Rondó da Liberdade

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.

Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir quando não se é livre.
E, no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.


Carlos Marighella




P.Kassan 27/10/2010


Dormir Acordado


Revele-me os mistérios
Pode você dizer-me o que significa?
Explique estes movimentos e metáforas
Destrave estes segredos em mim
Descreva sua visão, o significado falta
Qualquer um não escutará?

Defina os enigmas de minha mente
Nada é realmente o que parece

Sonhando com Sião, acordado
Dormir Acordado
Sonhando com Sião, acordado
Não consigo parar de dormir acordado

Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
Você sente o que eu sinto?
Não consigo parar de dormir acordado
Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
Você sente como eu sinto?
Não consigo parar de dormir...

Você pode vê-lo? A escrita,
Pode me dizer o que significa?
Traduza os símbolos, enigma
As expressões continuam me questionando
A mensagem está escrita, o significado falta
Qualquer um não escutará?

Profetize, interprete os sinais
Nada é realmente o que parece

Sonhando em Sião, acordado
Dormir Acordado
Sonhando em Sião, acordado
Não pode parar de dormir acordado

Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
Você sente o que eu sinto?
Não pode parar dormir acordado
Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
Você sente como eu sinto?
Não pode parar dormir acordado

Você vê o que eu vejo?
Pode você ouvir o que eu ouço?
E você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
E você sente como eu sinto?
E pode você sonhar como eu sonho?

Você vê o que eu vejo?
Pode você ouvir o que eu ouço?
Ou você sente como eu sinto?
Ou você sonha como eu sonho?
Qualquer um vê-me?
Qualquer um ouve-me?
Qualquer um sente-me?
Qualquer um lá fora?!?

Sonhando em Sião, acordado
Dormir Acordado
Sonhando em Sião, acordado
Não pode parar de dormir acordado

Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir-se o que eu me ouço?
Você sente o que eu sinto?
Não pode parar dormir acordado
Você vê o que eu vejo?
E pode você ouvir o que eu ouço?
Você sente como eu sinto?
Não pode parar de dormir acordado

Qualquer um vê-me?
Qualquer um ouve-me?
Qualquer um sente-me?
Alguém aí fora?!?



P.Kassan 25/10/2010.

''PAC do Obama'' é plano de guerra.

A administração Obama anunciou, no dia do Trabalho do USA, um pacote de US$ 50 bilhões em obras de infraestrutura para os próximos seis anos, alegadamente para recuperar a economia ianque em agonia. É o "PAC do Obama". Mas os objetivos do PAC de lá vão além dos do PAC de cá, o de Luiz Inácio, programa eminentemente eleitoreiro e de socorro às empreiteiras que financiam o PT.

O PAC do Obama também tem cunho eleitoreiro, tendo em vista que mais um sufrágio farsesco se avizinha no USA, desta vez para renovar o Congresso ianque, e a facção política de Obama, o Partido Democrata, arrisca ficar sem maioria no legislativo por causa da insatisfação generalizada dos trabalhadores de lá com o desemprego e com a precarização contínua das suas condições de vida.

Além disso, porém, o PAC do Obama parece servir à preparação da infraestrutura e da economia ianques para uma nova grande guerra imperialista, bem como o "New Deal" ("Novo Ajuste") de Franklin Roosevelt, um enorme programa de obras públicas que funcionou como preliminar visando a solução final dos monopólios para o problema do crescimento econômico. No caso, o desaguadouro da crise de superprodução da década de 1930 na segunda grande guerra imperialista pela partilha do mundo entre as associações de capitalistas das grandes potências.

VIRAM AS BETONEIRAS E RUFAM OS TAMBORES

No início daquela década, o USA tinha 14 milhões de desempregados. Com o "New Deal", a administração Roosevelt construiu ou restaurou 400 mil quilômetros de estradas, levantou 40 mil escolas e instalou 3,5 milhões de metros de tubulações de água e esgoto. No final da década de 1930, o USA ainda tinha 9 milhões de desempregados, e o problema só foi minimizado mesmo quando a crise de então descambou para a guerra.

