"Os homens negros que se recusam a categorização são raros, pelo preço de visibilidade no mundo contemporâneo da supremacia branca em que a identidade negra é definida em relação ao estereótipo que se incorporam [...] Os estereótipos negativos sobre a natureza da masculinidade negra continuam a determinar a identidades dos machos negros. ''




































- Bell Hooks, trecho  do livro: ''We Real Cool: Black Men and Masculinity''. 



Kassan 25/04/2013




Justiça Fail! 


Assistam o funcionamento da Justiça no Brasil: enquanto há um julgamento que contém farto material de provas, testemunhas cabais, declarações em abundância, os principais responsáveis mandantes diretos da carnificina nem sequer sentam no banco dos réus, noutro julgamento um dirigente partidário foi condenado à prisão em circunstância de não ter apresentado ''provas'' suficientes de sua inocência ao mesmo tempo também que não foram apresentados ''provas'' de sua culpa.



No Carandiru garantia de impunidade os graúdos chefões sejam os de farda ou de terno, pode se esperar apenas que os soldados de baixa patente sejam punidos, isso por que a condenação de um ex-governador é seu staff da área de segurança pública significaria a condenação da própria função desempenhada pelo aparato repressivo estatal é isso nunca será realizável pelo poder judiciário que por sua natureza também constitui parte dessa estrutura. No Mensalão prevalece uma bela pérola jurídica feita à medida para beneficiar os interesses da atual ala mandatária do Palácio do Planalto, longe de mover defesa José Dirceu e os demais petistas históricos, cuja trajetória envolve participações em negociações escusas com trustes multinacionais, sobre o disfarce de consultoria, para entregar a economia nacional aos ditames do capital financeiro, o midiático julgamento da Ação Penal 470 a qual foram sentenciados foi acondicionado com vista a eleição presidencial de 2014, eliminando um fragilizado Lula e seus companheiros de Articulação, abrindo caminho livre a renovação de mais um novo mandato para Dilma.



Kassan 22/04/2013 


''Kill the boer, kill the farmer!'' (Mate o bôer, mate o fazendeiro). Eram os versos de uma canção que se tornou famosa entre os círculos militantes que então combatiam o apartheid. Entoada como uma forma de resistência contra a casta de opressores. Mandela chegou a cantar a música após ser libertado, no entanto com o término do regime segregacionista, a música foi considera inapropriada para a nova fase em que o país adentrava.

Voltou a chamar atenção quando Julius Malema, ex-líder da ala jovem do CNA, cantou os versos como forma provocativa aos remanescentes da extrema direita Afrikaner, que lamentavam o assassinato de Eugene Terre'Blanche, líder do Movimento de Resistência Afrikaner (Afrikaner Weerstandsbeweging - AWB), principal organização que reivindica a criação de uma república independente para o povo Bôer.






Kassan 21/04/2013




E preciso responder á altura! 


Estão repercutindo vários casos de agressões cometidos por skinheads/neonazistas em diversas partes do país. São casos idênticos, agressores sempre batem em alvos que não podem se defender. São ações feitas as vezes em dupla, grupo contra uma única pessoa. Depois de ocorrer a violência entra em cena comissões de direitos humanos com cantilenas, polícia em alguns agressores são até presos e depois soltos para responderem em liberdade aos crimes. Não há uma resolução punitiva rígida. O Estado coloca seu aparato judiciário apenas para ágil funcionamento quando se trata de crimes de natureza patrimonial, delitos contra a vida são atomizados, ainda mais quando se tratar de pessoas pobres, negras.  




Essa impunidade que possibilita uma atmosfera propícia para esses novos fascistas de fazerem essa onda de violência, baseada em intolerância é discriminação racial e social. Não poderá ser possível ver no Estado o interventor imparcial que colocará término a isso. E erro simplesmente depositar a responsabilidade sobre Estado é crer que tudo se resolverá, assim tão placidamente. Somente a ação direta, vai por cobro não adianta remediar com evocações sonsas sobre direitos humanos ou idílicos discursos que não leva a nada.  E preciso adequar-se a linguagem correspondente a que esses indivíduos sabem compreender. Em questão não se esta lidando com pessoas inocentes são pessoas conscientes do lado que escolheram e entendem a dimensão de suas atitudes. O Movimento Negro necessita dar uma resposta enérgica, contra movimento neonazista. Essa sim a única forma de fazer justiça é honrar as vitimas dessa escória brutal é a paralisando ''POR QUALQUER MEIO NECESSÁRIO'', lembremos dessa lição nós ensinada por Malcolm X.




Kassan 11/04/2013 



Margaret Thatcher is dead! 


Como primeira-ministra, Margaret Thatcher sempre se manifestava contra a libertação de Nelson Mandela, a qual considerada ser um ''terrorista''. Seu governo forneceu apoio ao regime do Apartheid, juntamente com os EUA então governo pelo republicano Ronald Reagan. Negando-se a aceitar as sanções contra o governo racista. Margaret Thatcher e Ronald Reagan foram responsáveis por viabilizar a introdução das políticas econômicas neoliberais em seus respectivos países, servindo de base para adoção em outros países inclusive no Brasil, no governo de Fernando Collor, seguido por Fernando Henrique Cardoso.


Após a saída de Mandela do cárcere e reconhecendo no mesmo seu compromisso em não ser uma ameaça a economia de mercado, propriedade privada dos grandes meios de produção na África do Sul, tendo a certeza de que o governo do CNA não representaria riscos aos investimentos imperialistas britânicos, então reconheceu Mandela como um homem ''honroso''.

Inimiga mordaz da classe trabalhadora inglesa, uma cúmplice do racismo, querida dos ricos, essa foi a ''Dama de ferro'' que hoje repousa em eternidade.




Kassan 08/04/2013