durante o período de Sankara, o governo títere dos interesses neocolonialistas atrela Burkisa Faso à completa submissão aos ditames do Banco Mundial, FMI os níveis de pobreza que antes estavam a serem combatidos, aumentam aceleradamente, lançado as massas em uma miséria de extremo opróbrio.   



Eterno comandante!


O governo de Thomas Sankara foi à última experiência revolucionária no continente Africano, sua morte foi o inicial de um processo que arrastaria a África em um período catastrófico. Eventos como a política de traição conduzida por Eduardo Santos em Angola, a postura oscilante de Robert Mugabe perante o imperialismo britânico, a subida do SWAPO ao poder na Namíbia após a finalização da guerrilha, a transição conservadora que levou ao fim ''formal'' ao Apartheid na África do Sul, desestabilização do governo da Frelimo após a morte de Samora Machel, o genocídio Tutsi, a ascensão da  ditadura de Charles Taylor, a violenta guerra civil em Serra Leoa, o agravamento do conflito no Congo causando o deslocamento de milhões de refugiados, o esfacelamento do Estado nacional na Somália, esses fatores deterioraram em muito as condições de vida dos povos africanos, isso abriu largo espaço para o recrudescimento da ofensiva neocolonialista a rapinagem foi intensifica em meio a inexistência de uma resistência adequada.



Thomas Sankara faz parte de uma seleção de líderes leais a libertação da África. Homem revolucionário no sentido mais íntegro, sua vida, crença e sua morte representam aquilo que o continente africano possui de melhor. Uma África que se levanta gigante de seu poder. Nessa exata data devemos nos lembrar de Thomas Sankara, apoiando e confiando sempre em uma África maior e melhor a todos os povos que nela vivem milenarmente.





Kassan 15/10/2012 



Ocupação permanece! 




No último dia 12 o conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a continuação da permanência da Minustah, em solo haitiano, mantendo o Brasil sobre a liderança das tropas. Presente no Haiti desde o ano de 2008 sobre a justificativa conter a instabilidade na ilha após a derrubada do então presidente Jean-Bertrand Aristide.




O Haiti combina em sua história passagens de heroísmo é tragédias desde a sua independência.  Ilha conseguiu obter sua independência da França, através da luta conduzidas pela população de africanos escravizados, foi o primeiro país do continente americano a abolir o escravagismo, em seguida a essa fase de bravas lutas com temor da expansão de rebeliões escravas, forçou aos países vizinhos a isolarem o Haiti sobre essa onda de receio surge o termo “haitianismo”. 




No século XX o Haiti sofreu a pesada influência interventora dos Estados Unidos. Sucessivos governos títeres se sucederam até a instalação da violenta ditadura do arquicorrupto Papa Doc que reprimiu terrivelmente o povo haitiano, usou-se das riquezas do país para beneficio próprio, concedeu permissão para que as empresas transnacionais se instalassem no país para submeter os trabalhadores as mais intensas jornadas de trabalho com a menor remuneração possível a inexistência de direitos trabalhistas, favoreceu a superexploração. A consequência transformou o Haiti na nação mais pobre da América.



Ocupação militar é repressão ao povo! 




Com a promessa de auxiliar os haitianos a encontrarem o caminho para o fortalecimento da democracia é desenvolvimento socioeconômico, as Nações Unidas aprovaram o envio de tropas para pacificação do país, o continente das tropas é composto por soldados de várias nacionalidades, no entanto a realidade que se constata é explicitamente diferente daquela apresentada oficialmente. Já se somam inúmeras denúncias sobre abusos cometidos pelos soldados a serviço da ONU, relatos de estupros são constantes. Os comandantes fazem vista grossa é abafam os casos impedindo suas divulgações para evitar a tensão com a população local. 



A grande mídia abre espaço exacerbado mostrando soldados sendo bem recepcionado pela população, ajudando a criancinhas a sorrirem alegres, ajudando a todos a todo custo, mais essas imagens não trazem a fidelidade do cotidiano da maioria esmagadora do povo haitiano que padece sem assistência médica adequada. Tudo isso mascara o conteúdo repressivo que a missão carrega.


O fim do regime do clã Doc é a criação de uma democracia embuste não foi suficiente, para normalizar a situação de anos seguidos de fome generalizada, pobreza crônica, o governo de Bertrand Aristide foi empossando em 1991 em meio a ilusão de milhões de pessoas, com o decorrer o tempo e a não resolução e atendimento das reivindicações vitais da população, foi tomando corpo um volume de  tensão social aguda, mais que foram controladas em partes devido truculenta atuação do aparato policial mantido intacto desde os tempos de Papa Doc e Baby Doc. Servindo como um bom sabujo dos Estados Unidos Jean Bertrand Aristide conseguiu se manter a frente do frágil Estado Haitiano em outras duas oportunidades de 1994 a 1996 é posteriormente de 2001 a 2004, a recessão alcançada durante seu último governo foi tamanha que nem mesmo as velhas práticas de coerção impediram a revolta popular generalizada.


