Steve Biko, 37 anos  da morte de um guerreiro!

Em 12 de setembro 1977, devido a ação de tortura e maus tratos, Steve Biko um dos principais líderes do movimento Consciência Negra, morre sobre enquanto estava em custódia da polícia de segurança do Apartheid. 

Steve Biko na condição de ativista e intelectual foi responsável por estruturar uma linha de pensamento que desempenhou importante função no movimento de resistência e luta contra o apartheid.

Em sua pauta teórica reivindicava a necessidade do protagonismo africano em sua própria missão de libertação, rejeitar o paternalismo de grupos brancos politicamente liberais. Era preciso que o povo alcançasse primeiramente uma revolução cultural para descolonizar-se de ideias instaladas através da opressão racial. Para Biko a concepção da Consciência Negra significava uma revitalização de valores em defesa do bem-estar coletivo.

Steve Biko estimulava a população a utilizar táticas de ação direta de desobediência civil a autoridade do Estado sulafricano, sem recorrer a violência. Com o aumento de sua influência política, vieram a intensificação de perseguições, impedimento ao direito a expressão, o regime o transformou em um inimigo de Estado a ser detido a qualquer custo. O apartheid obrigava a população africana a utilizar uma carteira de identificação, era crime não portar esse documento, Biko era contra o uso desse documento e por não estar usando a carteira foi preso pela polícia e conduzido a prisão em 18 de agosto de 1997. Durante o cárcere foi submetido a sessões de torturas, e devido a negligência médica, não resistiu aos ferimentos e morreu em 12 de setembro de 1977.

Sua morte produziu um forte impacto sobre a comunidade negra o tornou de herói á mártir para milhares de pessoas. Em 25 de setembro de 1977 seu funeral  realizado na cidade de King William foi acompanhado por cerca de 15.000 pessoas. Crime teve repercussão internacional, gerou um aumento das pressões contra o regime racista, que por questões geoestratégicas contava com apoio do governo dos Estados Unidos, Inglaterra, Israel. A morte de Biko também refletiu em um apelo para intensificação da resistência interna. O próprio Biko ciente do momento histórico, e da natureza da luta de que participava apreendeu a não temer a morte, em sua última entrevista declarou: ''ou você está vivo e orgulhoso ou você está morto. E quando está morto não se incomoda com nada.'' Sua vida se tornou um poderoso legado de animo e coragem, cujo morte física não e suficiente para apagar.

Que sua estrela continue a brilhar onde seja preciso pelejar contra o racismo e a opressão.



Steve Biko presente!




Kassan 12/09/2014

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