George Jackson, espírito revolucionário da Pantera Negra! 

George Lester Jackson nasceu em 23 de setembro de 1941, quando tinha dezoito Jackson foi considerado culpado pelo roubo de 70 dólares de um posto de gasolina e condenado a uma pena que poderia ter a duração de um ano de vida até prisão perpétua. 

Como exemplo que ocorreu com vários presos negros e na cadeia que George Jackson transforma sua consciência radicalmente. De prisioneiro alienado por um niilismo desiludido, encontra na causa revolucionária um significado e motivo para dedicar sua existência. A partir de então George Jackson até o momento de seu assassinato, escreveria seu nome como referência de luta e resistência. 

Em companhia de seu amigo e mentor político WL Nolen, Jackson funda a Black Guerrilla Family - BGF como uma organização auxiliar do Partido Pantera Negra para operar dentro do sistema prisional, objetivo era recrutar, politizar e preparar prisioneiros negros para transformarem os presídios em verdadeiras trincheiras, extensões das lutas radicais que ocorriam nas ruas. 

Prisão de Soledad, estado da Califórnia, no dia 13 de Janeiro de 1970, Nolen e outros dois prisioneiros membros da BGF  foram mortos a tiros por um guarda branco, durante uma briga. Poucos dias depois um júri decidiu que o guarda havia realizado um "homicídio justificável". 

Dias após a absolvição, um guarda da prisão foi mais tarde encontrado morto, esfaqueado George Jackson e outros dois prisioneiros, John Cluchette e Fleeta Drumgo, foram acusados do assassinato. Sobre a alegação de se trata de um crime de vingança pela morte de  WL Nolen.

George Jackson e seus companheiros de Soledad são perseguidos e suas vidas colocadas em risco. Para intensificar a opressão a Jackson ele e transferido para prisão de San Quentin, mas continua a fazer seu trabalho militante. Temerosos sobre os efeitos que a presença de Jackson poderia ter sobre outros prisioneiros a administração decidiu isolá-lo em cela solitária.  

Opressão ilegal sobre George e seus companheiros, originou a realização de uma campanha em defesa da libertação de todos do carcere, ficariam conhecidos como 'Irmão Soledad'. No comitê de organização da campanha estavam sua mãe Georgia Jackson e seu único irmão Jonathan Jackson, uma ativista envolvida na campanha era Angela Davis. Jackson e Angela manteriam um relacionamento amoroso. George sempre teve um relacionamento tumultuado por divergências com a mãe, uma mulher extremamente religiosa que não acreditava em radicalidade ideológica, ou lutas políticas revolucionárias, por outro lado George sempre via na mãe o perfil do negro alienado, conformado que preferiria viver em meio á ilusões do que romper com o sistema. Apesar das diferenças Georgia nunca negou amor maternal por ele, 

Em 1970 como esforço para libertação e publicado o livro ''Soledad Brother'' uma compilação de cartas escritas por George Jackson.  O livro e bem recebido pelo público e aumenta a pressão pela soltura. Jackson era um legítimo prisioneiro político mantido nas masmorras do complexo industrial-prisional. 

Em 07 de agosto de 1970, o Jonathan Jackson em parceria com outros militantes fazem uma ação armada que sequestra o juiz Harold Haley, a exigência para soltarem o juiz era em troca a liberação de George e dos demais irmãos Soledad. Antes que o pedido fosse atendido a polícia intervém na situação e inicia um tiroteio que vitima de forma fatal Jonathan, os outros integrantes assim como Harold Haley também morrem baleados. 

No ano de 1971, George Jackson seria submetido a mais um julgamento que poderia confirmar a continuidade de sua pena como perpetua ou poderia conceber sua liberdade. Mas um detalhe exercia peso considerável, o assassinato do guarda em Soledad. Se Jackson negasse envolvimento no justiçamento, correria o risco de sair com a fama de mentiroso desmoralizado, por outro lado se confirmasse a participação na morte, isso significaria que não haveria possibilidade de sair vivo da cadeia. 


Em 21 de agosto de 1971, George Jackson organiza uma rebelião em San Quentin com objetivo em reivindicar melhorias no tratamento aos prisioneiros e assegurar a garantia de direitos democráticos. Autoridades se negam a fazer qualquer tipo de acordo e ordenam um ataque, George Jackson armado com uma pistola e alvejado por um franco-atirador e morre no pátio da prisão. Para justificar o assassinato foi apresentada a versão de que Jackson estava em fuga. Em solidariedade o cantor Bob Dylan compôs uma música em homenagem a George Jackson, poucos dias após sua morte foi publicado o livro ''Blood in My Eye'', um composto de biografia com exposição de suas ideias e pensamentos. 


Kassan 21/08/2014

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