Os economistas mais consequentes, mesmo os que trabalham para a burguesia, aprenderam uma lição com o "New Deal": investimentos em infraestrutura não estimulam a economia capitalista rapidamente. Hoje, o USA tem 15 milhões de pessoas que não conseguem encontrar trabalho. O PAC do Obama prevê a recuperação de 240,4 mil quilômetros de estradas e a construção de 6,4 mil quilômetros de ferrovias. Tendo em vista que o prazo do plano é de curtos seis anos, tudo indica que o "New New Deal" da atual administração ianque serve aos mesmos propósitos a que o "New Deal" serviu há 80 anos. Trata-se de uma política de guerra, visando a guerra, pensada para a guerra, para esperar a guerra, para ser complementada com a guerra.

Não é por acaso que o PAC do Obama tem orçamento de US$ 50 bilhões, enquanto os gastos militares anuais com os esforços já em curso pela partilha do mundo estão na casa do trilhão de dólares. O imperialismo vira as betoneiras em casa ao mesmo tempo em que faz rufar os tambores do enfrentamento com os outros blocos de poder global.

Fonte: Nova Democracia.

Data: 20/10/2010


Uma escola que ensine o povo a governar



A consigna de uma escola ligada à produção já esteve mais presente nas pautas reivindicativas, tanto de professores como de estudantes. Ao que tudo indica os especuladores obtiveram mais essa vitória: incutir na cabeça dos que poderiam ser a vanguarda da luta pela melhoria do ensino e, por um ensino voltado para a realidade brasileira, que produção é coisa do passado. Agora com a "globalização" (palavra chave que esconde a ação do imperialismo), que levou a mais completa internacionalização da economia brasileira, fechando indústrias que empregavam milhões de operários para importar as mercadorias que produziam, a juventude deve entender é de especulação, jogatina, bolsas e papéis, etc., ou, o que talvez seja melhor para eles, não entender de nada.

Em nossa história recente tivemos algumas experiências que, por serem parecidas com o ensino voltado para a produção, podem levar à compreensão de que é a mesma coisa. Trata-se das escolas profissionais, liceus de artes e ofícios e as escolas técnicas industriais e agrícolas, bem como a do chamado ensino profissionalizante, os três primeiros disseminados nas décadas de 50 e 60 e o último na década de 70.

Na verdade o ensino profissional incrementado na década de 50 visava dar suporte ao processo de industrialização do país e, portanto, atender à demanda por mão-de-obra qualificada. Um programa de formação de mão-de-obra, para atender às montadoras que estavam se instalando no Brasil, suas fábricas satélites e oficinas de manutenção mecânica, elétrica, etc. E, muito embora, formassem, treinassem e aperfeiçoassem operários e técnicos, isto não era ensino voltado para a produção.

Na década de 70, para atender à expansão do setor de serviços, vieram os cursos profissionalizantes de contabilidade, administração, secretariado, turismo, etc., cursos montados sobre currículos que, a bem da verdade, nem formavam profissionais por serem quase todos "teóricos" – muitos professores de mecanografia limitavam-se às aulas de datilografia usando cartazes com desenho de máquinas e teclados, como também não preparavam os alunos para o vestibular, na medida em que não ensinava a matemática, a física, a química e a biologia exigidas no concurso. Isto também não era ensino voltado para a produção.

A formação de profissionais cultos, este deve ser o conteúdo da consigna ensino voltado para a produção. Está implícito neste conteúdo que os interesses nacionais estejam no centro da proposta educacional, o que exige, para sua satisfação, que se incorpore os últimos avanços da ciência e se destine às amplas massas, não se descuidando de resgatar as melhores tradições do povo brasileiro.

Escolas em que, ao mesmo tempo se estude os fundamentos da ciência, se debata a sua melhor aplicação em favor da sociedade; escola em que operários fabris sejam chamados a, junto com jovens alunos, discutir o processo produtivo; escolas em que o ensino, o trabalho e a luta em torno das opções, tecnológicas, políticas e sociais estejam integradas e pulsando no dia a dia do coletivo educacional.

É impossível a governos eleitos em cima de plataformas dóceis ao imperialismo, adotarem essa consigna. Suas preocupações estão voltadas para honrar os compromissos internacionais do Brasil, o que significa raspar o tacho para repassar ao FMI, ao BID e ao BIRD o resultado do suor dos brasileiros.

