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Um extremista a menos

Confirmada a morte de Eugéne Terre'Blanche, o mais destacado representante da extrema direita Sul-africana. O assassinato do supremacista branco foi cometido no ultimo dia 3 deste mês, as razões de sua morte aparentemente não foram cometidos por motivos,políticos. Os responsáveis pelo ato foram, identificados como negros que trabalhavam, na própria fazenda do morto, que reclamavam pagamentos não realizados por serviços prestados.


(Sem meio termo, ele foi racista, não ao revisionismo sobre Eugéne Terre'Blanche)





Trajetória
Eugéne Terre'Blanche nasceu em 1940 e cresceu em um ambiente ultranacionalista, seu avô sou um soldado que participou a guerra dos Boeres e seu pai foi um oficial das forças armadas. Em 1973 ele se uniu a outros fundamentalistas brancos, para fundar um partido AWB (Afrikaner Weerstandsbeweging- Movimento de resistência Afrikaner). Os objetivos da organização era lutar pela manutenção da supremacia política branca na república Sul-africana, alem da conversação do patrimônio cultural Boer. Criado sobre uma concepção extremista o AWB, defendia a irredutível continuidade do Apartheid.

A principio o Movimento da Resistência Afrikaner por muito tempo, permaneceu oculto no cenário político da África do Sul, devido ao fato que o Partido Nacional, que chegou ao poder em 1948, e que mantinha uma base de apoio forte entre a população branca e foi o responsável por oficializar o regime de segregação racial. O destaque para o AWB, veio nos meados da década de 80, quando o sistema do Apartheid, começou a sofrer maiores pressões externas feita através da ONU e também por contestações internas com sucessivos levantes da população negra, assim como também por uma parcela minoritária da população branca politicamente progressista.


Radicalmente contrário a abertura do Apartheid, Eugéne Terre'Blanche, se projetou como um porta-voz inflamado de uma violenta ideologia racista. Em 1990 Nelson Mandela e libertado do cárcere, e inicia diálogos amistosos para desmantelamento pacifico e gradual do regime segregacionista, com então presidente Sula-africano Frederik de Klerk. Este processo de abolição paulatina do Apartheid, foi considerado por Terre'Blanche e seu movimento como um ato de traição de politicos liberais para com o Povo Branco, alem de representar uma infiltração comunista na sociedade. A partir disso o AWB, adotou uma retórica agressiva, a onde revindicava-se, o uso de armas, e a convocação de uma guerra civil, para evitar o declínio da supremacia branca no país Africano. O nível de periculosidade de Eugéne Terre'Blanche, se intensificou.


( Hipocrita não se assumia como um supremacista branco, mais mantinha um ódio contra todos não-brancos )

O bandeira do Afrikaner Weerstandsbeweging, e muito semelhante com a suástica nazista, mais os integrantes da organização afirmam que o símbolo representa, a sequência retirada da bíblia do número 777 segundo o qual seria a numeração contrária ao 666 número da besta. Apesar da negativa de intercâmbio com o nazismo, a bandeira do AWB, e muito admirada por grupellhos neonazistas mundo afora. Mesmo não possuindo um elevado contingente de militantes, o movimento projetado por Eugéne e atualmente a mais bem organizada facção extremista branca em atividade na África do Sul. Inclusive, o partido conta com uma milícia paramilitar, compostas por membros bem treinados em táticas de combate. Com a impossibilidade de retorno ao Apartheid, o AWB, mantém uma postura separatista, em defesa da criação de uma república independente formadas apenas por brancos.

( E clara a influência do nazismo sobre o AWB )


A morte de Eugéne Terre'Blanche, despertou a ira de seus asseclas, que prometeram, iniciar uma brutal campanha de retaliação. O clima de instabilidade no país, sede a copa de futebol, esta se acirrando. Temendo possíveis conseqüências maléficas, o populista e demagogo presidente Jacob Zuma, pediu que brancos e negros mantenham a calma, e evitem entrarem em conflitos, violentos. Uma polarização racial e social a mesmo de 100 dias do inicio, do torneio mundial de futebol, poderia trazer prejuízos, para a burguesia Sul-africana, que pode perder, milhares de dólares que os torcedores-turistas estrangeiros trariam para o país. Certamente o supramacismo branco, já não tem o mesmo poder na África do Sul, como possuía a 2, ou 3 décadas atrás. Atualmente o principal e mais perigoso inimigo das massas Sula-africanas e o oportunismo entreguista adotado pelo CNA, que abdicou, o seu posicionamento de vanguarda da classe trabalhadora, para se tornar um partido eleitoreiro e demagogo, que ludibria as massas com promessas populistas.


Em relação aos meios de comunicação Brasileiros que noticiaram o assassinato, existe uma espécime de lamento antes a morte de Terre'Blanche, que e interpretado como um inocente líder, injustamente morto por negros. Ao invés de informarem a real natureza facínora, deste famigerado supremacista branco, atroz inimigo do Povo Negro. A repercussão de sua morte e a forma velada como a mídia trata o caso, faz com que Eugéne Terre'Blanche, seja logo tratado como um Martir da “causa” branca, lhe rendendo homenagens, divulgadas na internet por partidários do ódio racial.


Ate nunca mais!!!
Se o assassinato de Eugéne Terre'Blanche, foi cometido por motivações políticas ou não isso não importa. Não se trata da morte de um grande revolucionário, e sim de um repugnante reacionário defensor da opressão contra negros, uma relíquia forjada nos cruéis anos do monstruoso Apartheid. O enterro de Eugéne Terre'Blanche, não coloca no tumulo a existência da extrema direita racista na África do Sul, mais representa, uma pequena vitória, daqueles que lutam pela destruição do racismo. Saber da não existência física de Eugéne Terre'Blanche, já e o bastante para provocar uma alegria passageira.



(As massas lutaram contra o racismo do Apartheid)

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