Despertar Espiritual

O despertar espiritual é um processo, uma jornada, que começa com se esta perdido e confuso. Como a história do cisne que cresceu pensando que era uma galinha, você provavelmente começou com uma autopercepção muito distorcida. E não importa o quão bem você esteja realizado no mundo de alguma forma, você acabou se sentindo doente e mal. Na verdade, o melhor que você faz nesse mundo de necessidades fabricadas pior se torna para você espiritualmente. Não importa o quanto você adquire, isso nunca vai satisfazer a sua alma. Não importa o quão devoto cristão ou muçulmano que você é isso nunca irá reconectar você sua promessa ancestral. Afinal, essas são doutrinas que são reconhecidamente destinados a servir a um grupo limitado, exclusiva do povo escolhido, que pertencem a uma pequena minoria da população humana. Ela deveria ser nenhuma surpresa que o paradigma  judaico-cristão e islâmico criou uma economia de falsa escassez, escravidão da terra e terror implacável em cima de um outro. O despertar espiritual verdadeiro é uma função do desenvolvimento da identidade. 


Certamente você é muito mais do que o que está contido na Torá, Bíblia e no Alcorão! Você é filho do Universo! As estrelas, os rios e o fluxo eterno da linhagem ancestral todos conspiram para torná-lo perfeito e inteiro. Até você poder olhar para si mesmo e para o mundo através de seus próprios olhos, você vai estar a tentar ver o universo através de uma pinhole. Assim, o mundo continua fragmentado e seu destino estará incompleto. E assim os anciãos rezam para que Orunmila olhe para nós com abençoados olhos, porque foi ele quem testemunhou a nossa seleção original do destino. Aqueles que Orunmila encara com os olhos do céu têm riqueza, saúde e longevidade. Você também pode aprender a ver a si mesmo e ao mundo em que vive com os olhos do céu, para que você possa abençoar e elevar aqueles que você nasceu para servir. Ase! 






Kassan 31/01/2013


Angela Davis, mulher revolucionária! 

Angela Davis e uma mulher que personifica bem a radicalização do movimento político dos afro-americanos entre as décadas de 1960 e 1970. Sua imagem transpirava rebeldia, com seus vastos cabelos crespos era afirmação do Black Power, do poder para o povo. Era um tempo de turbulência revolucionária onde a opressão racista seria combatida pela insurgência da juventude oprimida. Por seu protagonismo vigoroso, por sua militância inabalável, Angela Davis não pode ter seu nome apagado da história de luta e resistência tanto nos Estados Unidos, como em todas as partes do mundo solidárias a perspectiva de mudança econômica, política e social. 


Angela Yone Davis nasceu em Birmingham, Alabama em 20 de janeiro de 1946. Filha mais velha de um total de quatro irmãos de um empreendedor do setor de mecânica de automóvel de nome B. Frank Davis e de uma professora chamada Sally E. Davis. Desde criança, Angela Davis já soube o que era racismo e o que ele ocasionada brutalmente contra a comunidade negra. O bairro a onde ela e sua família moravam, era conhecida como ''Dynamite Hill'' (Colina Dinamite) essa denominação se devida aos constantes ataques á bombas realizados pela Ku Klux Klan a casas de afro-americanos. Era uma prática terrorista que os integrantes da Ku Klux Klan, utilizavam para intimidar a comunidade local a não aderirem a iniciativas pelos direitos civis.


Sua mãe era ativista da NAACP ( Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor), organização mantinha na ilegalidade no Alabama. Angela Davis durante a infância frequentou escolas segregadas em Birmingham até que em 1959, se muda junto com a mãe para New York, Sally E. Davis foi obter um mestrado pela Universidade de New York e Angela para continuar seus estudos, foi matriculada na Elizabeth Irwin High School, em Greenwich Village, também em Nova York. A escola de Elizabeth Irwin tinha um histórico de presença de atividade política de esquerda, tanto que muito de seus professores sofreram perseguições durante a fase do macarthismo. Durante seu período de estudante Angela Davis, foi introduzida a leituras políticas de matiz socialista e participou de grupos de debate, toma gosto pela compreensão da filosofia, se torna comunista.