Só resta, então, àqueles que não arriaram a bandeira, organizar escolas populares na cidade e no campo que, correndo por fora das balizas institucionais, iniciem um processo de formação de operários e camponeses cultos, ao mesmo tempo em que, dentro das escolas tradicionais se reintroduza não apenas a consigna, mas se organize, efetivamente, a luta em prol do ensino voltado para a produção.



17/10/2010.










George Jackson, inimigo do Estado ianque

No dia 23 de setembro último, a Liga Socialista George Jackson e o Fórum de Comunidades Pan-Africano realizaram uma celebração em homenagem ao revolucionário George Jackson, na ocasião do seu 69º aniversário.

George Jackson nasceu em Chicago, Illinois, em 23 de setembro de 1941.Para muitos, ele é ainda desconhecido, mas para o imperialismo ianque ele era um perigo iminente. Por isso, George Jackson passou mais de uma década detido, sendo os sete últimos anos em completo isolamento, em quatro diferentes cárceres, sustentando firmemente sua inabalável convicção revolucionária.


George Jackson foi prisioneiro político do maior inimigo dos povos do mundo, o USA, um incansável lutador pelos direitos dos pobres, dos negros e de todos os povos do mundo.


Na cadeia, Jackson resistiu à brutalidade e se forjou como aço, se educou através da luta contra o sistema prisional bestial. Com Malcolm X, Frantz Fanon, Stokely Carmichael, e outros defensores dos direitos dos negros no USA, edificou uma fortaleza que só pôde ser suplantada pelo Estado através de seu assassinato.

George Jackson foi um dos fundadores e o membro mais destacado da Família da Guerrilha Negra (Black Guerrilla Family), organização revolucionária clandestina criada desde as prisões pelo Partido dos Panteras Negras, cujos membros constituíam um exército para executar ações armadas.


George Jackson imortalizou seu ideal de resistência e sua luta com a publicação da obra Soledad Brother (Irmão Soledad*): As Cartas da prisão de George Jackson.


Durante uma suposta tentativa de fuga, cujo desenrolar ainda é bastante obscuro, em 21 de agosto de 1971, os guardas da prisão o executaram com um tiro nas costas. George Jackson tinha então 29 anos de idade.


Seu funeral foi um grande ato de protesto. Centenas de pessoas compareceram para prestar honras ao Irmão Soledad, George Jackson.


Um pouco da história de George Jackson e sua luta pode ser visto no filme Agosto Negro, produzido em 2007.



11/10/2010

Fonte: AND (A Nova Democracia)


P. Kassan 11/10/10









Eleição nunca muda!

P.Kassan

Através do manto da "sagrada democracia", inicia-se e terminam-se campanhas e absolutamente em nenhuma circunstância e demonstrado a natureza de classes do Estado brasileiro. O regime de governabilidade, o funcionamento das instituições e dos partidos na e amplamente discutido. No centro a existência de um Estado marionete regido pelas mãos das classes reacionárias que impõem ao povo a mais aguda condição exploratória, tudo isso realizado por intermédio de uma grande farsa eleitoral.


Esta famigerada encenação termina apenas nos dias 3 (data do primeiro turno) e 31 de outubro (a onde houver necessidade de segundo turno), quando o eleitor voltará às urnas. O tão ufanado "sufrágio universal" se descreve simplesmente em um minúsculo momento apresentado como o "ápice do gigantesco processo democrático-representativo", quando oferece a população a infeliz sorte de escolher seus "representantes" — já que essa formidável democracia "avançada" não a deixa governar diretamente.


Enquanto isso os programas dos partidos legalmente reconhecidos e registrados pelo TSE tem por excelência o mesmo padrão. As candidaturas lançadas apenas podem apresentar diferenças triviais. A classe burguesa associada ao latifúndio mantém seus interesses setoriais preservados é intocáveis. Em torno dessas classes e formado agrupamentos mafiosos que se auto-definem como "partidos", com suas cortes de diretorianos, dos quais o mais "preparado" sai como candidato majoritário, seguido pelos que pleitearão cargos proporcionais e os que empenharão todas as forças para ocupar os cobiçados cargos comissionados.

Durante a farsa eleitoral a imagem das ruas e praticamente a mesma. Um enorme volume de material de campanha imunda as cidades: adesivos, bonés, camisetas, cartazes, chaveiros, outdoors, panfletos, santinhos é carros de som (com suas vinhetas e músicas irritantes) tudo isso provocando uma imensa poluição em todos os níveis.



