Na data de 21 de março de 1960, a cidade sul-africana de Sharpeville, na província de Transvall, atualmente Gauteng, presenciou o assassinato de 69 civis negros pelas forças policiais do regime apartheid. No entanto, afirmações colocam um número maior de mortos. 

Em pleno regime segregacionista, manifestantes especialmente compostos por estudantes, decidiram sair em marcha pelas ruas de Sharpeville, para protestarem contra as políticas racistas, como a lei do uso obrigatório de passe, algo que restringia o direito de ir e vim da população não-branca. A população foi aderindo a manifestação que tinha caráter pacífico, se sentindo acuada pela multidão, a polícia para fazer dispersão, iniciou disparos contra as pessoas, uso de cacetes, espancamentos. Pânico se espalhou pelas ruas, policiais atirando, uso de cacetes, espancamentos. A contagem oficial de mortos foi de 69 mortos, 200 feridos. Conforme pessoas que testemunharam a barbárie, afirmam que o número de feridos e mortos foi maior do que o divulgado. Na época o Primeiro-ministro sul-africano, Hendrik Verwoerd, um racista convicto, responsabilizou os participantes da manifestação pela carnificina. 

A consequência direta do massacre em Sharpeville demonstrou ser impossível, dialogar ou aguardar uma saída pacífica com o apartheid. Organizações como o CNA (Congresso Nacional Africano) liderado por Nelson Mandela, decide pela formação do grupo guerrilheiro Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação) conhecido pela sigla MK. Os integrantes do grupo realizaram várias operações armadas contra alvos do apartheid. 

Em 1969 a ONU declarou a data de 21 de março como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. 






Kassan 21/03/2017

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