Ao se formar no ensino médio em Elizabeth Irwin, em 1961 é premiada com uma bolsa integral para cursar filosofia na Universidade Brandeis em Waltham, Massachusetts. Ao chegar à universidade, ela era apenas uma de um total de três estudantes negros ingressados como calouros.

Em 15 de setembro de 1963, como forma de retaliação ao movimento pelos direitos civis, supremacistas brancos atacaram com bombas uma igreja batista afro-americana em Birmingham, resultando em vários feridos e na morte de 4 meninas, esse atentado repercutiu nacionalmente, provocando reações de repúdio na opinião pública.  Ao ler as notícias do ataque, Angela reconheceu os nomes das vítimas, muitos dos fieis da igreja eram pessoas conhecidas dela e de sua família. Isso a abalada profundamente e reforça sua disposição em lutar por transformações sociais.

Angela assiste a uma palestra de Malcolm X em Brandeis. Palestrando para uma plateia branca que não aceitou muita das ideias e argumentos propostos por Malcolm mas Angela se impressiona com a retórica usada por ele.  Ainda em 1963 tem a oportunidade para estudar na França através de um intercâmbio, estuda nas Universidades de Paris e de Sorbonne, ao mesmo tempo em que participa de movimentos de protestos ao lado de estudantes franceses, em 1964 retorna para os EUA. Em 1965 obtém o diploma de filosofia pela Brandeis, parte para Europa novamente em 1965 para estudar, nessa segunda vez se matricula na Universidade de Frankfurt. Durante sua estada na Europa, Angela Davis entrou em contato com muitos estudantes ativistas, militantes de organizações socialistas, fato que fortaleceu sua convicção no socialismo como orientação política. 

Após o término dos estudos na Alemanha e antes de fazer seu retorno para os Estados Unidos, realiza uma parada em Londres, para assistir uma conferência sobre libertação negra que teria como participantes o militante norte-americano Stokely Carmichael é o britânico Michael X. Angela assisti à conferência, mas se desaponta com as considerações levantadas pelos nacionalistas negros que classificavam o comunismo como mais uma ideologia de dominação branca. Para Angela o nacionalismo era uma barreira em muito contra-revolucionária que impedia a unidade internacionalista da classe trabalhadora. O socialismo construiria um sistema igualitário-multirracial.

Nos Estados Unidos, se filia ao Partido Comunista, Angela decide cursar mestrado na Universidade da Califórnia e posteriormente seu doutorado em filosofia pela Universidade Humboldt, em Berlin Oriental. Em 1969 recebe uma indicação para trabalhar como professora no departamento de filosofia na Universidade da Califórnia (UCLA). No mesmo ano descobri a existência de uma jovem organização política negra surgida na cidade de Oakland, Califórnia. As reivindicações sociais e posicionamentos políticos dessa organização a atraem, essa organização era o Partido dos Panteras Negras e Autodefesa, Angela aderi ao partido. Com discurso fortemente feminista, anticapitalista, sua crença se consistia que a luta pela liquidação do racismo do machismo, estava ligada diretamente a luta pela destruição do capitalismo. Viaja para Cuba, onde se identifica com os esforços do povo cubano em construir uma nova sociedade sem exploração econômica. Em pouco tempo Angela se destaca entre os Panteras Negras, alcançando notoriedade ao ponto dos líderes fundadores do partido Huey Newton, Bobby Seale. Na época a Califórnia tinha como governador o republicano Ronald Reagan, que anos mais tarde se tornaria presidente dos Estados Unidos, Reagan ferrenho anticomunista, reacionário utiliza seus poderes de governador é ordena que Angela Davis, seja demitida da Universidade da Califórnia e impedida de ser contratada por qualquer outra instituição pública de ensino do Estado. Esse fato favoreceu ainda mais sua exposição nos círculos revolucionários dos Estados Unidos, como símbolo da perseguição política.

