Pelé
a construção de um rei servil
Hoje completa 73 anos de nascimento, Edson Arantes do
Nascimento, o inconfundível Pelé. Maior jogador de futebol da história desse
esporte. Único tricampeão mundial, considerado o “atleta do século”. Sem dúvida um dos
brasileiros mais famosos é conhecidos mundialmente.
Pelé não foi apenas um ícone no esporte. Foi transformado
em algo maior. Uma referência de nacionalidade brasileira. Pelé serviu como de
um símbolo de uma pretensa integração étnica pacífica, base de nossa harmoniosa
identidade é nacionalidade, algo há servir tanto como garoto-propaganda de
consumo interno e externo. Um perfeito exemplar de garoto-propaganda da “Democracia Racial”.
Pelé nunca estendeu sua fama e prestígio para opinar a
respeito de assuntos políticos, sociais. Apenas a comovida declaração na
ocasião do seu milésimo gol, a onde bradou para que não esquecermos as criancinhas. Fora disso Pelé sempre foi marcado por argumentar asneiras.
Sua vida pessoal também não pode deixar de ser
contestada. O desprezo por suas duas filhas. Sandra Regina que faleceu de câncer
de mama em 2006, sem nunca ter podido experimentar qualquer amor paterno de Pelé,
teve que brigar na justiça para ser reconhecida como filha. E Flavia Kurtz que
somente teve reconhecimento por parte de Pelé, para evitar problemas judiciais.
O auge de Pelé foi a Copa de 1970 da qual ao lado de uma
geração de craques, triunfou brilhantemente.
No contexto político a repressão contra dissidência política é
militância armada estava em sua fase mais intensa, desaparecimentos,
assassinatos é práticas de tortura estavam sendo empregados de forma
generalizada, pelo aparelho de segurança do regime militar.
Seleção brasileira foi amplamente usada pelo governo de
Emilio Médici, para incrementar uma histeria patriótica. Unir toda a nação em
torno da torcida pela vitória da seleção canarinho. A conquista da taça Jules
Rimet produziu êxtase enquanto as massas comemoravam nas ruas, centenas de
militantes de esquerda eram submetidos a sevicias nos cárceres.
Essa relação de uso midiático e político de Pelé pela
ditadura cívico-militar, pode se constatada em uma entrevista que o “Rei” do
futebol, concebeu a jornal uruguaio La
Opinion, Montevideo. Questionado sobre o que considerada do governo,
declarou: ''Não há ditadura
militar no Brasil. O Brasil é um país liberal, uma terra de felicidade. Somos
um povo livre. Nossos dirigentes sabem o que é melhor para nós, e nos governam
com tolerância e patriotismo” (Entrevista a Amália Barran, 1972).
O talento para o futebol não se pode retirar dele. Contudo,
é se Pelé tivesse tido um comportamento diferente? Uma atitude mais
contestadora, ter uma opinião independente, defender os interesses do Povo Negro e dos pobres em geral, teria ele se tornado aquilo que e
considerado atualmente? Obviamente não. Edson Arantes do Nascimento o famoso é inconfundível Pelé foi um talento esportivo, mas um alienado fabricado.
KASSAN 23/10/2013
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