Violência racista mata africanos na Líbia "democratizada" pelos "rebeldes".
Um vídeo chocante apareceu na Internet mostrando ''rebeldes'' líbios torturando um grupo de negros africanos. Pessoas com suas mãos atadas são mostrados sendo preso em uma espécime de gaiola e forçados a comer a antiga bandeira da Líbia. "Come a bandeira, seu cachorro. Deus é Grande ", grita uma voz em off no vídeo publicado pelo LiveLeak em 28 de fevereiro.
Os torturadores também são mostrados fazendo com que o grupo de cativos africanos negros se levante com pedaços de pano verde ainda na boca e, aparentemente forçando-os começar a saltar.
Um número de pessoas é mostrado do lado de fora da gaiola assistindo a atrocidade. Depois de Muammar Kadafi foi morto, centenas de trabalhadores migrantes de estados vizinhos foram presos por combatentes do CNT.
Eles acusam os negros africanos de terem sido mercenários para o governante derrubado.
No curso da luta para derrubar Gaddafi no ano passado, subsaarianos migrantes e refugiados africanos "tornaram-se alvos de estigma, discriminação e violência", o grupo de direitos humanos Anistia Internacional disse no mês passado.
"No início da crise, houve muito propaganda exagerada para os quais o mais alto nível do Conselho Nacional de Transição deve assumir alguma responsabilidade, porque eles contribuíram largamente para que a propaganda sem fundamento", disse Donatella Rovera, da Anistia Internacional conselheiro sênior em resposta a crise. Alguns dos imigrantes negros conseguiram fugir para o vizinho Mali e Níger, mas existem 5. 000 deles detidos.
Eles enfrentam execução em massa, espancamentos e mortes por vingança, de acordo com um relatório publicado Al Jazeera em setembro. Antes da revolta líbia eclodiu, o país sediou cerca de um milhão de trabalhadores negros Africano, muito deles empregados no trabalho doméstico, construção civil, coleta de lixo e outros empregos de baixo salário.
Investigações dos Direitos Humanos (HRI) suspeitam rebeldes líbios de limpeza étnica da população negra do país, particularmente na cidade de Tawergha.
Fonte: Pan-african News.
Nota
O novo governo Líbio apoiado pela comunidade internacional (leia-se imperialismo) esta dando as demonstrações de sua real natureza. Notícias como essas exibem a grande farsa montada pelos meios de comunicação ocidentais que apresentaram esses verdadeiros mercenários como “libertadores” do povo líbio. O CNT (Conselho Nacional de Transição) desde o começo dos combates contra as autênticas forças nacionais Líbias se categorizou por ser uma organização títere de caráter servil e pró-imperialista.
Os pseudo-rebeldes nunca possuíram bases junto as massas populares, não possuíam conexões ou representavam os interesses da classe trabalhadora. A verdade dos fatos demonstra que o CNT representava os interesses de uma minoria ávida em estabelecer um relacionamento aberto com as potências imperialistas. Não lograriam êxito em sua campanha militar caso não tivesse ocorrido à intervenção da OTAN, essa sim organização latrogenocida que despejou toneladas de bombas sobre o território Líbio arruinando sua infra-estrutura e massacrando a heróica resistência nacionalista. O avanço das tropas mercenárias do CNT somente foi possível graças aos aviões da famigerada OTAN.
Essa face sombria do novo regime a prática de extermínio físico por critério racial. Agora o reacionário governo que se apossou da Líbia para entregá-la a exploração neocolonialista, utiliza-se do racismo para reprimir trabalhadores negros, cinicamente se baseando em acusações da qual seriam mercenários do antigo regime nacionalista. Isso abre uma perspectiva cruel da continuidade dos assassinatos, abusos e torturas sobre os africanos negros que residem em solo Líbio. Objetivo em tornar a Líbia uma nação etnicamente é racialmente "pura" permeneia a intenção dos homicidas racistas.
Esse racismo sistemático agora convertido em polícia de estado vai à contramão absoluta aos esforços que Kadafi direcionava na medida de se aproximar ao máximo possível das demais nações africanas. Estabelecendo laços de cooperação e ajuda mútua. Kadafi era um forte defensor do Pan-africanismo e pregava a necessidade de unicidade entre os países africanos. Sua determinada posição pela defesa da uma África unida produzia muitas fricções com os interesses neocolonialistas. A derrubada de seu governo, seguido por seu assassinato foi à maneira encontrada pelos abutres imperialistas para pavimentar a garantia de seus planos geopolíticos sobre o continente.
Apesar dos clamores das entidades internacionais de defesa dos direitos humanos, certamente nenhuma medida enérgica será devidamente tomada por parte do lacaio governo do CNT e seus aliados ocidentais também não iram interferir nesse ''assunto interno''. A população africana de ascendência negra está a viver um tempo de difíceis terribilidades. A mídia internacional, a mesma que prestou apoio propagandístico para a ofensiva de recolonização que se abateu sobre a Líbia apresentando o governo de Kadafi como uma monstruosa ditadura violadora dos direitos humanos assim justificando os bombardeios da OTAN é a mesma que se mantém em silêncio mediante a crescente violência contra os africanos subsaarianos, compactuando assim com a limpeza étnica em processo.
Diante a essa panorama racista implantado pelo CNT, não cabe senão outras opções aos africanos subsaarianos integrarem-se a remanescente resistência nacional Líbia que ainda permanece ativa dessa forma lutando para garantir a própria sobrevivência e destruir esse ilegítimo governo serviçal das potência imperialistas.
Kassan 04/03/2012
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