Em 1970 Angela toma conhecimento da história de um grupo de prisioneiros negros, detido na prisão de Soledad, era um grupo de presos com consciência política que lutavam com objetivo em desenvolver uma resistência política dos presidiários negros dentro do sistema carcerário. Esse grupo era conhecido como ''Irmãos Soledad'', e eram acusados de terem matado um guarda prisional em retaliação ao fato dele ter ajudado no assassinato de um companheiro de luta. O líder desse grupo atendida pelo nome de George Jackson, um militante de história extraordinária. Caso fosse comprovada a participação desses presos no assassinato do guarda, todos poderiam ser sentenciados a morte. Para evitar esse desfecho, Angela Davis decide tomar parte da luta dos prisioneiros. Com a ajuda da família de George Jackson estabelece um Comitê de Defesa, para levantar uma campanha popular contra a possível execução dos “Irmãos Soledad”. Angela e Jackson estreitam contatos até que o envolvimento entre ambos se torna um forte relacionamento amoroso. Apesar da campanha de defesa ir gradualmente ganhando apoio, o sistema judicial era racista e também contra-revolucionário ao extremo é executar George Jackson e seus companheiros serviria como uma advertência para outros que tentassem lutar para modificar o sistema de encarceramento. Angela foi proibida de visitar Jackson na prisão e os dois nunca mais se iriam se ver pessoalmente. Na antecedência do julgamento que definiria a vida ou morte de George Jackson, seu irmão caçula, Jonathan Jackson ao lado de Panteras Negras, invadem um tribunal e fazem refém o juiz Harold Haley o objetivo da ação era trocar o juiz pela liberdade dos Irmãos Soledad. A polícia intervém na situação e uma troca de tiros se inicia, Jonathan Jackson seus camaradas e o juiz são mortos. As armas utilizadas no sequestro do juiz estavam registradas no nome de Angela, porém ela não participou da ação, apesar disso após uma investigação tendenciosa do FBI, seu nome e incluído como coparticipante, sua prisão foi decretada. Para não se capturada, Angela foge dando inicio a uma perseguição implacável, o FBI coloca seu nome na lista dos 10 criminosos mais procurados da América. Após uma caçada que mobilizou polícias locais, agentes federais, Angela Davis e presa no estado de Nova York.

George Jackson não seria sentenciado a pena de morte, mas seria morto a tiro após comandar uma rebelião na prisão de San Quentin em 1971.

As acusações impostas a Angela poderiam mandá-la para a câmara de gás. Para inibir isso o Partido dos Panteras Negras, inicia uma campanha exigindo sua libertação, o coordenador dessa campanha era Eldridge Cleaver, Ministro da Informação do partido que anos antes com êxito tinha feito uma campanha similar exigindo a liberdade de Huey Newton. Depois de passar 18 meses atrás das grades, em 4 de junho de 1971, Angela foi absolvida de todas as acusações por um júri todo branco. Depois de sua absolvição, por divergir sobre os caminhos a serem seguidos na luta pela revolução, Angela é Huey Newton se desentendem. Angela abandona os Panteras Negras, mas se mantém filiada ao Partido Comunista. Em 1981 publica um livro que se tornaria referência para o movimento feminista da época, intitulado: ''Mulheres, raça e classe''. Em 1980 e 1984 concorre como vice-presidente dos Estados Unidos na chapa do Partido Comunista. Consegue retomar seu emprego como professora na UCLA, também leciona em outras instituições.

Angela Davis não parou de lutar por aquilo que acredita. Participa de palestras é eventos nos Estados Unidos e também em diversos países, levantando as mesmas bandeiras, condenando o capitalismo como um sistema incapaz de conduzir justiça e igualdade para todos na sociedade, defendendo a destruição da opressão machista é advogando a libertação de todos os presos políticos nos EUA.



