Prossegue processo de caso de menino Juan

Realizado a segunda audiência com as testemunhas do caso do garoto Juan, que foi morto e teve o corpo ocultado após uma operação policial na comunidade de Danon e julho do ano passado.

Em primeira audiência uma testemunha do caso confirmou que viu o menino ser baleado por policiais, em seguida teve seu corpo em uma viatura.

Relembrando o caso

O garoto Juan foi baleado enquanto voltava com o irmão Wesley depois de ter ido à casa de um amigo. Os irmãos foram surpreendidos por um tiroteio não conseguindo encontrar um local para se protegerem.

Em ocasião seu irmão Wesley de 14 anos e outro jovem de 19 anos também ficaram feridos. E outro homem que fora apresentado como traficante foi morto na operação.

Segundo a versão apresentada por quatro policiais pertencentes ao 20º BPM (Mesquita), ao entrarem na comunidade de Danon, ocorreu uma troca de tiros com traficantes. Porém perícia constatou que não ocorreu confrontação no local.

Após a operação com Juan desaparecido, iniciou-se uma procura para encontrá-lo. É somente após uma denúncia anônima seu corpo foi localizado em uma região de Belford Roxo.

Os policiais foram presos e indiciados por crimes de dois homicídios duplamente qualificados (a morte do menino Juan e de um suposto traficante), duas tentativas de homicídio duplamente qualificado (do irmão de Juan, e do jovem de 19 anos) e ocultação de cadáver de Juan.






Nota

Essa é a semicolônia chamada Brasil! Nunca será um devido ''lar'' para os negros pobres. Muitos se se embriagam pela propaganda de patriotice e negam-se a reconhecer que esse dito país com sua estrutura social jamais fará prevalecer o direito irrestrito a felicidade, liberdade, prosperidade para o povo negro. O Povo Negro e prisioneiro dessa terra. Vítima de séculos de injustiças cometidas pelos brancos.

O bárbaro assassinato de uma criança de 11 anos! Praticados pelas mãos e armas dos carniceiros fardados. Arrancaram a vida de um jovem garoto, tiraram-no de sua família causando uma insuportável dor. A morte de uma criança negra, de família pobre não e o suficiente para encher ser devidamente noticiado pelos grandes meios de comunicação, nem tão pouco convocar passeatas por pedidos de paz. Juan foi assassinato e sua morte soma-se a de tantas outras crianças negras que morrem pelas mais variadas formas não apenas por arma de fogo.

Alguns elementos do movimento negro oportunista clamam por desarmamento. Acreditam em intenções pacifistas de campanhas de recolhimento de armas. Ao fazerem isso servem intencionalmente a conduzirem a capacidade da comunidade negra em uma posição de enfraquecimento, não podendo reagir frente a agressões. Não compreende que a arma não traz a morte e sim a mão que a empunha.

Esses mesmos lacaios disfarçados de militantes não elevam a pauta da autodefesa efetiva, pois seguem á risca os estabelecimentos da institucionalidade do Estado Burguês, acreditam na imparcialidade de competência dos mecanismos jurídicos e penais do próprio Estado Burguês.

Se denunciarem a polícia apenas o fazem de forma superficial, mais nunca sem a intenção de defender a resistência solicitam a criação de um modelo diferenciado de policiamento ao invés de conclamarem o fim absoluto de todo tipo de violências sobre a população negra.

Não há expectativas em alimentar possibilidades de se regenerar a policial para torná-la mais ''humana'', ''cidadã''. Também não se sustenta a tese das ''maças podres'' dentro da corporação uma tentativa de se individualizar situações a onde policiais são responsáveis por atos criminosos.

A polícia é sempre será uma organização verduga e reacionária. Cumpri a função repressiva, massacrando os pobres e mantendo a ordem do regime de exploração do homem pelo homem.

Negros pobres sempre serão alvos do aparato policial. Sempre estarão em destaque para serem presos, torturados é mortos. Enquanto ocorrer a aceitação dessas idéias pequeno-burguesas pacifistas que atrasam a resistência, mais e mais negro serão mortos. Não haverá justiça.

Kassan 05/03/2012


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