Uma breve analisada em alguns Estados:

MG: Reeleito o candidato tucano Antônio Anastasia, com o intuito de manter a mesma política de seu antecessor Aécio Neves que agora mantém a vaga de senador. Anastasia é um típico tecnocrata burguês com impecável formação acadêmica, durante a gestão de Aécio foi um dos responsáveis diretos pela elaboração do chamado "Choque de Gestão" que sobre a propaganda oficial e apresentado com uma política de austeridade fiscal é contenção de dispensas e racionalização de recursos públicos, mais na pratica o "Choque de Gestão" parte do princípio do receituário neoliberal de corte em investimentos em áreas como educação, moradia, saúde e entre outros. Anastasia e o mesmo que durante a campanha prometeu prover as melhorias no ensino público, mais ele foi o mesmo que reprimiu com ferocidade a greve dos professores da rede estadual que reivindicavam aumento de salário, mantido congelado em decorrência do "Choque de Gestão". O governo Aécio Neves-Anastasia aplicou um formando estadualizado de neoliberalismo afetando milhares de trabalhadores.Com sua permanência na cidade administrativa, como e chamado a nova sede do poder executivo em MG e garantido a continuação do famigerado "Choque de Gestão''.


RJ: Obtendo a vitória em 1° turno Sergio Cabral (PMDB) consolida-se a frente de um Estado que se tornou referência na aplicação de políticas sistemática de criminalização de pobreza. Se seu primeiro mandato foi marcado pela intensificação do aparato policial que ganhou um suporte super-beligerante para atacar e reprimir as comunidades pobres, tudo garante que em seu segundo mandado haverá uma continuação rígida desses procedimentos. Para o prosseguimento de sua gestão, Sergio Cabral terá seu orçamento turbinado pelos Royalties do pré-sal. A eleição ofereceu a população carioca o direito de escolha entre: o fascista Cabral ou senão do "ex-guerrilheiro" regenerado ao capitalismo e oportunista agora apoiador de José Serra Fernando Gabeira.



SP: A volta de Geraldo Alckmin representando a burguesia industrial paulista. Sendo os tucanos representantes legítimos da classe dominante de São Paulo, não foi preciso alterar a condução do Estado. Em disputa direta com Aloísio Mercadante, o suposto membro da Opus Dei Geraldo Alckmin ganhou o pleito sem grandes dificuldades. Assim como Minas Gerais, SP se mantém como um reduto do PSDB, que caso saia derrotado da eleição presidenciável, reforçara suas forças para o sufrágio de 2014.


Um novo mitificado candidato e escolhido pelas massas:

Com toda certeza o eleição de Francisco Everardo Oliveira Silva o famoso Tiririca com o total de 1.352.173 votos, ou 6,35% do total dos votos válidos em São Paulo foi um espetáculo a parte. Mais uma vitória desse tipo e demais, para se aceitada. Tiririca como deputado federal é uma afronta ao empafioso sistema político, marcado por faces envelhecidas e conversadoras. Para os carolas reacionários sua eleição e como um efeito desmoralizador em uma democracia já completamente apodrecida e viciada em esquemas sórdidos. Anteriormente a isso o falecido ultranacionalista Eneas Carneiro roubou a cena e se tornar o deputado com mais votos da história do Brasil. Como em determinados acontecimentos excepcionais tem existência curta, já se inicia a tentativa de barrar, o acesso de Tiririca a câmara Federal sobre a alegação que o mesmo é um analfabeto funcional.


P. Kassan 06/10/2010


Nota de opinião

P. Kassan

Contagem regressiva dia 03/10/2010 o Estado reacionário nacional convoca (obriga) a população a comparecer as urnas para eleger e dar “legitimidade” aos famigerados inimigos do povo para ficarem empoleirados na maquina estatal, por um prazo de quatro anos cumprindo a função de gerenciamento de um sistema de exploração e opressão.

Como sempre a campanha foi marcada pela mesma continuidade medíocre. Briga de frações disputando o abocanhamento do Estado eis um resumo do processo eleitoral. Desde o retorno das eleições diretas, a onde o povo conquistou o “direito” a eleger seus representantes e determinar seu próprio futuro, o que realmente se modificou de positivo?