Livros de referências:

If They Come in the Morning: Voices of Resistance (1971)
Angela Davis: An Autobiography, Random House (1974)
Joan Little: The Dialectics of Rape (1975)
Women, Race, & Class (1983)

Women, Culture & Politics, Vintage (1990)



Kassan 26/01/2014
Amílcar Cabral, presente!

Amílcar Lopes da Costa Cabral (12 de setembro de 1924 - 20 de janeiro 1973) foi um dos maiores é principais líderes revolucionários da história moderna da África. Comandante da luta de independência, considerado o “Pai da Nação” em Guiné-Bissau. Da mesma forma que ocorreu com outros legítimos africanos revolucionários, Amílcar Cabral foi assassinado no intuito em se derrotar o ímpeto em construir-se uma nação livre, um continente unido. Os neocolonialistas até conseguiram tirar sua vida, mas o povo o reconhece eternamente em memória e honras como herói. 

Amílcar Cabral nasceu em 12 de setembro de 1924 em Bafatá, cidade localizada em Guiné-Bissau, filho de pai cabo-verdiano e mãe guineense. Ainda criança foi alfabetizado, isso o permitiu receber uma bolsa de estudos em 1945 parte para Portugal para estudar agronomia na Universidade de Lisboa. Durante o período de estudante na capital portuguesa, conhece outros alunos oriundos das colônias africanas, dentre eles importantes homens que mais tarde também se tornariam relevantes líderes na luta contra o colonialismo português, como por exemplo, Agostinho Neto que se tornaria presidente de Angola. Cabral junto com esses outros estudantes, fundam um grupo acadêmico de nome Centro de Estudos Africanos. O centro de estudos se consistia em debater questões pertinentes à relação Portugal-África, esses debates foram evoluindo é surgiram entre seus integrantes as primeiras reivindicações para as independências nacionais dos países africanos mantidos sobre o tacão do império colonial ultramarino lusitano. As atividades do grupo eram realizadas com descrição para evitar a repressão da policia política do regime salazarista. Amílcar Cabral se destaca intelectualmente e se torna uma referência na defesa do independentismo.

Em 1950 conclui seus estudos e se forma em engenharia agrônoma e passa a trabalhar na Estação Agronômica de Santarém, Portugal. No ano de 1952 regressa para Guiné-Bissau, para trabalhar como agrônomo, isso o possibilita entrar em contato com trabalhadores rurais pobres. Junto as massa de camponeses inicia um gradual trabalho político, para formar bases para um movimento de libertação. Em 1955 suas atividades foram descobertas, sendo obrigado a sair de Guiné-Bissau, tendo autorização apenas para visitar o país uma única vez ao ano. De Guiné vai Angola, onde continua a trabalhar como agrônomo é estabelece contato com Agostinho Neto e com o recém-criado MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Autorizado volta para Guiné-Bissau e para concretizar efetivamente os alicerces para lutar contra o domínio português, Amílcar Cabral ao lado de irmão Luís Cabral e demais companheiros: Aristides Pereira, Júlio de Almeida, Fernando Fortes e Elisée Turpin, cria o Partido Africano da Independência/União dos Povos da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), organização mantida em âmbito clandestino, a plataforma ideológica do partido era socialista, anti-imperialista e defendia o pan-africanismo como pedra angular para garantir a formação de uma comunidade de nações africanas soberanas. Cabral e escolhido Secretário-Geral, posto máximo de liderança no partido é estando nessa posição inicia a busca de apoio internacional para luta de libertação, assume nome de guerra Abel Djassi. Organizar as massas de trabalhadores através de uma concebida metodologia de etapas de conscientização política é preparação militar, foi o trabalho inicial dos militantes do PAIGC, após desenvolver essas etapas de forma consistente, seria lançada a luta frontal contra o colonialismo.

