NÃO É HOJE

Sem fluxo

Sufixo

Crucifixo

Ibá assentado, benzedura da vovó

Recorri aos dias vividos na escravatura

Loucura inválida

Infalível receita de viver

Sem horas pro acaso, nada sobra

Todo o meu existir é consumido ao cerne

Vida que a morte cobiça

Não é hoje

Não
é hoje
Um negro dura aí uns sessenta anos se
bem usado.

É lucro arrebatado do pensante homem-dono.

Estou comprada e perdida entre os elos da
corrente e do incoerente.
(Poema originalmente publicado no Blog :

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