Imperialismo face superior do racismo!



*Por Kassan




Deve se entender o imperialismo, não apenas como uma prática expansionista de um país sobre outra nação ou território. A concepção política que formata o imperialismo e baseada irrestritamente em um pensamento racista. O imperialismo e uma forma avançada de racismo que supera barreiras e se instala de maneira violenta nas mais diversas sociedades. Criando uma situação de caos, pobreza e submissão. A pseudo-razão que tenta sustentar o imperialismo e dar a ele uma legitimidade e alimentada por idéias discriminatórias.

O imperialismo não e simplesmente a formar superior do capitalismo mais também e a conjuntura mais poderosa de racismo possível. Um racismo internacional que afetou e continua afetando milhões de seres humanos, autor dos mais sangrentos genocídios e da destruição de milhares de culturas, e vidas. O imperialismo ainda constituem uma força que suprimi a liberdade e a auto-determinação dos mais diversos povos da terra sendo a principal ameaça a soberania das nações não-brancas. Os países brancos são responsáveis diretas pela propagação, desse sistema racista mundial de dominação e exploração que por meio da usura, saqueou as riquezas das civilizações Africanas, Asiáticas e Pré-americanas. Desde o princípio o imperialista e um racista fundamental, que formula teorias de superioridade para justificar seus atos de brutalidade. E extensa a lista de pensadores brancos das mais variadas nacionalidades, que usaram supostos métodos “científicos” para justificar a dominação dos Europeus sobre africanos, asiáticos e todos demais povos nativos. O imperialismo e uma manifestação objetiva da evolução do racismo que ganhava condição de ciência respeitável no velho continente.

O poder imperialista e um produtor de barbáries, em todos os lugares que onde ele se colocou, logo se caracterizou um trágico processo de desequilibrio nas relações sociais, alteração no funcionamento das sociedades locais, modificação forçada dos costumes e adoção de modelo de produção econômica baseado na rapinagem. A luta contra o imperialismo moveu, milhares de pessoas no passado que se lançaram em batalhas ferozes para expulsarem os invasores imperialistas, de suas terras. Em todos os dois principais continentes subjugados África e Ásia a resistência contra a dominação imperialista, gerou vitoriosas, independências nacionais. Nesse momento, o mundo caminhava para uma era de revolução a onde a ordem estabelecida, parece estar sendo destruída pelos sucessivos levantes dos povos oprimidos. As populações não-brancas conseguiam ir se libertando dos tentáculos do imperialismo, reduzindo este cada vez, mais a um espaço limitado. A vitória parecia como sendo certa, líderes e movimentos revolucionários se multiplicavam trazendo a esperança de uma nova realidade de igualdade a onde o racismo abominável, entraria em colapso e uma liberdade definitiva seria construída. Mesmo com os heróicos esforços e lutas, o imperialismo-racista, mantido pelas potências Ocidentais, conseguiu se regenerar dos golpes aplicados pela revolução mundial. O imperialismo-racista passou a guiar violentas, guerras de repressão contra movimentos de libertação, dentro do chamado terceiro mundo. São inúmeros exemplos, das carnificinas comandadas pelo imperialismo, na tentativa de neutralizar, a movimentação dos povos não-brancos em marcha pela liberdade. A guerra feita pelos Norte- americanos no Vietnam e uma demonstração clara das atrocidades que o imperialismo pode produzir, a onde jovens soldados brancos, cometeram, mais terríveis atrocidades contra o país asiático. Movidos por idéias racistas, as tropas dos Estados Unidos, dizimaram impiedosamente, os vietnamitas.

( Leiam participação do homem negro no Vietnam : http://conscienciarevolucionaria-kassan.blogspot.com/2009_10_01_archive.html )


O imperialismo surge no final do século XVIII e inicio do XIX, sendo assim considerado uma transposição das práticas do antigo colonialismo. O objetivo do imperialismo, era conseguir, recursos naturais de territórios distantes da Europa e Estados Unidos. Favorecendo assim o desenvolvimento da indústria, e a conquistas de novos mercados consumidores.


Em 19 de Novembro de 1884 os déspotas das nações brancas se reuniram sobre liderança do Chanceler Alemão Otton Von Bismark, na chamada conferência de Berlin, para definir as regras de ocupação, sobre a África. Nessa ocasião foi estabelecido uma série, medidas para realizar o domínio das sociedades locais, o que incluía a destruição dos valores nativos, e a substituição, por princípios Europeus. Esta conferência foi um marco no processo de colonização e aprisionamento das populações africanas, sobre a violência racista.


