Malcolm X se tornou o Omowale! 



Malcolm X identificou a necessidade de promover uma ligação direta entre diáspora africana com o próprio continente africano. Com base nisso, realizou a sua ''Hajj'' até a Terra-Mãe África. Uma viagem enriquecedora sobre todos os pontos de vista, algo que o serviu para aproximá-lo das raízes ancestrais. A letra ''X'' adotada em substituição ao sobrenome 'Little'' (pequeno) significa a incógnita em razão do desconhecimento de informações exatas sobre sua ancestralidade. Então decide recuperar esse direito ao conhecimento histórico, fato esse impedido devido aos terrores da escravidão. A importância em ir até a fonte da história, indo até a África, contribui para demolir a série de mitos, inverdades é mentiras semeadas no decorrer dos séculos com objetivo de construir uma imagem errônea dos povos africanos é seus descendentes espalhados pelo mundo. 





Visitou o Egito a onde pode ver o esplendor das pirâmides é antiguidades construídas pela poderosa civilização Kemética, tomou partido em favor da luta do povo palestino contra o sionismo, firmou apoio ao então governo nacionalista egípcio de Nasser. Em 1964 visitou Gana, na qual teve companhia da escritora é poeta Maya Angelou, nessa ocasião pode aprofundar conhecimento do pensamento político do movimento Pan-africanista que tinha em Kwame Nkrumah um dos maiores ideólogos contemporâneo. Em sua passagem pela Nigéria, realizou uma eloqüente palestra na Universidade de Ibadan, recepcionado calorosamente pela ''Sociedade dos estudantes mulçumanos'' recebeu em homenagem o nome de Omowale que em idioma iorubá significa (o filho que voltou para casa). Por seu esforço em conhecer em profundidade a vastidão das culturas africanas, solidarizou-se imediatamente com as lutas as independentistas que se desenvolviam em ritmo acelerado em todo o território africano colonizado pelas potências imperialistas, já sendo um nacionalista negro, expandiu seus conceitos ao Pan-africanismo identificando-o como o movimento revolucionário, internacionalista, capaz de destruir a estrutura de poder racista, sendo, portanto a fase máxima da politização da comunidade negra global. O regresso de Malcolm X não foi somente físico, mais também mental, espiritual, esse fato o consolida como um eterno revolucionário a luta pela libertação africana seja na diáspora assim como no continente original. O ideal seria se todos nós seguíssemos o exemplo desse homem, nós tornando também um Omowale. Passam-se os anos é o nome de Malcolm X, continua a perdurar ainda vivo, lembrando-nos a importância de lembrarmos-nos de nossas raízes, para que possamos saber em que mundo desejamos existir. 




Kassan 19/02/2012 

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