Pesquisa exibe informações já habituais para grande parte da população.

Em estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) intitulada “Pesquisas das Características Étnico-Raciais da população’’ revelou que a maioria dos entrevistados declara existir sim, influência de caráter negativo da cor de pele e raça sobre os aspectos da vida cotidiana. Os entrevistados assumem haver uma desproporção entre brancos, negros e pardos em diversas condições. As áreas a onde há mais indícios de influência negativa causada pela desigualdade racial frequentemente indicados pelos entrevistados são:

Trabalho 71 %

Relação com justiça/ polícia 68,3%

Convívio social 65%

Escola 59,3%

Repartição pública 51,3%

Os dados coletados pela pesquisa não chegam a ser novidade tão "quente". As circunstâncias provocadas sobre a tonalidade da pele revelam que a sociedade Brasileira ainda é imersa a difusões de teorias pseudocientíficas sobre inferioridade racial. Somando a essa crença de rebaixamento racial ainda ocorre à desigualdade de classe que força e reforça a situação de subjugamento. Dificuldades em ingressar no mercado de trabalho em vagas e setores de comando ou com rendimento considerável, poucas condições de continuação da escolaridade até a fase do ensino superior, moradias em localidade habitacionais sem infra-estrutura sanitária adequada, carência de acompanhamento médico em situação de necessidade, exposição a abusos por parte de agentes policiais... Todos esses casos são parte de problemas em suma enfrentados pela população negra.

Mesmo sobre o reconhecimento "oficial" por parte do Estado sobre os efeitos do racismo que culminaram com a criação de secretarias de combate a discriminação racial, esses órgãos estatais realizam um trabalho muito paliativo e cerceado. Isso demonstra que não será possível concretizar uma conscientização de redução ou eliminação do racismo e seus axiomas apenas por intermédio na institucionalidade política existente no país.

Kassan 19/08/11

Um comentário:

Everson disse...

A luta é longa, mas vai valer a pena!