Africom perigo sobre a África!
O Pentágono direcionou
para o continente Africano um contingente militar com uma missão específica. Essa
missão recebeu o nome de Comando África -
Estados Unidos, conhecida pela abreviatura Africom, ou também por USAFRICOM
iniciado no ano de 2008, sendo a concretização de um projeto que estava sendo
gestado há pelo menos uma década.
O Africom oficialmente
tem objetivo de fortalecer a cooperação de segurança com países africanos, favorecendo
o combate a organizações “terroristas” ao mesmo tempo em que presta ajuda para
o formento ao crescimento econômico, desenvolvimento social é aprofundamento
das instituições democráticas. Mesmo estando focado para operar no continente
africano sua sede administrativa fica situada na cidade alemã de Stuttgart.
Do
colonialismo ao neocolonialismo
Após o término
da 2° guerra os países europeus arrasados pelo conflito principalmente França é
Grã-Bretanha tinham que concentrar seus esforços em suas respectivas
recuperações, como consequência o modelo de exploração colonial que havia sido implantado
após a Conferência de Berlim, não era mais viável, aumentava entre os povos
colonizados um sentimento de libertação, que se encaminhava para um processo
que levaria a ruptura violenta da dominação estrangeira. Sendo inevitável a
independência das nações africanas, as potências se adiantaram é passaram a
operar em alguns países essencialmente importantes por suas riquezas de
recursos naturais, transições
controladas de poder, feitas de forma palatina,
selecionando cuidadosamente elementos confiáveis de uma classe dominante nativa
que nascia umbilicalmente atrelada a seus interesses. Objetivo era evitar que
os países africanos fossem assumidos por regimes políticos radicalizados.
Esse novo
modelo de dominação surge o chamado neocolonialismo que tem como função conservar
os seus interesses econômicos das ex-metrópoles. Um dos principais líderes
africanos do século XXI, Kwame Nkrumah presidente de Gana foi um dos primeiros
a fazer o apontamento do neocolonialismo como um dos principais empecilhos para
efetivação da independência africana. Em
seu influente livro: “Neo-Colonialismo,
a última etapa do imperialismo”, Kwame Nkrumah definiu as táticas
utilizadas pelos neocolonialistas, que incluíam sabotagens terroristas, uso de
contrapropaganda psicológica em massa, apoio logístico a golpes militares. As
seguidas derrubadas de governos de corte socialista ou nacionalistas como de Patrice
Lumumba, Modibo Keïta, Thomas Sankara são nitidamente identificadas como
resultado da presença do neocolonialismo. O próprio Nkrumah seria destituído do
poder por um golpe orquestrado por oficiais das Forças Armadas Ganeses com auxílio
da CIA.
Face
do Africom
O Africom compreende
a estratégia do Departamento de Defesa norte-americano, para barrar o crescente
aumento da penetração do imperialismo chinês nos países africanos. Garantindo a
hegemonia imperialista na África, que será uma reserva de muita utilidade em um
período futuro. Por sua característica o
Africom representa atualmente a mais agressiva iniciativa de neocolonialismo no
continente africano.
Devido a seu
caráter pusilâme a União Africana (UA), passiva não oferece resistência, a essa iniciativa do imperialismo ianque que
arrasa a já parca soberania africana. Não se deve confundir a UA com a
Organização da Unidade Africana (OUA) fundada em 1963. Apesar de se apresentar oficialmente a UA criada
em 2002 não corresponde verdadeiramente como organização sucessora da OUA, se
limitando a ser um organismo burocrático sem conteúdo de plataforma
Pan-africanista.
O Comando
militar estadunidense tem beneficiado governos títeres, prestando auxílio
através de treinamento das forças de segurança locais que serão utilizadas para
reprimirem as massas populares em situação de conflito. Países que dispõem de
recursos minerais e energéticos têm recebido amplo foco. O adminículo norte-americano
se estende tentando galvanizar apoio junto às populações civis com prestação de
assistência médica é parcerias em projetos educacionais. Por detrás dessa roupagem humanista, esta o
cravar das garras dos EUA sobre a África. O documentário “Kony” serviu como peça
propagandística ao Africom, devido ao
ponto que o documentário que traz consigo uma série de informações distorcidas
e manipuladas, chega ao ponto de clamar por um aumento da presença militar
norte-americana na África, tudo é claro sobre uma justificativa supostamente humanitária.
Derrotar
o Africom como etapa da libertação Africana!
A história tem comprovado as verdadeiras motivações que levam os Estados Unidos a se projetarem sobre a África. Do suporte aos golpes contra Patrice Lumumba, Kwame Nkrumah, ao apoio as guerrilhas contrarevolucionárias em Angola por meio da UNITA ou em Moçambique através do Renamo, a conivência por anos com líderes facínoras como Mobutu Sese, Charles Taylor, a compactuação com a África do Sul durante o período do Apartheid, a ingerência militar na Somália durante primeira metade da década de 1990, chegando a recente
destruição do regime nacionalista de Muammar Kadafi, que as duras penas ainda se esforçar em levar
o ideário Pan-africanista adiante, tudo isso não permitem análises vacilantes sobre as intenções dos Estados Unidos no continente
africano.
Os
revolucionários africanos que ainda se mantém em ativos na trincheira da luta
antiimperialista, estão atomizados diante a essa condição, não possuindo forças
é apoio popular necessário para rechaçar os planos geopolíticos de Wasghinton
na África. Repelir essas é tantas outras investidas neocolonialistas transvestidas
de missões humanitárias se forma como um dever da mais alto obrigatoriedade. Por meio de uma frente única que englobe todos os países sobre o tacão do imperialismo é neocolonialismo a revolução Pan-africanista no século XXI deverá ser feita como a finalidade de levar a cabo a destruição total de todos os tentáculos que mantém o
continente da Mãe – África sobre o domínio dos exploradores seja europeus,
norte-americanos ou chineses.
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