Afrobras
Quando eu vejo a Afrobras sempre me vem a mente um trecho de um poema escrito pelo saudoso Solano Trindade... No qual o genial poeta diz: ''Negros senhores na América a serviço do capital não são meus irmãos''. Pois é dito e feito.
Afrobras não perde uma única oportunidade para minar os detentores do poder do capital. Rendem homenagens desde de o ''Feitor-reitor da USP João Grandino Rodas até a asquerosa secretária de Estado do EUA Hillary Clinton. A Afrobras segue trilhando um caminho de sabujice. Sendo capaz de considerar inimigos como aliados é tratar os exploradores responsáveis pela miséria e pobreza do Povo Negro como bons parceiros para empreitadas.
A Afrobras ainda consegue fazer um jogo sujo que acaba por enlamaçar o nome de Zumbi, do nosso grandioso Zumbi dos Palmares. De forma oportunista deturpam cada aspecto, característica, do nosso maior líder. Zumbi dos Palmares é luta resistência, liberdade. Por que nosso imortal comandante Palmarino jamais terá seu nome compatível com alienação, subordinação e subserviência.
De nada adianta ou representa esses bailes, festejos de gala reunindo a nata da celebridade negra, em pomposo teatros enquanto ao lado de fora milhões de negros/negras agonizam sobre um cotidiano de vida marcado pela discriminação, pobreza, violência e todas as péssimas consequência produzidas pelo sistema. A Afrobras fica postando como uma versão ''abrasileirada'' da NAACP ingenuamente ou intencionalmente creditando a possibilidade de que algum dia esse apodrecido establishment dê em forma de presente aquilo que por justo e total direito pertence ao Povo Negro a LIBERDADE. Como já dizia Malcolm X esse sistema não pode dar liberdade para o negro assim foi no passado, assim se faz no exato presente. Da escravidão ao capitalismo. Da classe senhorial da casa grande á classe burguesa industrial. Dos capitães do mato á polícia. O sistema jamais concedeu justiça, igualdade e paz ao Povo Afro desde que foi raptado do solo da Mãe - África. O sistema permanecerá explorando e oprimindo enquanto não for destruído, enquanto a diáspora africana não se emancipar do controle físico, espiritual e mental das instituições racistas haverá sempre o pior de geração a geração.
Desafiante se torna essa missão. Derrubar o castelo no qual vivem os oportunistas de nossa raça e fazer a prática uma militância racial com toda a justeza exigida pela realidade histórica e social. Afrobras não nos representa em circunstância alguma.
Kassan 12/11/201
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