Rio de terror!

O nauseante foi o espetáculo de hipocrisia e cinismo expelido pelo governador e secretário de ''segurança pública'' do RJ, logo após os acontecimentos no bairro do Leblon, expõem as vísceras do racismo que impregna a classe dominante a onde vidraças quebradas no Leblon, são superiores a vida de pessoas mortas nas favelas e morros.

Atacar o Leblon recanto paradisíaco da burguesia e encarado pelo governo como um crime inadmissível. Quando se trata do BOPE exterminando pessoas impunemente no Complexo da Maré, esta dentro da ordem admissível.

Após os incidentes no Leblon, foi arquitetada a criação de uma comissão especial com a missão de investigar e detectar os ''vândalos'' que tem depredado o patrimônio da burguesia fluminense. Com o pomposo nome  de Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV) isso na prática significa que entrará um período agudo de repressão sistemática. Rastreamento eletrônico com auxílio de empresas como Facebook, obviamente será utilizado, assim como a empresa de Mark Zuckerberg colabora ativamente para o trabalho de espionagem do governo Obama, não se sentirá privada por escrúpulos em apoiar uma empreitada de tal semelhança no Brasil. Os ativistas, militantes severamente enfrentaram o peso da mão de ferro do Estado de classe.

A imprensa venal, especialmente comandada pela família Marinho, desde o crescimento dos protestos multitudinário, escolheu especificamente o modelo de protesto, considerado correto e conveniente, ou seja, o protesto  ''coxinha'', com idiotas de classe médias ás ruas cantarolando hino, segurando a bandeira nacional, e clamando pelo  ''fim da corrupção''.  Quando se trata dos oprimidos lutando conforme seus métodos de ação direta, logo prontifica em taxar como vandalismo. Há tentativa em apresentar de forma despolitizada qualquer resistência mais combativa ao regime do capital e um estratagema para convencer a população a não reconhecer a verdade sobre as motivações do justo ódio contra a classe rica e seu aparato estatal.

Há administração fascista de Sérgio Cabral e seu cão fiel José Mariano Beltrame vem expandido um Estado policial permanente nas comunidades pobres. Enquanto sucateiam as escolas públicas, hospitais investem grossos recursos no fortalecimento da polícia, compra de caveirões, helicópteros, uso de fuzis de zonas de guerra fazem parte desse processo de militarização.


Não há como se esperar justiça imparcial de um Estado de classe. Avizinha-se de prontidão o terror fascista, maquiado em nome da ordem pública, paz social e demais termos que escondam a venenosa hipocrisia da elite parasitária que não admite compartilhar contestação e acima de tudo oposição aos seus interesses.



Kassan 21/07/2013 

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