Em 1963 já tendo sido realizado um eficiente trabalho, Amílcar Cabral e o secretariado do PAIGC, emitem uma declaração formal de luta armada contra as autoridades coloniais, após isso ocorrem às primeiras ações armadas na região de Tite. O método usado para combater o exército português, foi à guerrilha. As táticas de “Guerra de Guerrilha” formulada por Che Guevara e comprovadas pelo triunfo da revolução cubana ou a “Guerra Popular Prolongada” teorizada pelo líder chinês Mao Tse-Tung que levou o Partido Comunista ao poder na China, foram tiradas como referências pelo PAIGC.

O conflito armado entre as forças de libertação e o exército português se intensificou com sucessivas batalhas violentas. O exército do PAIGC recebeu ajuda internacionalista da Argélia, Gana, República da Guiné, da OUA (Organização da Unidade Africana) a União Soviética também prestou auxílio, enviando armas para os combatentes, em comparação aos outros movimentos anti-coloniais que os portugueses enfrentaram os guineenses eram os mais bem organizados e treinados de todos, possuíam rígida disciplina e eficiente comando de formulação de estratégias.  Inicialmente as forças portuguesas tinham vantagem pelo uso do poder aéreo, mas essa vantagem seria retirada com a continuidade dos combates e aumento da experiência militar guineense. A capacidade e obstinação combativa dos guerrilheiros pela independência fez com que Guiné-Bissau fosse conhecida como “Vietnã da África”. 


Amílcar Cabral tinha uma especial capacidade em ser um arauto completo na luta de libertação guineense, isso se manifestava por seus discursos eloquentes que transmitiam para as massas populares, a convicção e conhecimentos suficientes para essa tarefa histórica, suas analises, reflexões abordavam todas as esferas pertinentes ao processo de libertação como cultura, diplomacia, economia, guerra. Como parte dos esforços para minar a estrutura organizacional do PAIGC, Portugal tinha tentado capturá-lo durante vários anos. Após tentativas fracassadas para neutralizá-lo, os portugueses alteraram sua forma de ação, buscaram encontrar camarilhas divergentes no PAIGC que pudessem agir como agentes infiltrados, traindo e eliminando Cabral. Coube a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), organização do governo português especializada em repressão política, corromper e recrutar indivíduos que colocassem em prática o assassinato do Secretário-Geral do PAIGC.

O próprio Amílcar já vaticinava sobre a questão de traição dentro das próprias fileiras do partido, a ponto de declarar: "Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios." Na data de 20 de janeiro de 1973, dois traidores orientados pelo PIDE, deflagram o atentado sobre Amílcar Cabral em Conacri, capital da República da Guiné. Após seu assassinato, Aristides Pereira assume o cargo de dirigente do PAIGC. Os combates prosseguem por mais meses seguintes, em 25 de abril de 1974 o governo autoritário de Portugal e deposto por próprios militares portugueses na chamada Revolução dos Cravos, o novo governo que surge declara cessar-fogo e reconhece a independência completa de Guiné-Bissau através da assinatura de um acordo em 26 de setembro de 1974 em Argel, capital da Argélia. O PAIGC se torna o partido governante à frente do Estado independente. O arquipélago de Cabo Verde obtém sua independência em 5 de julho de 1975.

Amílcar Cabral tinha uma visão muito abrangente que se estendia para além de Guiné-Bissau e Cabo Verde, em seu pensamento havia uma síntese pan-africana. Sua visão política considerava que o continente africano dirigido por governos revolucionários e populares seria capaz de alterar substancialmente as relações de poder no planeta. África com todos seus países seria a força imprescindível na derrota mundial do imperialismo. Dirigente popular, comandante-em-chefe, intelectual teórico, isso eram requisitos que faziam de Amílcar Cabral ser um inimigo odiado pelo neocolonialismo e amado por africanos de todas as nacionalidades. Mesmo a morte não foi o suficiente para apagá-lo da história, seu nome esta merecidamente presente no panteão de grandes líderes africanos do século XX.





Kassan 20/01/2014