Jesse
Owens, o negro que humilhou Hitler na Olimpíada de Berlim
Em 12 de setembro de 1913 nasce nos Estados Unidos, o
atleta James Cleveland Owens, que ficaria conhecido mundialmente pelo apelido
''Jesse''. Seu grande feito, ganhar quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos
de 1936 realizados em Berlim, Alemanha.
Os nazistas liderados por Adolf Hitler já estavam
instalados no poder desde 1933, em 1935 havia sido aprovado uma legislação na
Alemanha abertamente racista, conhecidas como 'Leis de Nuremberg' que
oficializaram o antissemitismo e segregacionismo racial como políticas estatais.
O Estado nacional-socialista, conhecido como III Reich assumia sua principal
atribuição idealiza pelo Fuher, assegurar a pureza e prosperidade da
'''superior'' raça ariana.
Em 1936 com realização dos Jogos Olímpicos, Hitler e os
demais líderes do regime desejavam usá-los como vitrine para propaganda da
superioridade branca-ariana. As quatro vitórias de Owens foi um ''banho de água
fria'' nessas pretensões. Mas vale ressaltar que Jesse Owens não foi o único
atleta negro a subir ao pódio, antes dele o também norte-americano, Cornelius
Johnson conquistou a medalha de ouro na modalidade de salto em altura.
O grande feito de Owens, conforme suas próprias palavras
não foi não se contrapor ao regime hitlerista como adversário político, mas sim
abalar a noção racista dos EUA, como ele mesmo salientou em seu registro
biográfico. Com o encerramento dos Jogos, seu regresso para América foi
triunfante, mas isto não foi o suficiente para superar as barreiras criadas
pelo racismo, um fato marcante que Owens nunca esqueceria foi quando sua esposa
e ele por serem negros foram obrigados a entrarem pelas portas do fundo de um
hotél na cidade de New York.
O que mais incomodou Jesse Owens não foram as atitudes de
desprezo de Hitler, que era racista e portanto, não surpreenderiam, mas o fato
do então presidente norte-americano na época Franklin Delano Roosevelt não ter
lhe dado a mínima atenção, não mandado sequer um telegrama felicitando-o por
suas conquistas na olimpíada. Owens teria dito mais tarde: "É verdade que
Hitler não me cumprimentou, mas também nunca fui convidado para almoçar na Casa
Branca."
No anos seguintes a conquista das medalhas, Jesse foi
ignorado e relegado a um ostracismo, motivado por dificuldade financeira chegou
até a disputar bisonhas apresentações de corrida contra cavalos. A sorte de
Owens mudaria na metade da década de 1950, no contexto da Guerra Fria, o
governo americano passou a recrutar bons exemplos na batalha por ''corações e
mentes'' contra os soviéticos, em 1955 o presidente americano Eisenhowver deu
lhe o título de “Embaixador da Boa Vontade” para promover os Estados Unidos
pelo mundo.
Jesse Owens também participou dos esforços na luta por
direitos civis para população negra. Seu nome foi imortalizado no Hall da Fama
do atletismo, condedido pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf).
(Imagem
e uma montagem, que fique explicado antes que alguns “gênios” venham falar algo.)
Kassan 12/09/2014
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