Os alemães, anfitriões do evento, se lançaram tarde na corrida imperialista, e por estes motivos, não conseguiram obter vastas colônias, franceses e ingleses já tinha abocanhado grande parte do continente africano. Mesmo ficando com, uma parte minúscula, os germânicos conseguiram protagonizar os mais tristes e sombrios, episódios da história africana. O genocídio dos Povos Hereros e Nama no que hoje e atual Namíbia, e um exemplo disso.

Leia mais no Blog do CNNC : http://cnncba.blogspot.com/2009/01/o-genocdio-esquecido-revolta-dos.html
)

A origem racista do imperialismo pode muito bem se identificada, em um Poema de nome “O fardo do Homem Branco” escrito pelo Norte- americano Rudyard Kipling. Neste poema, o escritor utiliza uma retórica eurocêntrica para defender a superioridade da civilização branca, identificando as demais culturas não-brancas como sendo primitivas. Daí surge o “fardo” do Homem Branco, que por sua suposta “superioridade” tem a árdua missão de colonizar os povos não-brancos do mundo. O Homem branco seria o único capaz de formar uma sociedade harmoniosa sendo assim um guia para o mundo. O Poema foi escrito duranta a campanha militar que os EUA lançaram sobre a Filipinas que era uma possessão colonial espanhola. Mais ao invés de promoverema liberdade os Norte-americanos, anexaram o território Filipino.


Fardo do Homem Branco :

Tire o fardo do Homem Branco
Enviai a melhor raça
Vamos enviar seus filhos para o exílio
Para servir a necessidade de seu cativeiro"
Para esperar no chicote de fios pesados
Em folk vibrou e selvagem
Seu recém-capturados, pessoas mal-humorado,
Metade diabo e meia criança
Tire o fardo do Homem Branco
Em paciência para respeitar
Para véu a ameaça do terror
E verificar a demonstração de orgulho;
Pelo discurso aberto e simples
Uma centena de vezes elucidado
Para buscar um outro de lucroE o trabalho do outro ganho
Tire o fardo do Homem Branco -E colher sua recompensa de idade:
A culpa desses vos melhor
O ódio daqueles guarda-sois
O grito dos exércitos vos humor (Ah lentamente) para a luz:
Por que vos trouxe-nos da escravidão,
Nossa noite egípcia preferida?"
Tire o fardo do Homem Branco -Ter feito com dia-infantil
O louro levemente oferecida,
O elogio fácil
Vem agora, para procurar a sua masculinidade
Através de todos os anos ingrata,
Frio cortante com sabedoria comparam,
O julgamento de seus pares!


A conferência de Bandung iniciou o movimento dos “Não-alinhados” isto é países que não aceitavam, se submeter a nenhum bloco de poder seja o Capitalista ou Socialista.


O império Japonês e uma excessão , país localizado no extremo Oriente, foi capaz de construir um gigantesco poder imperialista. Rivalizando com as Potências Europeias o controle sobre o continente Asiático. Os Japoneses por meio de invasões conquistaram amplas regiões, submetendo outras populações a um julgo implacavel de tirania. As práticas, utilizadas pelos imperialistas nipônicos, não se diferenciou das usadas pelos imperialistas Ocidentais. O império do Sol nascente estimulou uma doutrina de supremacia racial que colocou a raça nipônica em um, status de superioridade. Aplicando conhecimentos da ciência racista da Eugenia Europeia, os Japoneses criaram o conceito de Junketsu (Puro-Sangue). Os nipônicos aplicaram com fervor inúmeras teses de superioridade racial, tamanha dedicação foi um fator imprescindível na aliança que os Japoneses firmaram com os Nazistas na década de 30.

Por meio dessa pequena introdução e possível constatar que o imperialismo tanto como ideologia como prática e veemente racista. O imperialismo continua presente neste mundo, assumindo uma imagem renovada e mais sofisticada, modificando em alguns pontos sua dominação. Porém, mantendo ativo seus objetivos. A globalização econômica pode ser identificada como um imperialismo transvestido. As grandes corporações multinacionais que simbolizam a Globalização, tem prioridade em se instalar nos países não-brancos do terceiro mundo na busca de mão de obra de baixo custo. O imperialismo segue sendo o divisor que separa as nações brancas e ricas do hemisfério norte, dos países não-brancos localizados abaixo da linha do equador. O combate contra o imperialismo e assim definida uma luta contra o racismo.


Dicas:

Como parte da comemoração do bicentenário da Lei de Abolição ao Tráfico de Escravos (1807), a BBC 4, lançou um documentário sobre os efeitos do imperialismo associado ao racismo.













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