Por consecutivos governos manipulando as massas, as condenando as piores situações de existência, reprimindo com brutalidade qualquer tentativa de mudança. Uma permanência de elitistas representando os interesses da classe dominante é do imperialismo.

A cada eleição-farsa os monopólios de comunicação se esforçam em afirmar que a “democracia” Brasileira se aprofunda é aprimora. Apesar dos pesares á “democracia” fica mais forte. Nada mais do que falso. As eleições-farsa servem apenas para vender a ilusão de uma suposta capacidade do povo em conseguir controlar o próprio destino.

A exaltada “democracia” representativa Brasileira demonstra suas limitações a tornando a questionável. Um regime que não e capaz de elucidar os fatores centrais responsáveis pela condição do país.

Na disputa presidencial foi uma superação de cinismo é oportunismo tudo típico. Candidatos se esforçando em convencer de que são as melhores opções.

Dilma Rousseff: Para garantir popularidade fez uma campanha na sombra de gerente de turno Lula. Apresentando a idéia que dará continuação a obra feita pelo oportunista Lula. Com plena certeza seu governo não irá alterar em nada o receituário estes últimos 8 anos. Dessa forma não é possível esperar que a economia ganhe liberdade em relação ao capital financeiro internacional, ainda prevalecerá a obediência as regras ditadas pelo FMI, a espoliação das riquezas será feita sem o menor pudor pelas empresas multinacionais. O território da Amazônia continuará a passar a ser cada dia mais ocupado pelo imperialismo, sobre todas as formas Enfim nada mudará.

José Serra: Dessa vez o PSDB se superou na propaganda. Os marqueteiros contratados pelos Tucanos tentaram fazer o impossível. Transformar apático José Serra em um “Zé” do povão. Para isso se valeu de tudo. Mostrando ao público uma faceta desconhecida de Serra, do homem simples de origem pobre que fala em linguagem informal que faz piadas, o marido amoroso, pai prestativo, o avô carinhoso. Tudo isso na tentativa de humanizar o candidato da “direita” e fazer esquecer os fatídicos anos de governo FHC.

Marina Silva: Representando uma presença “renovada”. Supostamente desligada dos esquemas da política institucional, uma figura neutra. Como sendo do PV sua candidatura se baseou na ênfase da defesa do Meio Ambiente. Com um slogan fraquinho de “Construir sem destruir” não expôs de maneira direta de que o culpado pela devastação ambiental e o capitalismo burocrático, é suas praticas exploratórias por ele imposto que sugam incessantemente os recursos naturais.

Sem exceção todos os candidatos seguiram um script pré-determinado. Durante a campanha presidencial existem palavras é assuntos que devem ficar totalmente de fora da discussão tais como: Burguesia, capitalismo, imperialismo, latifúndio, luta de classe é racismo. Nada disso deve ser tocado. No lugar disso e preciso mostrar promessas milagrosas de salvação. Outro fato causador de náuseas e sem duvida os depoimentos “imparciais” de pessoas pobres aos candidatos sustentados por milhões de reais doados pelas grandes empresas. São sempre pessoas de fisionomia desgastadas, com linguagem simples para demonstrar que é gente do povo, dizendo palavras “sinceras” de apoio a pessoas das quais não sabem sequer uma linha do programa de governo. Já os gigantes que irrigam as campanhas com milhares de reais ficam como sempre ocultos.

O contorcionismo marqueteiro e muito audaz, pois tem a missão de fazer com que os candidatos sejam associados aos pobres, fazendo se entender que ao chegar ao poder estes mesmos candidatos governaram em benefícios dos menos favorecidos, porém isso não pode em hipótese alguma representar o estimulo ou inventivo ao antagonismo de classes. Pode-se falar palavras em solidariedade aos pobres, mais jamais se colocar contra a burguesia é o latifúndio.

Mesmo abafada pela mídia “oficial” a vontade de resistir a esta farsa eleitoral cresce. A consciência do povo amadurece e percebe pouco a pouco a natureza desse sufrágio fraudulento.

"A eleição é como uma bala. Você não joga suas cédulas até você ver um alvo, e se esse alvo não está no alcance, mantenha seu voto em seu bolso."(Malcolm X)


P.Kassan

02/10/2010