Nota de opinião
P. Kassan
Contagem regressiva dia 03/10/2010 o Estado reacionário nacional convoca (obriga) a população a comparecer as urnas para eleger e dar “legitimidade” aos famigerados inimigos do povo para ficarem empoleirados na maquina estatal, por um prazo de quatro anos cumprindo a função de gerenciamento de um sistema de exploração e opressão.
Como sempre a campanha foi marcada pela mesma continuidade medíocre. Briga de frações disputando o abocanhamento do Estado eis um resumo do processo eleitoral. Desde o retorno das eleições diretas, a onde o povo conquistou o “direito” a eleger seus representantes e determinar seu próprio futuro, o que realmente se modificou de positivo?
Por consecutivos governos manipulando as massas, as condenando as piores situações de existência, reprimindo com brutalidade qualquer tentativa de mudança. Uma permanência de elitistas representando os interesses da classe dominante é do imperialismo.
A cada eleição-farsa os monopólios de comunicação se esforçam em afirmar que a “democracia” Brasileira se aprofunda é aprimora. Apesar dos pesares á “democracia” fica mais forte. Nada mais do que falso. As eleições-farsa servem apenas para vender a ilusão de uma suposta capacidade do povo em conseguir controlar o próprio destino.
A exaltada “democracia” representativa Brasileira demonstra suas limitações a tornando a questionável. Um regime que não e capaz de elucidar os fatores centrais responsáveis pela condição do país.
Na disputa presidencial foi uma superação de cinismo é oportunismo tudo típico. Candidatos se esforçando em convencer de que são as melhores opções.
Dilma Rousseff: Para garantir popularidade fez uma campanha na sombra de gerente de turno Lula. Apresentando a idéia que dará continuação a obra feita pelo oportunista Lula. Com plena certeza seu governo não irá alterar em nada o receituário estes últimos 8 anos. Dessa forma não é possível esperar que a economia ganhe liberdade em relação ao capital financeiro internacional, ainda prevalecerá a obediência as regras ditadas pelo FMI, a espoliação das riquezas será feita sem o menor pudor pelas empresas multinacionais. O território da Amazônia continuará a passar a ser cada dia mais ocupado pelo imperialismo, sobre todas as formas Enfim nada mudará.
José Serra: Dessa vez o PSDB se superou na propaganda. Os marqueteiros contratados pelos Tucanos tentaram fazer o impossível. Transformar apático José Serra em um “Zé” do povão. Para isso se valeu de tudo. Mostrando ao público uma faceta desconhecida de Serra, do homem simples de origem pobre que fala em linguagem informal que faz piadas, o marido amoroso, pai prestativo, o avô carinhoso. Tudo isso na tentativa de humanizar o candidato da “direita” e fazer esquecer os fatídicos anos de governo FHC.
Marina Silva: Representando uma presença “renovada”. Supostamente desligada dos esquemas da política institucional, uma figura neutra. Como sendo do PV sua candidatura se baseou na ênfase da defesa do Meio Ambiente. Com um slogan fraquinho de “Construir sem destruir” não expôs de maneira direta de que o culpado pela devastação ambiental e o capitalismo burocrático, é suas praticas exploratórias por ele imposto que sugam incessantemente os recursos naturais.
Sem exceção todos os candidatos seguiram um script pré-determinado. Durante a campanha presidencial existem palavras é assuntos que devem ficar totalmente de fora da discussão tais como: Burguesia, capitalismo, imperialismo, latifúndio, luta de classe é racismo. Nada disso deve ser tocado. No lugar disso e preciso mostrar promessas milagrosas de salvação. Outro fato causador de náuseas e sem duvida os depoimentos “imparciais” de pessoas pobres aos candidatos sustentados por milhões de reais doados pelas grandes empresas. São sempre pessoas de fisionomia desgastadas, com linguagem simples para demonstrar que é gente do povo, dizendo palavras “sinceras” de apoio a pessoas das quais não sabem sequer uma linha do programa de governo. Já os gigantes que irrigam as campanhas com milhares de reais ficam como sempre ocultos.
O contorcionismo marqueteiro e muito audaz, pois tem a missão de fazer com que os candidatos sejam associados aos pobres, fazendo se entender que ao chegar ao poder estes mesmos candidatos governaram em benefícios dos menos favorecidos, porém isso não pode em hipótese alguma representar o estimulo ou inventivo ao antagonismo de classes. Pode-se falar palavras em solidariedade aos pobres, mais jamais se colocar contra a burguesia é o latifúndio.
Mesmo abafada pela mídia “oficial” a vontade de resistir a esta farsa eleitoral cresce. A consciência do povo amadurece e percebe pouco a pouco a natureza desse sufrágio fraudulento.
"A eleição é como uma bala. Você não joga suas cédulas até você ver um alvo, e se esse alvo não está no alcance, mantenha seu voto em seu bolso."(Malcolm X)
P.Kassan
02/10/2010
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