Eleição nunca muda!

P.Kassan

Através do manto da "sagrada democracia", inicia-se e terminam-se campanhas e absolutamente em nenhuma circunstância e demonstrado a natureza de classes do Estado brasileiro. O regime de governabilidade, o funcionamento das instituições e dos partidos na e amplamente discutido. No centro a existência de um Estado marionete regido pelas mãos das classes reacionárias que impõem ao povo a mais aguda condição exploratória, tudo isso realizado por intermédio de uma grande farsa eleitoral.


Esta famigerada encenação termina apenas nos dias 3 (data do primeiro turno) e 31 de outubro (a onde houver necessidade de segundo turno), quando o eleitor voltará às urnas. O tão ufanado "sufrágio universal" se descreve simplesmente em um minúsculo momento apresentado como o "ápice do gigantesco processo democrático-representativo", quando oferece a população a infeliz sorte de escolher seus "representantes" — já que essa formidável democracia "avançada" não a deixa governar diretamente.


Enquanto isso os programas dos partidos legalmente reconhecidos e registrados pelo TSE tem por excelência o mesmo padrão. As candidaturas lançadas apenas podem apresentar diferenças triviais. A classe burguesa associada ao latifúndio mantém seus interesses setoriais preservados é intocáveis. Em torno dessas classes e formado agrupamentos mafiosos que se auto-definem como "partidos", com suas cortes de diretorianos, dos quais o mais "preparado" sai como candidato majoritário, seguido pelos que pleitearão cargos proporcionais e os que empenharão todas as forças para ocupar os cobiçados cargos comissionados.

Durante a farsa eleitoral a imagem das ruas e praticamente a mesma. Um enorme volume de material de campanha imunda as cidades: adesivos, bonés, camisetas, cartazes, chaveiros, outdoors, panfletos, santinhos é carros de som (com suas vinhetas e músicas irritantes) tudo isso provocando uma imensa poluição em todos os níveis.



Uma breve analisada em alguns Estados:

MG: Reeleito o candidato tucano Antônio Anastasia, com o intuito de manter a mesma política de seu antecessor Aécio Neves que agora mantém a vaga de senador. Anastasia é um típico tecnocrata burguês com impecável formação acadêmica, durante a gestão de Aécio foi um dos responsáveis diretos pela elaboração do chamado "Choque de Gestão" que sobre a propaganda oficial e apresentado com uma política de austeridade fiscal é contenção de dispensas e racionalização de recursos públicos, mais na pratica o "Choque de Gestão" parte do princípio do receituário neoliberal de corte em investimentos em áreas como educação, moradia, saúde e entre outros. Anastasia e o mesmo que durante a campanha prometeu prover as melhorias no ensino público, mais ele foi o mesmo que reprimiu com ferocidade a greve dos professores da rede estadual que reivindicavam aumento de salário, mantido congelado em decorrência do "Choque de Gestão". O governo Aécio Neves-Anastasia aplicou um formando estadualizado de neoliberalismo afetando milhares de trabalhadores.Com sua permanência na cidade administrativa, como e chamado a nova sede do poder executivo em MG e garantido a continuação do famigerado "Choque de Gestão''.


RJ: Obtendo a vitória em 1° turno Sergio Cabral (PMDB) consolida-se a frente de um Estado que se tornou referência na aplicação de políticas sistemática de criminalização de pobreza. Se seu primeiro mandato foi marcado pela intensificação do aparato policial que ganhou um suporte super-beligerante para atacar e reprimir as comunidades pobres, tudo garante que em seu segundo mandado haverá uma continuação rígida desses procedimentos. Para o prosseguimento de sua gestão, Sergio Cabral terá seu orçamento turbinado pelos Royalties do pré-sal. A eleição ofereceu a população carioca o direito de escolha entre: o fascista Cabral ou senão do "ex-guerrilheiro" regenerado ao capitalismo e oportunista agora apoiador de José Serra Fernando Gabeira.



SP: A volta de Geraldo Alckmin representando a burguesia industrial paulista. Sendo os tucanos representantes legítimos da classe dominante de São Paulo, não foi preciso alterar a condução do Estado. Em disputa direta com Aloísio Mercadante, o suposto membro da Opus Dei Geraldo Alckmin ganhou o pleito sem grandes dificuldades. Assim como Minas Gerais, SP se mantém como um reduto do PSDB, que caso saia derrotado da eleição presidenciável, reforçara suas forças para o sufrágio de 2014.


Um novo mitificado candidato e escolhido pelas massas:

Com toda certeza o eleição de Francisco Everardo Oliveira Silva o famoso Tiririca com o total de 1.352.173 votos, ou 6,35% do total dos votos válidos em São Paulo foi um espetáculo a parte. Mais uma vitória desse tipo e demais, para se aceitada. Tiririca como deputado federal é uma afronta ao empafioso sistema político, marcado por faces envelhecidas e conversadoras. Para os carolas reacionários sua eleição e como um efeito desmoralizador em uma democracia já completamente apodrecida e viciada em esquemas sórdidos. Anteriormente a isso o falecido ultranacionalista Eneas Carneiro roubou a cena e se tornar o deputado com mais votos da história do Brasil. Como em determinados acontecimentos excepcionais tem existência curta, já se inicia a tentativa de barrar, o acesso de Tiririca a câmara Federal sobre a alegação que o mesmo é um analfabeto funcional.


P. Kassan 06/10/2010

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