Subimperialismo
Brasileiro se assanha rumo à África!
A presidente Dilma Rousseff iniciou nesta última sexta
22, o discurso inicial da III Cúpula América do Sul – África, realizada em
Malabo, capital da Guiné Equatorial, reunião que tem como objetivo oficial
estreitar as relações em várias áreas entre os países latino-americanos é as
nações africanas. Dilma em seu discurso afirmou a necessidade de criar laços
entre o Brasil é o continente africano possibilitando uma aliança que beneficiará
a todos envolvidos.
A estratégia de
aproximação com a África já havia sido desenhada pela gestão Lula, é agora ganha
novo impulso pela gerência dilmista, aproveitando o período de crise econômica nos
principais centros imperialistas. Deve-se perceber no entendimento, que essa
aproximação em suma não pode ser classificada com uma expansão de um projeto
imperialista de um “Grande Brasil”, pois o mesmo permanece estacionado como um
país periférico, cuja economia é umbilicalmente dependente dos fluxos de
capitais financeiro internacionais, retardado cientifica e tecnologicamente sendo
mantido sobre o campo do poder político e militar do imperialismo
estadunidense. As ambições tupiniquins a África são restritas, pois não há
condições que possibilite ao Brasil promover uma disputa pelas áreas já demarcadas
pelo imperialismo seja francês, inglês, norte-americano ou até mesmo o chinês que
atualmente é o mais agressivo em penetração no continente africano. A opção
então e adentrar território africano sob uma bandeira ''solidária'', explorando as peculiaridades
históricas que interligam os países, algo conforme explicado pela própria
Dilma: "Falamos a mesma língua porque temos problemas e histórias
parecidos. Me encontro aqui hoje para propor alianças concretas para os países
africanos (...) Queremos ampliar as parcerias de pesquisas científicas e
tecnológicas em todos os campos". Nessa esteira vêm os fajutos projetos de
caráter social em assistência educacional, médica sendo uma parca transferência
de conhecimento, para camuflar que o objetivo será garantir a burguesia
brasileira mercado para investimentos, beneficiando principalmente as empreiteiras
que vão poder aproveitar a oferta de mão de obra barata sem direitos
trabalhistas consistentes para estabelecer lucrativos contratos de construções de
infra-estrutura. A conivência dos
entreguistas governos arquicorruptos africanos a exploração de seus respectivos
países favorece o estabelecimento dessas parcerias oportunistas que não trarão
concretas mudanças de vida as massas populares.
Essa aproximação visando o incremento de negócios não
ajuda em nada sejam os africanos pobres, sejam os descendentes que aqui vivem
no Brasil. Os frondosos lucros que por ventura que se originam vão estar concentrados
e repartidos entre um punhado de
capitalistas que não representam a verdadeira face do povo brasileiro ou
africanos. Em meio a pompa da cúpula não será denunciado à realidade de pobreza
é exploração a qual os milhões de descendentes africanos são submetidos na
América do Sul é principalmente no Brasil a última nação a abolir a escravidão
no hemisfério ocidental.
A verdadeira aproximação se dará por meio da união dos
povos em profunda consciência de sua importância histórica. A solidariedade
internacionalista na luta pela libertação das nações contra o neocolonialismo. No
amplo reconhecimento de remover os obstáculos que nos oprimem em conjunto,
identificando os reais inimigos, criando uma estratégia para barrar a ofensiva
em curso dirigida pelo imperialismo sobre os povos. A comunidade afro-diaspórica no Brasil é na
América Latina por inteiro tem laços de sangue com a África, somos marcados
pela brutalidade de séculos de terrores, exploração, nosso trabalho serviu para
lançar os alicerces do capitalismo, hoje estamos excluídos, impedidos de ter
acessibilidade as condições concretas para o bem-estar, desenvolvimento socioeconômico.
Diante desse cenário não há alternativa
a não ser desenvolver a luta por uma genuína integração libertadora, gloriando com justiça a história dos povos do Brasil, América do Sul é África.
Kassan 23/02/2012
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