Sem apoio suficiente para se manter no controle, Bertrand Aristide se remove do Haiti com ajuda dos Estados Unidos  é parte para o exílio na África do Sul. Sua derrubada abriu uma oportunidade para lançamento de uma experiência nunca antes testada em um país do continente americano, o uso de presença de uma missão militar “humanitária’’. Em circunstância da revolta que tirou Aristide  não ter sido realizada baseada em um plataforma programática consistente e nem por contar com uma direção popular revolucionária, não houve outra saída a não ser a aceitação do continente do Minustah.  

O falso caráter humanitário dessas missões da ONU fica exposto já se comparado a outras experiências no passado. Um exemplo no Congo na década de 1960, a onde as tropas de pacificação serviram de suporte para captura e assassinato de Patrice Lumumba. Em 2003, Lula com suas ambiciosas pretensões, fez com que o Brasil assumisse o comando a missão de “paz”, com objetivo de que o país adquirisse maior projeção internacional como liderança, mais a verdade comprovada será essa conduta do governo brasileira era estritamente feita como forma de agradar o imperialismo dos Estados Unidos.  Na época a máquina imperialista estadunidense concentrava seus esforços para não chafurdar nas guerras promovidas no Oriente Médio, sendo dessa forma a América Latina ficou posta em posição não prioritária, o governo lulista submisso então como um servo foi solicitado para cobrir a falha deixa pelos EUA evitando qualquer casualidade que poderia afetar os interesses geopolíticos de Washington na região do caribe.    





A questão do Haiti! 


Desde que as tropas pisaram em território haitiano, as mais perversidades já foram cometidas. O fato foi que a ilha se tornou um imenso laboratório para teste de táticas de contenção de massas, essas mesmas táticas repressivas estão sendo aplicadas nas favelas cariocas com tendência a serem reproduzidas em qualquer localidade periférica do Brasil.
A tragédia humanitária foi agravada com o terremoto de 2010, as quais morreram aproximadamente 200 mil pessoas, arrasando ainda mais a parca infra-estrutura do país, aumentando a dependência em relação à ajuda externa.  A escassez de alimentos impulsiona a alta taxa de mortalidade infantil o difícil acesso a água potável conduz a proliferação de surtos de doença especialmente a cólera.


O subemprego também se faz presente no Haiti, com um agravante brutal,  a utilização de crianças como trabalhadoras.  A impossibilidade de ocultar essa barbárie escandalosa obrigou até mesmo organismo conveniente como a OIT ( Organização Internacional do Trabalho) a emitir no mês de agosto deste ano um relatório, que aponta a existência de pelo menos 225 mil crianças é jovens mantidos em situação de exploração laboral. As empresas multinacionais são as maiores beneficiadas dessa prática de crime de lesa-humanidade.


A farsa eleitoral complementa essa barbárie haitiana, Michel Martelly que durante a campanha fez tímidos pedidos para que ocorresse a retirada das tropas interventoras da ONU, após eleito solicitou a continuidade da missão. Com a indicação para a pasta do Ministério da Defesa de Celso Amorim se insinuou que haveria uma retirada gradual do efetivo do Minustah. Mas essas insinuações se dissiparam como nuvens, prevalecendo à manutenção do operativo de guerra travestido de missão humanitária.  Recentemente os governos latino-americanos de centro-esquerda Bolívia, Equador, Venezuela, também entraram no auxílio aos planos de paz traçado pela ONU, estabelecendo consórcio na área militar, para ajudar ao Haiti a compor uma nova força armada é corpo policial eficiente.


A questão do Haiti serve como elemento para dividir as bandeiras do Movimento Negro.  Os ativistas que estão aparelhados ao Estado ou com militância vinculada ao PT e PCdoB   quando não mantém um sepulcral silêncio, formulam os mais cretinos argumentos para legitimar a presença militar na ilha, compactuando com as mentiras que hoje estão desgraçando o povo sofrido da ilha. Alguns setores do Movimento Negro chegaram a promover manifestações, solicitando a remoção dos soldados da ilha negra, tudo dentro do terreno do “lobby de pressão”, como forma a sensibilizar a gerência petista. Nada disso resultou efeito diante da característica atomizada que o movimento negro independente.  

Estender as bandeira  do fraterno internacionalismo aos nossos irmãos oprimidos do Haiti que hoje além de sofrerem com a miséria social tem que suportar a ocupação militar de tropas estrangeiras.  Faz parte de todo justo militante denunciar ativamente o caráter da ocupação que esmaga o povo negro do Haiti, devemos apoiar irrestritamente todas as legitimas iniciativas de resistência armada para expulsão das hordas invasoras dos “capacetes azuis”.



A pequena ilha resistente, o Haiti carrega contra si o peso de todo ódio perpetuo dos racistas de todo o mundo. Por ter sido a primeira nação a ousar lutar contra o sistema de supremacia branca no Ocidente.  Olhemos ao Haiti e prezemos por sua melhoria! 






Kassan 14/10/2012