O Haiti seis meses depois


O terremoto que devastou o Haiti há seis meses foi uma oportunidade para os opressores destilarem a demagogia de sempre, prometendo comida, trabalho e um país novinho em folha enquanto agenciavam, junto à gerência títere de Porto Príncipe, contratos vultosos para transnacionais que se alimentam da morte, como os abutres e as larvas. Os demagogos se foram, as empresas estrangeiras chegaram, e hoje a falta de comida ainda é uma realidade para a maioria dos haitianos, o que prova que os programas "Comida por Trabalho" e "Trabalho por Dinheiro", criados pela ONU sob a "consultoria" do ex-chefe imperialista Bill Clinton, não tinham outro objetivo senão facilitar a exploração dos trabalhadores locais pelas empreiteiras estrangeiras às quais foi entregue o lucrativo trabalho de "reconstrução" do país. Dos 1,5 milhão de haitianos que perderam suas casas, apenas 28 mil já conseguiram outro teto para morar. Centenas de famílias vivem ao relento à beira de vias movimentadas, comendo poeira e respirando fumaça. Nos acampamentos gerenciados por Ongs estrangeiras, jovens meninas são obrigadas a se prostituir em troca de ter o que comer, em uma versão ainda mais infame, mas com a mesma lógica, do programa escravocrata idealizado por Clinton para o Haiti.














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